Escutem: cool Kids!
🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴⬅ Bianca narrando➡
Acordei por volta das sete da manhã, mas eu insistia em ficar na cama, encarando o lustre de flores no teto. Margot havia me mandado milhares de mensagens perguntando se eu estava bem. Depois de ter chorado no colo de Margot, nunca mais nos vimos. Ela estava trabalhando, mas pelo o que uma de suas mensagens dizia, ela logo teria uma folga no final de semana!
Margot trabalha em uma agência, como fotógrafa.As coisas não saiam da minha cabeça, era intrigante como as coisas mudaram tão rápido. Meu pai em cima de uma cama, imóvel. Eu estava longe dos meus amigos, e principalmente Hoseok, que não parava de me mandar mensagens dizendo o quanto eu fazia falta, e eu só respondia coisas como: "também Hobi! Mais tarde eu te ligo!" Mas eu não liguei! Não liguei por que não tinha tempo, não liguei por medo, não liguei por que sou uma imbecil! Eu sou uma imbecil que não conseguia esquecer as palavras de Min Yoongi, eu me sentia uma pessoa repugnante.
"Me esquece, garota!"
Era como se sua voz estivesse ao pé do ouvido, me dizendo o quão ingrata eu era, por não contar a minha "fuga", para os meus amigos, ou o quanto eu era egoísta por pensar só em mim!
Mas logo meus pensamentos mudavan para o meu pai! É um pedaço meu que está em uma cama de hospital, sem ao menos conseguir falar, sem ao menos conseguir comer. E logo vinha minha mãe na cabeça! Como minha mãe estava verdadeiramente se sentindo? Eu realmente não sei o que fazer...
Por último meus pensamentos migravam para um "Adeus!". Eu sinto medo de descer as escadas do meu quarto e encontrar a minha mãe chorando ao telefone! Eu estou tentando ao máximo não parecer negativa, mas do jeito que as coisas andam, eu já não sei de mais nada.
Do que adianta todo aquele orgulho que eu sentia de mim mesma, por estar me dando bem na faculdade e trabalhando em uma empresa renomada? Do que merdas adianta eu me gabar? Se eu estava do outro lado do mundo longe dos meus pais e amigos de infância, de quem eu tanto amo?! Que merda eu estava fazendo quando eu realmente disse que estava orgulhosa de mim mesma?
Eu agora estou deitada aqui, olhando para o teto do meu antigo quatro, onde passei minha infância e minha tediosa adolescência. Onde agora estou me roendo de medo de acordar meu corpo por completo e descer as escadas.
Me digam agora, aonde está aquela mulher, forte e independente?!? SUMIU! não! Não! Melhor! Na verdade, ela nunca existiu! Sempre foi uma capa, uma crosta que eu criei para passar esse ar de: "Sou forte! Sou independente! Eu consigo enfrentar tudo! Olha só pra mim, eu dou demais!". LIXO! Eu não era nem forte o suficiente para me levantar da porcaria dessa cama e ver se minha mãe precisava de mim! Eu não era suficientemente boa para afagar os cabelos da minha mãe e dizer o quanto eu estou feliz em revê-la, ou o quanto eu gostei da sua sopa, mesmo estando péssima!Eu era uma espécie de monstro que só queria sumir!
No relógio marcavam dez horas em ponto, e meu edredom se encontrava apenas cobrindo metade das minhas pernas, e isso fazia com que eu me arrepiasse por conta do ar frio que saía do ar-condicionado.
Meu celular tocava escandalosamente e eu atendi um resmungo.
-Humm.. alô?-Atendi. Quem quer que fosse não merecia meu bom humor. A pessoa do outro lado demorou a falar, mas logo escuto uma respiração próxima.
-Bianca?-Era Margot. Ela não se contentava apenas com as centenas de mensagens que havia mandando.-eu passei a manhã inteira te mensagem!-Ela berrava do outro lado da linha. Revirei meus olhos me levantando de vez.-Desce logo!-Foi aí que eu parei no meio do quarto.
-Aconteceu alguma coisa?-Perguntei aflita!-Anda Margot, Fala!-Falei preocupada. Ela riu baixinho e foi aí que percebi que não era nada de mais.- já tô indo. Calcei minhas pantufas e desci. O sol entrava forte pela casa e Margot estava encostada no sofá de frente para a escada, a encarei e eu queria tacar a minha pantufa na cara dela.
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"Downtown" ♤Min Yoongi♤ (CONCLUÍDA!)
Fanfic-O que você quer que eu faça?-Perguntou num tom de raiva. Sua respiração estava ofegante. Nossas respirações estavam ofegantes. Me aproximei dele e disse: -Tudo que eu mais quero é você cantando baixinho no meu ouvido. Chega por hoje. Só por hoje...