Essa noite mal fechei o olho, pensando em tudo o que vem acontecendo nas últimas semanas. Lê-se: desde que soube que o Lucas voltou.
Caramba! Eu surtei legal esses dias, eu literalmente me comportei como uma adolescente mimada que não aceitou que as coisas saíram do planejado. E não como uma mulher adulta, mãe e dona da própria vida e não do mundo.
Talvez o Lucas esteja voltando a influenciar a minha vida, minhas ações.
Se é que algum dia ele deixou de afetar tudo ao meu redor.
São 7h30min e estou chegando na clínica, disposta a agir como uma mulher e não uma menininha de orgulho ferido.
Caramba Manuela! Firma esse corpo.
- Bom dia Cá.
- Bom dia Manu, mais calma?
- Acho que sim, argh Cá, foram tantas informações pra minha cabeça nas últimas semanas, acho que surtei. - Disse debruçando no balcão.
- Ele ainda mexe com você. - Ela disse arqueado as sobrancelhas.
- Argh Carina! Claro que não... - Revirei os olhos. - Talvez um pouco, mas não devia, não depois de tudo.
- Calma Manu é normal se sentir mexida depois de tudo o que aconteceu, ainda que a praticamente 4 anos depois.
- Porque ele tinha que voltar?
- Talvez seja o destino. - Deu de ombros. - Dando mais uma chance pras coisas se acertarem. - Revirei os olhos.
- Você viajou legal agora, Cá. Vou ir atender porque assim ganho mais.
- Você deveria começar a pensar que o destino de vocês está interligado Manu, afinal vocês têm uma filha, quer sinal maior que esse?
- De quem as senhoritas estão falando? - A assombração apareceu do nosso lado e meu coração parou naquele instante.
Chamem o Samu!
- Argh! Que susto demônio! - Disse.
- A Manu não sou tão feio assim. - Revirei os olhos. - De quem as mocinhas estavam falando?
- Uai do Pedro né Lucas! De quem mais seria? Que eu saiba não tenho filha com mais ninguém.
- Ah vou saber. Sua filha é muito linda pra ser filha do Pedro. - Revirei os olhos. - Apesar que a mãe dela...
- Vá a merda, Lucas. Carina vou pra minha sala, dá uma passadinha lá depois, preciso conversar com você. Sem a chance de aparecer assombrações.
Fui pra minha sala tomando fôlego, caramba! Não queria nem imaginar se Lucas ouvisse mais um pouco da conversa e assimilasse que Júlia na verdade é sua filha.
(...)
- Posso entrar? - Era à assombração batendo na minha porta.
- Entra. - Dei de ombros.
- Olha temos um sinal de trégua aqui? Você não me mandou pro colo do capeta?
- Do quê adianta você nunca vai. - Dei de ombros.
- Ei, eu gosto de tréguas. Mas o que te deu para fazer isso? Você não faz a linha que "abrem tréguas".
- Digamos que eu dei uma surtada nessas últimas semanas e estou querendo/tentando voltar a me comportar como uma adulta, madura.
- Boa desculpa. Então amigos? - Estendeu as mãos.
- Não, sócios. - Apertei sua mão.
- Já é alguma coisa. - Deu de ombros.
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Pecado Predileto - Livro I [Em Revisão]
RomantikManuela Bicalho é uma jovem no auge dos seus vinte e um anos, cujo objetivo é aproveitar sua vida intensamente enquanto corre atrás dos seus sonhos. E sua intenção era exatamente esta quando se mudou para a capital: trabalhar, estudar e nas horas va...