Capítulo Doze - Tormenta

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Após a partida deles, todos entraram, o jantar esquecido, Kyle foi até a cozinha e trouxe alguns frios.

Ele sentiu próximo a Alissa, que não fugiu ao seu toque, pelo contrário, se aconchegou a ele. Que sorriu aliviado!

A ex noiva de Eduardo, havia ligado e pedido que alguém fosse busca-la e cerca de 40 minutos mais tarde, eles viam a Barbie ir embora. Alissa não queria admitir, mas ela era uma boa pessoa. Doce demais para Eduardo e talvez para qualquer outro homem. Kyle também havia notado, longe da impressão que ela havia passado quando se encontraram mais cedo, a de que era tão fria quanto sua mãe, a ex cunhada havia se mostrado animada e inteligente.

Crystal logo pediu licença e foi deitar, o cansaço da viagem se mostrando. E o casal se viu sozinho, apenas com um Moon adormecido aos seus pés. Como havia começado a chover, ele acendeu a lareira e logo a sala foi tomada por um ar aquecido.

— Como vocês são diferentes — Ela falou pela primeira vez, se referindo a Eduardo. — Você e Crystal são calorosos enquanto “Eles” são mais frios que o ártico.

— Somos parecidos com nosso pai, ele era um verdadeiro homem de negócios, mas nunca esquecia da família, ou melhor, de nós dois. Eduardo foi o filho querido de minha mãe a vida toda, sempre mimado e acabou por fim esse arremedo de homem que você conheceu bem. Bem até demais eu diria.

Ela o olhou e o abraçou mais forte.

— Ele só me fez perceber a sorte que tenho em estar me apaixonando pelo irmão certo.

Num movimento brusco, ele a fez sentar em seu colo, ambos se olharam e nem perceberam que o vestido dela havia subido perigosamente. Ou não se importaram. Tudo que desejavam estava ali a sua frente.

— Não diga nada assim, para acordar pela manhã e se arrepender, se for minha eu não vou deixar você desistir. De nada.

Ela fixou o olhar no dele e uniu suas bocas em um beijo quente e firme. Passando as mãos pelas costas dela, ele as desceu até seus quadris e depois pela pele nua exposta. A pressionando mais contra o próprio corpo. Impossível para Alissa não perceber a excitação dele.

— Vou tentar Kyle.

Ele parou de beijá-la e perguntou:

— O que quer dizer?

— O tratamento.

Ele sorriu alegre e num impulso se levantou com ela ainda no colo que enroscou as pernas ao redor da cintura dele, que começou a imitar passos de dança como se se comemora uma vitória.

— Você é louco — Ela riu. 

Ele riu junto e continuaram a dançar.

Até que ele tropeçou e caiu no sofá com ela no colo.

— Você está bem?

Ele não conseguia falar, até que explodiu em uma gargalhada.

— Eu amo…

De repente ela parou de falar e olhou para ele, que a olhava com fogo.

— Eu também.

Depois disso, eles voltaram a se acomodar no sofá, Kyle tirou a camisa, ela os sapatos. Ele deitou e ela ficou quase por cima, uma colcha puxada sobre ambos.

Eles ficaram em silêncio, ouvindo o barulho da chuva e trocando muitos beijos, até que ela começou a sentir sono, o abraçando mais forte, se acomodou e fechou os olhos.

Sentido Alissa começar a adormecer, ele disse:

— Talvez eu deva levar você embora. Está quase dormindo.

MEU TORMENTO 04 - confiar e perdoar Onde histórias criam vida. Descubra agora