Capítulo 62: Bitch's back.

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Acordei no dia seguinte me sentindo um pouco melhor, também após dormir ao lado da minha filha e acordar recebendo vários beijos dela quem não acordaria melhor. Acho que o que eu precisava para melhorar de vez era uma surra de Júlia.

Tá, associado a fisioterapia e medicamentos, mas quanto mais Júlia melhor.

Quando cogitei levantar da cama para ajeitar Júlia para o colégio, o Lucas entrou no quarto:

- Ela te acordou não foi?

- Sempre, essa menininha sempre madruga sem precisar de despertador.

- É, eu meio que percebi isso com a prática. Bom, pode continuar ai quietinha que vou cuidar da Júlia.

- Capaz né Lucas, ei não estou morta, posso cuidar da minha ainda que um pouco, ah e sem vir pestanejar. Já disse que ninguém vai me impedir de cuidar da minha filha.

- Ok. Ok, você quem manda dessa vez, apenas dessa que fique bem claro.

- Ah claro. - Revirei os olhos. - Vamos nos arrumar para ir para a escola filha? - Me levantei e peguei a mocinha no colo, a levando no banheiro e lhe dando um banho rápido. A vesti com seu uniforme, coloquei seus sapatos e ajeitei seus cabelos.

- Está linda. - Lhe dei um beijo no rosto. - Vamos tomar café. - Fui com ela até a cozinha, onde encontramos o Lucas terminando de preparar o café da manhã.

- Vamos começar nosso dia de novo, bom dia. - Lhe roubei um beijo rápido.

- O médico foi bem claro sobre o repouso Manu, por isso estou tentando controlar seus esforços.

- Eu já fiquei de repouso quase um mês Lucas, não vai ser um simples cuidado com minha filha que vai prejudicar minha evolução clínica.

- Você às vezes é impossível Manu.

- Também te amo. - Pisquei pra ele. - Tem café? - Quem estou morta de saudades de um bom cafezinho?

- Tem, pode se servir que eu dou café pra Júlia.

- Tudo bem. - Me servi e tomei o café, saboreando a minha bebida predileta.

- Vou levar Júlia pra escola e de lá vou pra clínica.

- Ok! E eu vou fazer o que enquanto isso?

- Descansando a final de contas você ainda não está cem por cento.

- Você que pensa, estou ótima.

- Você que pensa. - Me imitou e pegou suas coisas, e as da Júlia. - Nos vemos na hora do almoço.

- Ok. - Ele me deu um beijo rápido e saiu, me deixando nesse apartamento cheio de lembranças.

Isso é passado Manuela!

Passado!

O boy já deu várias provas de que mudou, e não é mais aquele babaca infantil, agora ele é só babaca.

Brincadeiras a parte, resolvi voltar a me deitar, já que não me restou outra alternativa. Passei toda aquela manhã assistindo programas na televisão, e bom, não me lembro qual foi a última vida em que eu fiz isso.

Quando deu hora do almoço resolvi preparar alguma comidinha para nós, acho que devo essa ao Lucas, o direito de comer uma comida fresquinha depois de trabalhar o meu turno e antes de iniciar o dele na clínica.

Sei que ele vai brigar comigo por não estar de repouso, mas eu nunca liguei pra isso mesmo.

(...)

Por volta de uma hora da tarde o Lucas chegou junto da Júlia, e por sorte eu havia acabado de servir o almoço.

Manu é prendada meus amores.

Às vezes.

- Que cheiro bom é esse? - Perguntou.

- Preparei o almoço para nós.

- Manu...

- Não adianta brigar comigo, a final de contas já está tudo feito e eu nem me cansei, trate só de lavar as mãos, e se sentar a mesa para podermos comer. De nada.

- Ah Manuela. - Ele entrou bufando, indo me obedecer e levou Júlia consigo, logo eles voltaram e nos sentamos todos a mesa, e nos servimos e bom, na verdade eu servi para a Júlia e lhe ajudei a comer. Ela tem apenas três anos e não da muito certo deixar ela guiar essas coisas ainda.

- Gosto dessa sensação de família. - Disse.

- Também gosto, em pensar que já poderíamos estar vivendo isso a anos.

- Sem remoer passado Lucas, foca no presente.

- Ok, ok. Vou focar nessa comida que está deliciosa, a final de contas acho que não vou te deixar voltar pro seu apartamento.

- Capaz né?

- Ah Manu não seria má ideia você e Júlia virem, de definitivo morar aqui.

- Come mais, porque você está delirando de fome.

- Não, ei, estou falando sério, adoraria dividir a casa e a vida com duas das minhas três mulheres preferidas.

- Três?

- É Manu, ainda tem a minha mãe nessa jogada.

- Ah claro, bom Lucas, essas coisas não se resolvem assim: do nada, lembra do que combinamos de ir com calma, a final nem sei ao certo o que somos.

- O que nos quisermos ser Manu, o que nós quisermos. Bom, a comida estava deliciosa mas agora é hora de voltar pra clínica. - Se levantou e foi fazer suas higienes, quando voltou se despediu da Júlia e de mim com um beijo rápido. - Pensa com bastante carinho nessa proposta, acho que vai ser bom para nós.

- Nem me pediu em casamento e já quer que eu more aqui? E meus princípios?

- Já quebramos essa parte praticando a nossa filha. - Me deu um último beijo. - Até a noite.

- Idiota.

(...)

Depois que o Lucas foi trabalhar, dei um banho na Júlia, lhe ajudei com o dever de casa e depois coloquei ela pra dormir. Adoraria ter dormido junto da minha mas fui acordada pela campainha, quem será o infeliz que está atrasando o meu sono?

O pior é a pessoa insistindo na campainha.

- Já vou, já vou. Ei a campainha não da leite, pode parar de tocar. - Abri a porta. - Pois não? - Quando meus olhos fitaram a pessoa na minha frente, deu vontade de mandar Murphy e sua lei para o inferno. - O que você pensa que está fazendo aqui?

Não acredito que ela está de volta.

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Boa noite desculpem o capítulo pequeno mas hoje não estou muito criativa e só postei para não deixar vocês sem um capítulo.

Boa noite, beijos e desculpem.❤

Pecado Predileto - Livro I [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora