Capítulo 122

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— M. Karolinna: VAI PROCURAR O QUE FAZER, LUÍZ! — Gritei levantando

— Luíz: Já achei... te irritar.

— M. Karolinna: Tu num tem que ir pra laje não, olhar o morro? — Disse de braços cruzados

— Luíz: É de nove horas que eu pego, pô. Senta aí, vamo conversar.

— M. Karolinna: Falta vinte minutos.

— Luíz: Isso aí, pô, vinte. Senta!

— M. Karolinna: Me obrigue! — Disse depois de bater pé

Não é que ele me obrigou? Me puxou pela mão, fazendo eu sentar no chão, e ficou com o braço no meu ombro, meio que me sufocando.

— Luíz: Quanto cabelo — Disse dando tapas de leve na minha cabeça

— M. Karolinna: Não bate em mim — Disse encarando ele com o canto do olho

— Luíz: Tá que nem crocodilo olhando com o canto do olho, é?

— M. Karolinna: Olho por onde eu quiser.

— Luíz: Olha a boca, porra — Disse dando um encostão na minha boca

O Luíz deu um encostão, mas eu dei um tapão na boca dele mesmo. Até estralou!

— Luíz: Mina braba do caralho!

— M. Karolinna: Falo do jeito que eu quiser também — Disse seca

A gente ficou nessa briguinha uns minutos, até que deu 9h, a hora dele ir pra laje. Até que ele não é tão chato, só é convencido e gosta de me dar ordens. As únicas pessoas que eu aceito receber ordens ainda são meus pais. O Luíz me chamou pra ir pra laje com ele, e eu fui. Tinha mais dois meninos, cada um com uns 14 anos, e me olharam dos pés à cabeça e morderam o lábio.

— M. Karolinna: Perderam algo na minha cara?

— Olheiro1: Não, pô, só olhei mermo.

— Olheiro2: Fisgou a brabinha, Luizinho?

— M. Karolinna: Não sou piranha pra ser fisgada.

No alto do morro...3º temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora