Capítulo Onze - Resiliência

4.6K 543 117
                                    

Bom dia meninas, e quem está ansiosa para o temido jantar em família? Se é que podemos chamar o meio em que o Kyle nasceu de família, né, tá mais para castigo na terra. Bom vamos lá e me digam o que acharam, o que estão acha do nosso casal.

Alissa analisou mais uma vez sua imagem no espelho, trajava um vestido azul, e um casaquinho por cima, afinal a noite prometia ser fria. Kyle havia ligado e avisado que chegaria mais cedo, o que ela achava ótimo. Pegando a bolsa, ela deu mais uma olhada na maquiagem, lábios apenas com um gloss rosado, sombra pérolada e rimel. Nós pés algum salto, afinal era uma mulher da cidade. Desceu as escadas e se deparou com toda a família reunida, Cara e César pelo visto ainda brigados, ela sabia que a irmã estava tentando disfarçar, mas algo não ia bem, Nina também olhava o casal sentado afastado e olhou em sua direção, as duas fazendo um acordo silencioso de intervir em algum momento. Cara era a luz da família e estava se apagando.

— Como estou crianças? — Ela disse dando uma volta.

Todos a elogiaram e brincaram que era muito para Kyle dar conta, ela riu alegre, amava muito toda a família e isso incluía Rosa e Milana.

Ouvindo o barulho de um carro estacionando, ela se despediu e saiu, bem no momento em que ele parava.

Kyle ajeitou o cabelo no espelho do carro, e maldisse a sua sorte, ainda não tivera como trocar de roupas. Mas nem de longe voltaria em casa sem Alissa, senão provavelmente sairia de lá direto para a cadeia.

Ele desceu do carro bem no momento em que ela saiu, e por alguns segundo perdeu uma respiração e talvez uma batida ou outra do coração. Ela era linda, e estava ainda mais linda naquele momento. De repente a sua vontade era levá-la para longe dali e de todos.

— Oi! o gato comeu a sua língua?

Antes que ele pudesse dizer algo, uma bolinha de pelo passou por ela e praticamente atacou seus pés. Moon. Alissa riu e se abaixando o pegou no colo, só então Kyle viu a coleira de pedras que ele usava. Ele devia saber que ela o enfeitaria. E era visível o amor que o bichinho tinha por ela, vice e versa. Prova disso era que agora ele lambia com gosto seu rosto e ela apenas ria feliz. Nesse momento algo dentro dele deu um estalo e percebeu que faria o possível e cavalgaria pelo impossível para que ela sempre sorrisse assim.

— Ele adora você!

Ela o olhou e abraçou o cãozinho mais perto.

— E eu a ele. Moon foi o melhor presente que eu já ganhei. Obrigada mais uma vez. Ele e Oz vão se dar muito bem.

Ele chegou perto dela e ouviu o Moon rosnar.

— Ei amigão, você vai ter que dividir a bela dama comigo.

Moon olhou bem para ele como se me disse suas palavras e se acalmou. Kyle então o pegou no colo e o aninhou.

— E quem é Oz?

— O cachorro que Javier deu a Rissa assim que se conheceram.

Ela então contou a ele como o irmão interrompera um encontro familiar e arrastara Marissa para uma Pet Shop, onde ela havia se apaixonado pelo cão abandonado. Oz era a epítome do mimo, tinha coleira de brilhantes, presente de Cara é lógico, utensílios personalizados, ideia de Nina e um quarto próprio na mansão. Ideia dela, ela admitiu corando.

Ele ainda ria ao dizer:

— Imagino como não será com Moon

Ela deu um sorriso brilhante ao responder:

— Moon terá a lua. Mas eu queria te pedir algo…

Ele parou em sua hesitação.

— O que você quiser.

MEU TORMENTO 04 - confiar e perdoar Onde histórias criam vida. Descubra agora