Kyle saiu do quarto para não perder a calma, ele que raramente se irritava, sentia vontade de entrar em desespero, Alissa pretendia ir embora, e ele não podia aceitar isso, mas tampouco poderia impedi-la.
Ele foi até o café do hospital e pediu um expresso triplo. Sentiu uma mão tocar seu ombro e se virando, viu que sua irmã o seguira, ela esteve o tempo todo por perto, lhe dando apoio. Coisa pela qual ele era grato.
— Sei que o que ela disse o incomodou. Mas você precisa pensar em como ela está se sentindo. — Crystal disse suavemente
Ele assentiu:
— Sei, embora não torne nada fácil, eu não desejo que ela se vá, mas se for o melhor para ela, que seja.
Dito isso ele lhe deu um beijo suave na testa e se afastou. Em direção a saída.
Crystal o chamou e quando ele se virou disse em uma risada:
— Vou adorar ver você na cidade, em meio a tudo aquilo.
Kyle franziu a testa, relembrando que detestava a agitação de grandes locais, mas a decisão havia sido tomada.
— Se ela precisa disso, que seja. Eu sempre posso me afogar em um pote de sorvete.
E saiu.
Precisava ver algumas coisas na cidade e ligar para seu advogado.
Alissa viu a cunhada entrar e nada de Kyle. Sentiu o coração apertar.
— Ele logo vem, foi apenas resolver algumas coisas. — Crystal sentou numa cadeira perto dela.
Elas conversaram por um longo tempo, rindo, brincando, até que Crystal perguntou:
— Alissa e quando tudo isso terminar, você já pensou em ter filhos?
O silêncio no quarto foi absoluto. Alissa sabia que mais cedo ou mais tarde isso ocorreria.
— Não sei Crystal, mas de qualquer forma, eu já havia tomado as medidas necessárias. Congelei alguns óvulos muito antes de saber da minha doença.
— Porquê? — A outra quis saber
Ela olhou para os outros antes de dizer:
— Porque eu estava ocupada demais com minha carreira para pensar em conhecer alguém ou ter filhos. Não tão cedo, agora… Pode ser tarde.
Nesse momento Kyle entrava e ouviu as últimas palavras dela. Cumprimentando a todos, ele se aproximou da cama dela e questionou:
— O que pode ser tarde?
Sem desviar o olhar dele, que estava lindo, parecendo recém saído do banho, com um moletom e camisas confortáveis, ela disse:
— Ser mãe, me casar, ter uma família.
Ele sentou do lado dela, segurando as mãos que de repente estavam geladas, e as beijou.
— Porque isso está distante? — Ele perguntou suavemente
Ela tentou virar o rosto, mas ele não deixou.
— Porque agora eu talvez não tenha mais tempo.
Ele lhe deu um beijo suave antes de dizer baixinho:
— Família você já tem, o noivo também, os filhos? Nós veremos quando chegar a hora.
Foi possível ouvir os suspiros das mulheres no quarto, incluindo a enfermeira e a médica que haviam entrado pouco antes.
Alissa sorriu para ele.
— Alissa, quem mais falta fazer exame de compatibilidade? — Jess sua médica perguntou
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MEU TORMENTO 04 - confiar e perdoar
RomanceLivro em atual revisão, em breve os capítulos serão alterados. E a saga da Família Sandoval, continua, agora com Alissa, considerada a razão e consciência, entre os irmãos, agora chega para nos contar a sua própria história... "Estar partindo é uma...