Capítulo 82

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— Duca: Tu já sabe mexer nisso, menina?

— M. Karolinna: Já. Sei mexer num fúzil também.

— Luíza: Meu Deus — Disse assustada

— M. Karolinna: Eu ia aprender de qualquer canto, e é até uma forma de eu me defender.

— CR: Tu vai pro colégio armada? — Disse zoando

— M. Karolinna: Não — Disse encarando ele, percebendo a zoação

— Bruno: Quanto mais tempo de prática melhor. Ela ia aprender de qualquer jeito, e é uma forma dela se proteger, sim. O único lugar que ela vai sem eu ou a mãe dela é pro colégio, e ela só sai de lá com a mãe dela, eu e vocês que tão aqui. Eu só não deixo ela andar pelo morro armada porque do jeito que é braba, se alguém encarar, vai meter bala, mas quando ela tiver maior e se ela quiser, ela vai andar armada, sim! Se eu e a mãe dela levar bala, Deus livre a gente, ela tá aí, fio!

— CR: Mas tem os soldados pra isso, véi.

— Bruno: Ah, véi, de todo jeito, ela ia aprender a mexer nessas porra. Acho até melhor ela aprender mais cedo.

— P. Lucas: Quando eu e a Bia tiver com seis anos, o papai disse que vai ensinar a gente a mexer também.

— Eduarda: Vai ter nem força — Disse zoando

O Luquinhas olhou sério pra ela, segurou a pistola com o cano dela apontado pra parede, abriu e fechou, cinco vezes seguidas, em menos de dois minutos. Eu e os cara começamo a rir. Baguncei o cabelo do Luquinhas.

— Bruno: Meu filho esse — Disse ainda rindo

— Fernanda: Do que cês tão rindo?

— Bruno: A Eduarda disse que com seis anos, o Luquinhas e a Bia não iam ter força pra mexer numa arma, aí ele abriu e fechou ela cinco vezes seguidas.

— Fernanda: Tá melhor que eu — Disse sentando no meu colo

— Luíza: Fernanda morre com a arma na cintura — Disse zoando

— Bruno: Principalmente quando vai atrás do perigo, coisa que se amarra em fazer.

— Fernanda: Já tá passando na cara as vezes que tu manda eu ficar em casa e eu vou pro meio do tiro, já? — Disse me encarando

— Bruno: Tô!

No alto do morro...3º temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora