Cap 12 : Culpa

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~POV Momo~

Eu não acordei para ver meus pais sairem, e levantei da cama as 17:57 da tarde. Ai eu levantei, abri e organizei meu quarto e continuei lá trancada em silêncio, mas ouvi quando Mina parou em frente a porta do meu quarto, enfiou um papel por baixo da porta e saiu com pressa. Pelo barulho de suas botas de salto, notei que a mais nova pretendia sair.

Ontem de tarde, eu tinha saído correndo da sala quando minha mãe ameaçara matar Mina, e depois acabei me trancando no banheiro e discutindo com a mesma. Sei que talvez tenha sido dura com ela, mas isso era pra seu próprio bem..

Minha vontade, agora que sabia que meus pais estavam longe, era de ir até Mina e pedir desculpas por ontem, mas se eu pedisse desculpas, não resistiria e acabaria por contar tudo a ela, mas não se tratava de ficar bem com ela ou não : se tratava de protegê-la.

E eu precisava manter distância, mesmo prevendo a dificuldade que teria, porque a tentação era demais. E foi essa mesma tentação que me guiou até a porta, lendo com certo pesar o bilhete escrito por ela.

Mina ia fazer compras para o jantar, e eu teria que aguentar firme a noite toda, por mim e por ela, pois eu sei que, se a beijasse, não aguentaria se não fosse até o final.

Ai, quando finalmente reuni forças para abrir a porta do quarto, encontrei uma bandeja no chão com meu almoço, e achei aquilo tão fofo que não aguentei e cai de joelhos no chão, deixando as lágrimas me inundarem sem dó.

Na mesma hora senti culpa por ter maltratado a garota no dia anterior, mas não pedi desculpas quando ela chegou em casa e veio falar comigo.

Apenas respondi que já estava melhor, e um tempo depois desci para o jantar, durante o qual permaneci calada e não encontrei meu olhar com o dela.

Eu sabia que o clima estava realmente pesado quando a mesma entrou em meu quarto de madrugada, me abraçou, e nós duas começamos a chorar.

-Eu sinto muito Mina.. Me perdoa -eu chorava, enquanto me agarrava fortemente a seu corpo quente.

-Eu não devia ter deixado sozinha, independente de querer me contar o problema ou não, você precisava de mim -ela lamentava, me abraçando cada vez mais forte.

-Mina.. -murmurei, toda manhosa.

Não foi preciso dizer mais nada, pois ficamos ali abraçadas até meu corpo começar a doer com a posição, e ela desceu até o andar de baixo para apagar as luzes.

Ai, quando voltou, apagou a luz do abajur e deitou comigo na cama fria, ficando agarradinha em mim até o sol raiar de manhã..

CONTINUA..

Enquanto as Ondas Quebram {Mimo} Onde histórias criam vida. Descubra agora