Capítulo 36

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— Fernanda: Você não tem algo pra me contar?

— Bruno: Não — Menti, porque eu tinha, e era a carta

— Fernanda: Tem certeza?

— Bruno: Tenho. Por que essa pergunta agora?

— Fernanda: Porque eu sei que você quer me contar algo.

— Bruno: Sabe como?

— Fernanda: Eu te conheço.

Eu também conheço ela. Ela não faria essa pergunta do nada. Acho que ela viu a carta... por isso eu não achei. Se os pivete tivesse achado, teria me dado e me perguntado o que era, quem mandou, a porra toda, mas a Fernanda... ela guardaria pra fazer joguinho. Mas beleza, bora fingir que eu não sei que ela tá com a carta.

— Bruno: No fundo daquela caixa de foto tua, tinha uma carta escrito que tu era uma piveta legal, que a pessoa tinha criado tu como se tu tivesse saído do útero dela e hoje que tu não se importa mais com ela... aí disse que nossos pivete são lindos. Isso em letra de forma. Em letra cursiva tinha mandando beijo e dizendo que era sua mãe... verdadeira.

— Fernanda: Então era isso que tu tava procurando ontem que não continuou a frase?

— Bruno: Ah, Fernanda, fala logo que tu sabe e tá com essa carta, vai.

— Fernanda: Tá, eu já vi essa carta — Disse depois de uns segundos — Acho que foi a Matilde. Mas pô, ela nunca escreve em letra cursiva, só em letra de forma. E no final do bilhete tinha letra cursiva. Só pode ter sido ela e outra pessoa que mandou a carta.

— Bruno: Sua mãe verdadeira num morreu?

— Fernanda: Meu pai disse que morreu, mas nunca disse como foi o velório dela, nunca me mostrou foto...

— Bruno: Isso não tá me cheirando bem.

No alto do morro...3º temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora