Meu Trevo

Eu sou o prêmio?

Notas:

Me desculpem a demora para postar, tava cheia de coisas para resolver,quem me conhece sabe que não só de demora para postar, mas já estou de volta com mais capitulo. E hoje quero agradecer, as pessoas que sempre me incentivam a continuar escrevendo, às vezes, já pensei em desistir da fic ou até mesmo de parar de escrever, mas daí não dar pra desistir por causa de vocês, cês são uns anjinhos. Então boa leitura babys ❤️

Lica on

Já fazia uma semana que eu não aparecia no colégio grupo e muito menos em minha casa, liguei para minha mãe, no mesmo dia,  me desculpando pelo sumiço, e avisando que eu ficaria uma semana com a minha prima, ela protestou por um momento, me deu a maior bronca, dizendo que a Marina não era uma boa influência para mim passamos alguns minutos discutindo, tive a impressão que de ter ouvido a voz da Mallu, mas ignorei, deve ter sido qualquer outra pessoa, depois de longos minutos na linha com minha mãe, a mesma logo cedeu quando percebeu, que eu precisava de um tempo. Mas pediu para eu ter cuido.

Depois de terminar a ligação, lembrei do meu primeiro dia aqui,  quando Marina me beijou, a única pessoa que me veio a cabeça foi a Samantha, a saudade chegou me rasgando. Eu não conseguir continuar ali, com Marina e seus amigos, peguei o meu metrô e sair sem rumo descendo e um lugar que eu nunca tinha parado antes.

E nesse momento estou sentada no mesmo banco, na aquele mesmo lugar. Eu tornei aquele lugar, o meu cantinho sagrado quando quero lembrar dela. O vento forte batendo meu rosto, tão forte a ponto de fazer as folhas das árvores caírem, uma bela noite de outono. O clima estava perfeito,  para aquele momento melancólico. Com certeza já eram mais de meia noite, porque o único bar que estava aberto já estava preste a fechar, percebi pelos movimentos das pessoas saindo, o mesmo bar que eu comprei essa vodka que eu ingeria e sentia meu fígado rasgar, olhando aquele frasco com aquela bebida quente, lembrei de Samantha e do maldito câncer que nos afasta cada vez mais. Sem pensar virei aquele liquido de uma vez, meu estômago revirou, ardeu, me fazendo baixar a cabeça, enquanto uma careta se formou em meu rosto. Com uns dos braços limpei minha boca e parte do meu queixo que estava molhado. Eu desejei ter o mesmo câncer que ela, eu desejei está em seu lugar. E hoje foi uns daqueles dias em que eu me imaginei em uma sacada pronta para pular a qualquer hora, ou me imaginei me jogando da janela do quinto andar.  Hoje foi um daqueles dias em que lembrei daquela simples e bela letra do J Quest, hoje, preciso de você, com qualquer humor, com qualquer sorriso. Lembro de quantas vezes eu abrir meu celular, lendo e relendo nossas conversas, na esperança de receber alguma mensagem sua, talvez apenas, um sinto a sua falta. Mas meu subconsciente sabia que essa mensagem não chegará. Eu queria correr até ela, e dizer que sinto sua falta, que não consigo ficar sem ouvir sua voz. Que sinto falta do seu abraço tão quente e acolhedor. Porque no momento o único abraço que eu tinha era o da solidão. Quando eu fiquei tão dependente dela? Quando eu fique tão incapaz de viver por mim? Mesmo com tanta gente ao meu redor, ainda assim me sinto só quando você não está. Eu tô carente dos teus olhos castanhos sobre os meus roubando a minha alma, do teu sorriso que me ganha sempre. Da sua boca quente que revira tudo dentro de mim. Tô carente de você de baixo do meu coberto, do seu corpo cálido sobre o meu. Dos suspiro que tua língua quente me causa. Difinitivamente não haverá alguém capaz de te substituir, não haverá alguém capaz de me ter como você me tem, Samantha Lambertini. Você sempre está nas minhas músicas favoritas, nas minha poesias mais guardadas. Quando estou ao lado, quero ficar em seus braços e nunca mais sair. Sabe, quando passa a nuvem em brasa, o corpo se abre, soprando ar que traz você, e assim eu te sinto. Foi ai que lembrei da música do Nando Reis, sei! E mais um vez você entrou na minha playliste. Eu nunca quis mergulhar em maré cheia, mas se for por você eu não hesitarei. Porque mergulhar no raso, não me levará a lugar nenhum. Aquelas foram as últimas palavras que eu rabisquei naquele bloco de notas... Antes de ouvir a voz de uma estranha, me fazendo fechar o mesmo.