Capítulo 44

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— Fernanda: "Eu estou cada vez mais perto de você e de sua família, e você não percebe. Vamos matar as saudades?! Te espero no playground do seu apartamento amanhã às 15h. Leve seus filhinhos. Beijos." — Li o que tinha na carta

Novamente, igual a outra carta: tudo em letra de forma, e apenas a palavra "beijos" em letra cursiva. Ai, meu Deus.

— Fernanda: Quando você recebeu isso?

— Bruno: Um aviãozinho foi me entregar na boca. Perguntei quem deu a carta a ele e ele disse que uma moça bonita, e não era véia não.

— Fernanda: E ainda quer que eu leve meus filhos! Eu vou, mas não levo meus filhos!

— Bruno: Eu vou junto.

— Fernanda: Amor... pode ser uma armadilha da polícia, oh. É mais fácil você me tirar da cadeia do que eu tirar você da cadeia.

— Bruno: Tô pouco me fudendo, fia. Eu vou e pronto!

— Fernanda: Você não vai, Bruno!

— Bruno: Vou, Fernanda, eu vou! — Disse aumentando a voz

Suspirei, dobrei a carta e coloquei-a no meu bolso. Não adiantava discutir com ele sobre filhos. Levantei do cheise, entrei em casa pela porta dos fundos e subi as escadas. Entrei no meu quarto, sentei na cama e fiquei pensando. Se eu for, podia acontecer algo de ruim, tipo uma armadilha; se eu não for, podia ser uma coisa boa, como minha verdadeira mãe. Então se eu for, eu ia desvendar o mistério, se eu não for, eu nunca ia saber quem estava escrevendo a carta e ia ficar me crucificando pra sempre por ter sido burra e não ter ido. Eu me conheço, né. Beleza, eu vou, mas meus filhos, não. Levantei da cama, fui pro banheiro, tomei banho, escovei os dentes e deitei na cama. Eu não estava com sono, mas estava cansada. Fiquei assistindo um filme qualquer que estava passando na TV e logo dormi

No alto do morro...3º temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora