Capítulo 45

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— Bruno narrando —

Mais uma carta. Beleza, essa sim eu fiquei boladão. Era marcando um encontro no condomínio da Fê, e ainda era pra levar os pivete. Leva meu pau, mas num leva meus pivete. Só vai a Fernanda e eu, e se eu me abusar, só vai eu mermo. Fiquei sentado lá no cheise, e estranhando o silêncio da Fernanda, subi as escadas. Entrei no nosso quarto e ela tava dormindo. Desliguei a TV, dei um beijo na Fê, fui pro banheiro, tomei banho e escovei os dentes. Deitei na cama, por trás da Fê, e abracei ela. Fiquei alisando a cintura dela, imaginando mil pessoas pra essa carta, e só dormi 2h da manhã. Minha cabeça tava até doendo.

Acordei no outro dia 6h com o despertador. Mijei, botei uma bermuda, escovei os dentes e fui no quarto de cada pivete, acordando tudinho. Dei banho na Bianca e no Lucas e a Karolinna tomou o banho dela e se trocou sozinha, e ajudou os irmãos a se trocarem enquanto eu fazia a comida deles. Esperei eles comerem, arrumei os cabelos das pivetas, fiscalizei cada um escovando os dentes e depois levei pro colégio. 7h30, voltei pro Alemão. Entrei em casa já tirando a bermuda e fiquei nuzão. Num gosto de ficar de roupa de manhã, não. Fui pra cozinha, comi e subi as escadas. Entrei no meu quarto e pulei em cima da Fê.

— Fernanda: Amor, pára — Disse rindo, enquanto eu enchia ela de beijo pela cara

— Bruno: Se num fosse eu, tu num levava teus pivete pro colégio, né, véi? — Disse ainda em cima dela

— Fernanda: Levava mesmo não. Não gosto de acordar de manhã! Quem me acordava na maioria das vezes pra ir pro colégio era a Matilde, que eu não ouvia o despertador tocar.

— Bruno: Preguiçosa — Disse rindo

— Fernanda: Sou mesmo. Agora sai de cima de mim, que já tá começando a pesar.

— Bruno: O que?

— Fernanda: O que quê tá pesando? Me diz?! — Disse me encarando

— Bruno: Ah, tô ligado — Disse cínico e deitei do lado dela — Covardia tu num gostar de trepar de manhã, viu, mina.

— Fernanda: "Mina"? Tenho cara de puta sua, Bruno Lopes da Silva? — Disse me encarando feio

— Bruno: Não gosto quando chama de Bruno, imagina o nome completo? É "amor" ou "mozão".

— Fernanda: Não fala com essa voz debochada — Disse me dando um monte de tapa de leve no ombro

— Bruno: Se não o que, Fernanda Albuquerque? — Disse ainda cínico

No alto do morro...3º temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora