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Na manhã seguinte, acordei extremamente bem disposta, o que contrasta e muita com as últimas sefundas. Ou melhor, com qualquer outro dia util. Coloquei meu café para fazer e fui me arrumar para o trabalho. Com o meu final de semana extremamente agitado, vou precisar sair para almoçar e, com isso, tenho uma bolsa a menos para levar para o trabalho hoje.

Cheguei na clínica, quinze minutos antes de tudo começar a funcionar, principalmente, cheguei antes da Carina e isso raramente acontece. Coloquei a cafeteira para funcionar e liguei os computadores, conferi a agenda da Dra. Juliana que chegou, pontualmente as oito e trinta da manhã.

- Bom dia, Manuela. Cadê a Carina?

- Não chegou ainda Dra., e bom, ela não telefonou também.

- Entre em contato com ela, por favor. E me passe o recado.

- Tudo bem...

- Manuela, me desculpa invadir sua vida pessoal. Você está namorando o filho de uma das minhas pacientes?

- É acho que sim... Algum problema?

- Ao contrário! Marcela me disse que só veio até a clínica para poder conhecer a nora de perto e já me fez várias perguntas sobre você. Esse seu namoro está sendo muito vantajoso.

- Que bom, a Sra. Marcela aparentemente investe pesado nos tratamentos e como você mesma diz, isso é o que paga nossos salários. - Ela assentiu. - Só por curiosidade, o que você disse, quando ela perguntou sobre mim?

- Apenas a verdade, Manu. Que você é uma excelente funcionária, muito estudiosa e que temos excelentes planos para o seu futuro aqui na clinica. Não estragaria seu namoro contando sobre seus assuntos pessoais, Manu. O que você fazia ou faz fora daqui não me diz respeito e, com certeza, não tenho intenção de contar para ninguém. - Respiro aliviada.

- Obrigada, doutora. Não gostaria que a Sra. Marcela tivesse uma impressão ruim sobre mim. - Dou de ombros. - Enfim, vou lugar para a Carina. E a sua próxima paciente é em vinte minutos. - Abro o meu melhor sorriso e observo enquanto ela caminha até o seu consultório, antes de fato ligar para Carina:

- Em que diabos de lugar você se enfiou, Carina?

- Oi, Manu! Estou no hospital, acordei me sentindo péssima essa manhã. Desculpa não ter dado notícias. Avisa a Juliana, por favor. 

- Claro, Carina. Por favor, me dê notícias.

- Te ligo quando sair daqui, tá?

- Tudo bem, estou esperando. E melhoras, Cá.

Sem a Carina aqui, o trabalho simplesmente fica dobrado. Nós duas sempre dividimos todas as tarefas para não sobrecarregar uma ou a outra, mas hoje não tem jeito. Vai sobrar tudo para a Manu aqui.

Para minha sorte, a agenda da doutora Juliana estava comportada hoje. E com a recepção vazia durante toda a manhã, tive tempo suficiente pra confirmar toda a agenda do dia seguinte e emitir algumas notas fiscais, parando apenas quando Juliana me convidou para irmos almoçar no shopping ali perto.
O mesmo que fui com o Lucas e sua mãe na última semana.

Juliana e eu escolhemos um fastfood para o almoço, ela estava afim de comer algo bem gorduroso e eu nunca recuso qualquer tipo de comida. E com o shopping vazio, por ser segunda-feira, almoçamos rapidamente.

Quando caminhamos pela praça de alimentação, já procurando a saída até o estacionamento, encontrei um homem alto e de cabelos claros, sentado com uma garota, também alta e loira. As mãos dos dois estavam entrelaçadas e o rosto deles bem próximos. Eles vão se beijar.

Pecado Predileto - Livro I [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora