Capítulo 48: Senta aqui, vamos conversar.

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O dia seguinte seguiu praticamente a mesma rotina:

Acordei, levei Júlia pra escola, trabalhei até 13h da tarde, depois busquei Júlia e fomos pra casa, almoçamos, fizemos os deveres de casa, depois arrumei as coisas dela, lhe dei um banho e a vesti ir pra casa da Marina. Depois foi minha vez de tomar meu banho, me arrumar para a minha noite de alforria.

Bom, desde que fiquei grávida a minha vida de farra praticamente foi extinguida.

(...)

- Se comporta direitinho e obedece aos seus padrinhos. - Dei um beijo em seu rosto.

- E pra onde você vai amiga?

- Ah combinei com a Carina de ir em um bar lá na Savassi.

- Carina? Achei que ia sozinha.

- Ah eu não estava afim de sair sozinha e você, bem, você é quem vai cuidar da minha filha. - Dei de ombros.

- Ah então tá, vai aproveitar sua vida amiga. - Mari se despediu de mim e entrou.

A bicha está bem estranha.

Segui de carro até a minha casa, até porque não vou beber e dirigir. Eu tenho um mínimo de consciência ainda. Deixei o carro na garagem e pedi um táxi, que não demorou muito e em seguida fui para o bar.

Pelo horário ali ainda estava vazio, me sentei em uma mesa e pedi uma cerveja.

Aaah quanto tempo eu não tomo uma gelada, ouvindo música boa, às vezes sinto falta dessa vida, mas não me arrependo de ter a minha bebezinha.

Já estava quase terminando a minha cerveja e nada da Carina chegar, não acredito que vou levar um bolo. Pouco tempo depois ela me ligou:

- Ei Carina, onde você está?

- Ah Manu, desculpa aconteceu um imprevisto, a bateria do meu carro descarregou.

- Vem de táxi, uber, sei lá.

- E tem mais... Minha mãe chegou aqui em casa de surpresa.

- Fala sério Carina! Pô! Tô te esperando aqui no bar.

- Foi mau Manu, fica para um próximo dia livre. Beijos.

- Beijos.

É eu realmente tomei um bolo.

E algo me diz que a Marina têm dedo nisso, só não sei como.

- Você sozinha por aqui?

Agora tenho certeza que tem dedo da Marina nisso.

- Eu deveria estar surpresa em te encontrar aqui, Lucas?

- Talvez, quem sabe é o nosso destino se interligando novamente. - Ele piscou o olho e se sentou na mesa comigo.

- Claro destino, ou Marina. Entenda como quiser. - Dei de ombros. Pedi um garçom outra cerveja. - Não vai beber?

- Estou dirigindo. - Mostrou a chave. - E o Pedro está de boas com você saindo assim?

- Desde ontem não converso com Pedro, ele desapareceu. E também não estamos em uma boa fase.

- Por minha causa? - Revirei os olhos.

- Ah como você continua convencido Lucas, mas é desde que você voltou alguém do outro lado do mundo está com ciúmes.

- Mas afinal de contas o que vocês são um do outro?

- Namorados que moram juntos? Não sei dizer. - Dei de ombros.

- Você por um acaso gosta, tipo ama o Pedro de verdade?

Pecado Predileto - Livro I [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora