Acordar e voltar pra rotina após um final de semana de muito amor e emoções não é algo muito fácil. Mas a vida não foi feita pra ser fácil mesmo, por isso estou aqui, as sete e quinze da manhã, semi-plena, - a final de contas é bem difícil ser plena segunda de manhã -, pronta pra iniciar mais um dia de trabalho.
- Bom dia Manu. - Carina. - Que sorrisão é esse aí? - Mostrei minha mão com o anel.- Não-tô-crendo! Está falando sério? Não-não acredito o Lucas te pediu em casamento? Tô pasma!
- Com direito a jantar romântico e uma noite maravilhosa em uma chalé fora da cidade.
- Ah já quero ser madrinha, e você não tem a opção de não me convidar. Ain estou tão feliz por vocês. - Me abraçou.
- Aposto que estão falando de mim. - Disse o Lucas entrando na clínica, com aquele ar prepotente dele.
- Estou falando de NÓS. - Sorri.
- É, eu imaginei. - Deu de ombros. - Como você está? - Me deu um beijo rápido.
- Bem, e atrasada pra atender o meu paciente. - Lhe dei um último beijo. - Nos vemos mais tarde.
- Até. - Nos despedimos e eu fui pra minha sala, e o meu paciente já estava me esperando.
Quanta saudades eu estava de trabalhar, atender meus pacientes, a final de contas foi pra isso que eu dediquei cinco anos da minha vida.
Depois dos atendimentos, fiquei atualizando todas as minhas planilhas, agendas, relatórios, prontuários. A final de contas foram mais de trinta dias fora de combate, portanto, tenho muito trabalho acumulado.
Sorte do dia foi a Carina ter buscado a Júlia na escola, e ter comprado comida para que eu pudesse comer com a minha filha na clínica. E a vantagem é que Júlia é uma menina comportada, que não atrapalha em nada a rotina da clínica, fora que ela adora estar aqui.
- Mamãe, mamãe preciso ir ao banheiro. - A questão é que ela ainda é uma mini-mocinha que precisa de ajudar pra ir ao banheiro.
Saímos correndo em direção ao banheiro próximo a recepção, a ajudei com suas necessidades, higienizamos as mãos e saímos do banheiro.
Até aí tudo bem, nada que eu já na esteja acostumada como mãe, o que eu não estou acostumada é ver uma maldita saindo do consultório do meu noivo.
Será que vou ter que fazer xixi nele ou no consultório dele pra marcar território? Tá não sou doente a esse ponto. E isso foi ridiculamente nojento. Talvez seja mais saudável desejar que ela morra.
Brincadeira sou um doce de pessoa e não desejo essas coisas.
Imagina.
- Isabela querida, o que está fazendo aqui?
- Manu, sabe o que é estou com uma dor horrível e precisei me consultar com um dos melhores fisioterapeutas que eu conheço.
- Ah claro, tinha que vir com meu noivo.
- Noivo? Não disse que haviam se casado? - Bufou com ironia.
Vaca maldita.
- Ah você não é tonta a ponto de ter caído nessa não é Isa? - Debochei.
- Claro que não. - Revirou os olhos.- Tão pouco acredito que estão noivos.
- Ah não amiga pode acreditar, olha aqui. - Mostrei meu anel de noivado. - Lindo não é?
- O meu era maior. - Desdenhou.
- Jura? Que ótimo pra você, a final deve ter dado um bom dinheiro ter vendido ele, já que o noivado de vocês acabou.
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Pecado Predileto - Livro I [Em Revisão]
RomanceManuela Bicalho é uma jovem no auge dos seus vinte e um anos, cujo objetivo é aproveitar sua vida intensamente enquanto corre atrás dos seus sonhos. E sua intenção era exatamente esta quando se mudou para a capital: trabalhar, estudar e nas horas va...