Capítulo 53

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— Jane: Você não é filha do Vanderson... Você é filha do Mesão.

— Bruno: Ex dono da Rocinha, pai do Jeffinho, o otário que eu matei?

— Jane: Ele mesmo...

— Fernanda: Meu irmão me estuprou? — Disse perplexa, uns segundos depois

— Jane: Ele te estuprou? — Disse perplexa também

— Bruno: Ele sequestrou a Fernanda na porta do colégio dela, quando ela tinha quinze anos. Só devolveria ela pra mim com o Alemão na mão. Aí eu tomei a Rocinha dele.

— Jane: Acho que o Mesão não contou ao Jeffinho que você era irmã dele...

— Fernanda: Mas de qualquer forma, ele ia mandar alguém me estuprar, né. Faz parte de sequestro. Dei sorte de não ter sido morta... Mas como ele descobriu?

— Bruno: Ah, Fernanda, caralho! Tu viveu com o cornão quinze anos e não sabe que PM é desconfiado?

— Fernanda: Não chama meu pai de cornão. Ele não pode ser meu pai de sangue, mas me criou até bem pra não ter feito nada de ruim comigo por não ser filha de sangue dele.

— Jane: Ele fez um teste de DNA com você ainda na minha barriga.

— Fernanda: Nossa. Isso que não é confiar na mulher

— Bruno: E tu ainda diz que eu não confio em tu — Disse cínico

Encarei mó feio o Bruno e ele riu.

— Fernanda: E essa menina — disse me referindo à Beatriz —, é filha de quem?

— Jane: Do meu ex-marido. Eu fui pra Portugal depois de ter você. Sai da sala de parto num avião, digamos assim. Seu parto não foi natural, foi de cesária. Assim que seu pai, o de criação, soube que você não era filha de sangue dele, comprou uma passagem só de ida pra Portugal. Assim que você nasceu, eu fiquei de repouso seis horas e ele já me levou pro aeroporto. Só saiu de lá quando o avião tava no alto.

— Fernanda: O pai dela morreu?

— Jane: Morreu há um mês atrás. Vendi todas as ações da empresa que ele tinha lá, só ficou a parte da Beatriz, caso ela queira voltar pra Portugual. Eu não vou voltar, vou ficar contigo — Disse e pegou na minha mão — Contigo, com meu genro e meus netos.

— Fernanda: Se você não for igual a Matilde, pode ficar.

— Jane: Igual a Matilde? Como assim?

— Fernanda: Que fica querendo colocar coisas na minha cabeça, tentando me manipular. Ela não te contou que, no dia do meu casamento, foi na igreja com uma menina de uns quinze anos, grávida, dizendo que o bebê era do Bruno, tudo isso só pra me separar dele? Só que eu confio no Bruno. Talvez eu confie mais nele do que em mim. Pra você ficar perto de mim, da minha família e dos meus amigos, você vai ter que aceitar tudo do jeito que tá. Eu não aceito ninguém querendo se meter na minha vida.

— Jane: Isso é verdade, Matilde? — Disse aparentemente perplexa

— Matilde: Sim — Disse de cabeça baixa

— Bruno: Cobra. Véia safada. Isso tudo é falta de piroca. Não goza gostoso aí tenta gozar com a desgraça dos outros.

No alto do morro...3º temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora