E se eu esquecer?

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Notas:

Mais um e esse vem bem amorzinho, e várias explosão. Boa leitura babys

Lica On

— Amor deixa eu ler algo pra você? — Samy me pergunta sentado ao meu lado, na sua cama.
— Claro Samy. —  a olhei atenciosamente.
—  Para um instante único, em que o poema mais lírico, se mostre a coisa mais lógica. E se abraçar com força descomunal, até que os braços queiram arrebentar.— Parou por um instante para me olhar,? E o seu coração ele parecia esta descompasso. — Me lançou um belo sorriso, eu logo retribuí, e ela voltou a leitura.
Toda a defesa que hoje possa existir, e por acaso queira nos afastar. Esse momento tão pequeno e gentil, e a beleza que ele pode abrigar. Querida nunca mais se deixe esquecer, onde nasce e mora todo o amor." — Pegou uma de minhas mãos e a levou até o seu peito esquerdo —  Está sentido isso?
Sim! — Responde ao sentir seu coração bater forte, e o meu não estava diferente.

Sabe porque ele está batendo assim? — Me olhou fixamente ao fazer a pergunta.
— Porque? — Lhe dei um sorriso travesso.
— Porque é aqui que nasci o amor, então é aqui que mora meu amor por você, só peço que você nunca esqueça disso.  — Segurei forte a sua mão.
— E se por um acaso eu esqueça? — Lhe Perguntei espontaneamente.
—  Se por acaso você esqueça, eu te faço lembrar, com essa mesma música — Ela abriu aquele sorriso, capaz de derrubar qualquer barreira que habita em mim.
—  Mas, eu não vou esquecer nunca! — Depois de dizer isso, eu a beijei, como se eu quisesse colocar tudo o que eu sentia, naquele beijo, eu não arriscaria dizer que eu já ame, eu só não sei o porque, eu a conheço a tão pouco tempo, mas era como se eu a conhecesse a tanto tempo, isso era algo que me deixava confusa. Eu só não estava preparada para lhe dizer agora, mas queria de toda forma lhe mostra o que há dentro de mim, por um beijo ou por um toque. Paramos o beijo quando ouvimos o interfone tocar. E Samy logo atendeu.
—  Olá? — Franziu a sombrancelha — A sim mande entrar.
— Quem é? — Perguntei curiosa.
— A Tina e a Clara, mandei elas subirem. — Deu de ombros.
— Será que aconteceu algo — A olhei assustada.
— Não sei meu amor, mas vamos saber quando elas chegarem aqui. — Acariciou minha mão, tentando me acalmar. Depois de alguns segundos, escutamos batidas na porta, provavelmente eram as meninas.
— Entra! — Samy gritou. — E a porta foi aberta, revelando uma Tina e Clara ofegantes.
— Gente o que aconteceu? — Perguntei apreensiva.
— Gente o Edgar estava cuspindo fogo hoje no colégio, ele estava atrás de vocês duas. — Fiz uma careta ao ouvir as palavras de Tina.
— É meninas ele já sabe que vocês estão juntas, afinal vocês duas não estavam no colégio, o que ficou bem suspeito pra ele, e a louca da minha mãe, ainda ajudou a colocar, mais besteira na cabeça dele. — Clara suspiro irritada, depois da sua revelação.
— Eu não aguento mais isso, cara quando nós vamos ficar juntas sem ninguém se metendo na relação da gente? — Samy solto as palavras bufando de raiva.
—  Quer dizer que vocês agora tem uma relação? — Tina Perguntou erguendo as sombrancelhas, com um sorriso malicioso nos lábios.
— Sim... É ... Eu acho que temos sim! — Me atrapalhei nas palavras, isso acontecia quando eu estava nervosa.
— Temos ou não Lica? — Samy Perguntou seria ao perceber meu atrapalho com as palavras. Tina e Clara me olharam sugestiva, como se dissessem, agora não tem escapatória Lica.
— Fala Lica! — Samy estava como os braços cruzados em minha frente, erguendo as sombrancelhas.
— Temos uma relação sim Samy, só que estamos nos conhecendo. — Fiz gesto com as mãos.
— Mas já nos conhecemos o bastante Lica, nós já fizemos muitas coisas desde o... — A mesma interrompeu sua fala, parecendo se lembrar de algo, enquanto, Clara e Tina, nos observava assustada.
— O que fizemos desde o colégio Samy? — E a única coisa que ela fez foi ficar calada diante a minha pergunta — Fala Samantha! — Pedir novamente um pouco irritada.
— Não podemos falar disso agora Lica  — Virou de costas pra mim.
— Samantha olha pra mim! — A virei de frente pra mim, e ela me olhava assustada.
— O que meu pai quis dizer, com aquelas coisas, de que você não serve pra mim, que quando eu lembrasse eu te deixaria? — Insistir, já que estava tudo muito estranho, Samantha parecia está escondendo algo, talvez não quisesse contar por medo que eu a deixe, mas, eu não a deixaria por nada.
— Lica por favor não estraga o que temos, não cai na pilha do seu pai, e muito menos da Mallu! — Me olhou com olhar súplica.
— Sabe Samantha eu sinto que você me esconde algo, na verdade eu sinto que vocês todos me escondem algo! — Apontei pra Clara e Tina, que me olharam indignadas.
— Lica, a gente não esconde nada de você, só não podemos força a sua memória, as coisas do seu passado você só vai lembrar sozinha aos poucos, sem nenhuma pressão. — Clara esclareceu.
— Mas não pode ao menos me dizer o que éramos no passado Samantha? — Continuei insistindo, até arrancar algo dela.
— Nós só ficávamos, não era nada de mais. — Continha nervosismo na sua voz.
— E porque eu me droguei no dia que aconteceu o acidente? Eu tive algum motivo específico? — Perguntei já nervosa.
— Lica chega de perguntas! — Tina interferiu.
— Não Tina eu preciso saber, o que aconteceu antes da minha overdose.
— Você e a Samantha brigaram aquele noite, e você a odiava, por todos os mal que ela te fez! — Ouvimos Mallu dizer parada na porta do quarto de Samantha, junto a Edgar. Samantha já estava com os olhos cheios de lágrimas, enquanto Clara e Tina, pareciam muito nervosas.
— Porque você não fica na sua Mallu? — Samantha gritou cheia de raiva.
— Nossa Samantha, achei que você fosse sincera com a Lica, mas vi que não, já que não contou daquela noite, na verdade todo mundo sabe o que aconteceu na noite da overdose da Lica não é mesmo meninas? — Olhou para Tina e Clara, sua voz saiu sarcástica.
— Isso é verdade Samantha? — A olhei nos olhos, suplicando pela verdade dessa vez. — Olha eu não quero começar um relacionamento com você cheios de mentiras! — Eu já estava alterada. — Então por favor o que você estiver de falar, fala agora, porque se eu lembrar, vai ser muito pior! — Alertei.
— Tudo bem Lica, eu vou contar a verdade, só não sei se você ainda vai me querer depois disso. — Samantha já chorava, e meu coração começou a se aperta, temendo ao que vinha a seguir, ela respirou prosseguindo. — A gente se envolveu, eu me apaixonei por você completamente, ai uma vez a gente quase transou, não aconteceu porque, você me largou lá, depois de ter feito o que quis, me mandou embora, me falou coisas horríveis. Então eu sair com meu coração destruído, porque achei que você gostasse de mim, mas as suas atitudes, sempre diziam que não. Então eu resolvi me vingar de você. — Naquele momento ela estava desabando em lágrimas e a cada palavra que saia de sua boca, meu coração acelera, de medo, do que viria depois, ela respirou fundo, antes retomar as palavras. — Você veio até a mim depois de tudo, se redimiu, me ligou pedindo desculpas, marcamos de conversa na festa do Tonico, Eu te seduzir, a gente transou, eu fiquei no comando o tempo todo.
— Eu já olhava para Samantha chorando, enquanto todos que estavam naquele quarto observavam atentos.
— Depois você pediu desculpas, e se declarou dizendo está completamente apaixonada por mim, e mesmo depois de tudo, eu achei que você merecesse essa vingança, pra mim você me usaria de novo, então eu filmei nossa transa e te expoie para todo mundo naquela festa, mas me arrependi no mesmo instante, quando olhei nos seus olhos e te vi arrasada, dai você saiu correndo, eu fui atrás, te vi indo embora e um garoto que te vendeu as drogas tentou me assedia, e mesmo me odiando naquele momento, você me salvou dele, eu poderia ter sido estrupada. Depois do acontecido, fomos até uma praia, sentamos na beira mar, eu pedir para você não usar as drogas, eu também te pedir perdão mas você estava cega de ódio por mim, você tinha nojo de mim, você jurou nunca me perdoa, e eu sabia que jamais te teria de volta. No momento de raiva você tomou dois doce de uma vez, você tevi uma overdose na minha frente, chamei ambulância desesperada, fomos para hospital. E fiquei lá com você, até você acorda, nossos amigos também, mais eu nunca queria sair do seu lado, mas não me deixaram ficar lá sempre, fique péssima, sem querer comer, sem querer falar com ninguém, e na sala de aula eu sentava na sua cadeira, e todos os dias eu tentava tirar minha vida porque não aguentava vê você ali quase sem vida, acabei me entregando ao álcool e ao cigarro. Eu só melhorei quando você acordou. Foi assim que aconteceu Lica, foi tudo culpa minha. —  Eu nunca imaginei que seria tão sério, nunca imaginaria que Samantha teria sido tão cruel assim, eu não sabia como agir, eu só queria ficar sozinha, por um bom tempo. — Pensei.
— Eu não acredito que você fez isso com a minha filha, então foi bem pior do que eu pensava, eu não te quero com a minha filha Samantha! Mas não sabia que você era essa tipo de pessoa vingativa a ponto de expor alguém! — Meu pai exclamou indignado e mesmo estando muito ferida e decepcionada com a declaração de Samantha, estava doendo em mim vê-la chorar.
— Chega pai, eu acho que ela já deve sofre demais com tudo isso.
— Você ainda defende ela, depois de saber de toda verdade? — Diz indignado
— Não precisa disso, eu só quero ir pra casa. — Digo pegando minhas coisas.
— Lica por favor espera! — Samantha segurou meu braço, me olhando com os olhos de suplica e eu parei para escuta-la. — Eu te amo Lica, eu te amo muito, mesmo que você achei que não,mesmo que você duvide, era disso que eu estava falando, o amor ainda vai está aqui, por que é aqui que mora o meu amor por você! — Disse após levar uma das minhas mãos ao seu peito esquerdo, assim como ela fez mais cedo. — Mas eu tirei minha mãos dali
— Vamos embora pai, eu a olhei a última vez, antes de bater a porta do seu quarto...

Continua...

Notas:

E aí o que acharam, a Lica tem que perdoa Samantha? Até aproxima beijos.

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