Capítulo 43: Lei de Murphy, favor procurar outra vítima. Obrigada!

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Ah segunda-feira, nada como a rotina pra esquecer o ex-boy que resolveu voltar das cinzas. São seis e meia da manhã e já estou de pé, dando o café da manhã pra Júlia e terminando de me arrumar pra ir para à clínica.

Toda manhã é sempre assim, acordo umas seis horas da manhã, preparo o café da manhã, tomo meu banho, acordo a Júlia e à arrumo para a escolinha, enquanto ela toma seu café eu termino de me arrumar para trabalhar.

A aula dela começa as 7h15min e a escolinha é bem perto da clínica, então assim que deixo Júlia na escola corro para o trabalho. Fico lá até 13h, e busco Júlia para irmos pra casa. Optei trabalhar só meio horário até Júlia ficar mais independente, Pedro e eu concordamos que ela ainda precisa de mim e bem, eu dela.

A vantagem de sair de casa tão cedo é que não tem trânsito, o que faz com que raramente nós nos atrasemos.

- Vamos filha. - Disse pegando minha bolsa e a mochila da Júlia. Ela então desceu da cadeira, e veio até mim. Trancamos o apartamento, e fomos em direção ao elevador.

Quando chegamos no carro, coloquei Júlia na cadeirinha e nossas bolsas no banco de trás ao seu lado.

- Vamos passageira? - Disse.

- Vamos mamãe.

Então saímos rumo a escolinha da Júlia, ah uns trinta minutos de casa e dez da clínica onde trabalho.

- Quero um beijo bem forte pra suprir a saudades até de tarde da minha princesinha. - Ela então me encheu de beijos. - Boa aula meu anjo, mamãe te ama.

- Também te amo mamãe. - Ela então se soltou de mim e entrou na escolinha. Então voltei para o carro e segui até a clínica.


- Bom dia Manu. - Disse Carina assim que atravessei a porta.

- Bom dia, Cá. O que temos pra hoje?

- Não está sabendo?

- Do quê mulher?

- Juliana contratou um fisioterapeuta pra ficar no horário da tarde na clínica...

- Que? Co-como assim? A clínica é meu setor, ela não pode simplesmente sair contratando uma pessoa sem que eu saiba.

- Eu imaginei que fosse ficar irritada. - Deu de ombro. - Bom ele deve chegar por volta de umas 10h, Juliana achou melhor você instruir ele sobre o funcionamento da clínica antes dele chegar aqui e ficar sozinho.

- Não acredito que a Juliana fez isso. Argh! Me avisa quando ela chegar Cá.

Carina concordou e eu fui pra minha sala, meu primeiro paciente já estava quase chegando, mas antes aproveitei pra conversar um pouco com Pedro.

- Ei minha linda.

- Ei! Já pode voltar pra casa estamos com saudades.

- Eu também estou. Como vocês estão?

- Bem.

- Certeza? Estou te achando meio estranha...

- Na verdade aconteceram algumas coisas desde ontem. Você não vai acreditar em quem voltou...

- Lucas? - Disse com um tom apreensivo.

- Co-como você sabe? Porque não disse nada que ele voltaria?

- Pensei que não se importasse mais com o Lucas, Manu!

- E não me importo! Só não estava psicologicamente preparada pra ver ele próximo da minha filha. Eu quase tive um surto.

Pecado Predileto - Livro I [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora