Capítulo 34

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Ela não respondeu de novo. Sonâmbula. Enchi ela de beijo pela testa, bochecha, boca, e quando fui pro pescoço, ela arrepiou e acordou, já com cara de safada.

— Bruno: Que saudade dessa cara — Disse cínico

— Fernanda: Vai continuar com saudade — Disse depois que desfez a cara — Levou meus pivete pro colégio?

— Bruno: Nossos, corrigindo aí. Levei. Se eu não levar, tu num leva, né? Vive dormindo!

— Fernanda: Durmo mesmo, tem você pra levar. Cê sabe que eu tenho sono pesado.

— Bruno: Tem mermo. Invadem o morro, arrombam a casa, arrombam teu cu e tu não acorda.

— Fernanda: Me poupe — Disse zoando, mas com a voz séria

— Bruno: Dá até medo deixar tu tomando conta daqui e da Rocinha.

Ela me encarou feião, levantou da cama e foi pro banheiro. Uns minutos depois, saiu enrolada na toalha e foi pro closet, aí depois passou já de roupa e entrou no banheiro, depois saiu do quarto. Que saudade do caralho eu tô dela, velho. Abracei ela por trás com força e enchi ela de beijo na nuca.

— Fernanda: Saia, seu fresco, saia — Disse com raiva, tentando tirar minhas mãos dela

— Bruno: Desculpa, velho. Tô ligado que não devia ter dito que eu sei criar os pivete sozinho, Fê. Eu falei com raiva, pô. Eu falo e faço merda pra caralho com raiva, tu tá ligada.

— Fernanda: Se fosse eu que tivesse dito que sabia criar meus filhos sozinha, você ia dizer e fazer o que? — Disse me olhando séria

— Bruno: Ia rir — Disse zoando

— Fernanda: Af. Idiota.

Ela virou e foi saindo, mas puxei a mão dela e puxei pra perto de mim, colada no meu corpo. Sério, eu tava sem cueca, e meu pau já tava duro. Acho que ela ainda não tinha se ligado, que não falou nada.

— Fernanda: Você parece uma criança.

— Bruno: Tu é cheia de frescura também, Fernanda.

— Fernanda: E você gosta de cada uma delas — Disse cínica

— Bruno: Só não gosto da frescura de ficar com raiva de mim por nada — Disse mais cínico ainda

No alto do morro...3º temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora