Capítulo 87

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Falando em dor, eu estou com uns sintomas de gravidez, tipo muita preguiça, muita fome, tontura, e às vezes, uns enjoôs. Hoje é um sábado, e vai ter baile na Rocinha. Falando em morro, minha mãe se mudou pro Alemão, mas não fica 24hrs no meu pé, não — graças a Deus. Ela fica mais na casa dela, e antes de vir pra cá, pra mansão, ela liga perguntando se pode, se não vai incomodar, etc. A Bárbara tá morando com ela, e a Beatriz continua no apê delas em Ipanema, mas vive aqui no Alemão ou na Rocinha. Pra quem disse que odiava morro...

— Beatriz narrando —

Dois meses se passaram e eu ainda não consegui ter o Bruno só pra mim. Vou partir pro Duca, o marido da Eduarda, mas não desisti do Bruno. É menos gostoso que o amigo, mas também é gostoso! Se nada der certo, parto pro CR. Cada homenzinho difícil, viu? Nem eu. Minha mãe e a Bárbara estão morando no Alemão, e eu continuo em Ipanema. Odeio morro, só vou pra limpar meus olhos com aqueles três colírios — risos. Graças a Deus a Bárbara prefere à avó do que eu, porque, que menininha chata, viu. Só a vozinha dela já me irrita. Tô até passando meus dias melhores sem ela. A única pessoa que eu sinto falta é minha mãe, e só quando eu preciso de algo. Ah, não vamos mentir, ela me ajudava pra cacete. Mas agora tenho a Maria, a empregada.

— Fernanda narrando —

Agora são 15h, e eu tô no shopping com as meninas. Nossos filhos ficaram com os pais. Eles têm que ajudar um pouco, não é só a gente não. Embora eu não tenha certeza que esteja grávida, a primeira parte que eu vou numa loja é a parte infantil. Comprei umas coisinhas lindas, mas unissex, porque eu não tenho certeza que esteja grávida, muito menos se é de menina nem de menino.

No alto do morro...3º temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora