Cap 33 : Flashback pt 1

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Lembrando aqui que o capitulo a seguir não tem a intenção de ser ofensivo de forma alguma com o Xiumin.. Eu inclusive gosto muuito dele, Bias supremo..
Mas, cara, eu precisava que algo grave tivesse rolado entre ele e a Mina, então ele vai ser o namorado violento aqui..
Vou resumir os flashbacks dela em três capitulos, e é isso.
Boa leitura <3

~POV Mina~

Me encolhi na cama, absorvendo o máximo de seu calor em minha pele. Xin me apertava firme em seus braços, acariciando de forma acolhedora minha cabeça deitada em seu peito nu. Suspirei.

-Xiumin.. -murmurei, apertando sua mão de leve para acorda-lo de seu estado de topor.

Me virei pra olha-lo, ficando de bruços na cama. Ele sentou-se e passou a mão no cabelo antes de se pronunciar. No fundo sabia exatamente o que eu queria.

-O que foi?

-Eu queria falar com você sobre algo sério, Xin -desviei meus olhos dos seus e me sentei, adquirindo certa distância do mesmo.

-Pode falar, Baby Girl -sua voz era suave, mas senti um toque de preocupação nela.

-É sobre.. -hesitei- Niara..

Imediatamente seu corpo irrigeceu ao meu lado, e vi por canto de olho seu rosto assumir uma expressão rígida. Eu via ódio em seus olhos, mas sabia que não poderia continuar adiando essa conversa. Respirei fundo antes de continuar.

-Eu queria não precisar dizer isso, mas vi vocês dois juntos, Xiumin.. Eu sei que você ligou pra ela, eu vi as mensagens.. -minha voz demonstrava um medo não típico de mim- Você ta me traindo Xiumin? Por favor.. Me fala que não é verdade.. Isso é errado Xin..

Após alguns minutos em silêncio, enfim criei coragem o suficiente para me virar e encara-lo. Me arrependi imediatamente, sentindo um tapa forte atingir minha face, me derrubando violentamente da cama. Levei a mão ao rosto, sentindo a pele arder com o toque e o sangue escorrer, manchando minha camisa branca. Me virei para Xiumin sem entender.

-Você não tem direito de se meter na minha vida, Mina.

Me arrastei para longe da cama, ouvindo a dureza de sua voz e sentindo o medo me dominar. Fiquei quieta no chão, enquanto o via se levantar e trancar a porta do quarto, se virando pra mim com fúria.

-Quem você pensa que é, sua vadiazinha, para dar opinião no que eu faço?

Estremeci quando o mesmo se aproximou de mim, me pegando pela gola da camisa e me levantando no ar. Seus olhos eram frios, enquanto os meus se enchiam de lágrimas cada vez mais. Eu nunca vira meu namorado naquele estado antes..

-De-desculpa.. Oppa.. -consegui murmurar, para em seguida ser lançada contra o espelho na outra extremidade do quarto.

Os cacos de vidro cortaram minha pele, me fazendo arquejar desesperadamente. O que diabos estava acontecendo comigo?

-Escuta aqui -ele se aproximou novamente, me olhando com nojo ensanguentada no chão frio- Eu vou lhe dar uma lição que você jamais irá esquecer, sua idiota.

Eu tentei me levantar, mas antes mesmo que pudesse me mover um centímetro sequer, Xiumin se aproximou de meu corpo exausto e me pegou pelos cabelos. Meus gritos não o empediram de me arrastar pelo quarto, me jogando com violência encima da cama. Senti meus ossos estralarem quando ele desferiu outro tapa em meu rosto, me deixando quase inconsciente com tamanha brutalidade.

-Por favor, Oppa, para com isso, ta doendo muito -choraminguei.

Ele me puxou para si, olhando no fundo de meus olhos desesperados, antes de me jogar na cama novamente.

-Eu não me importo que esteja doendo, sua garotinha insignificante. Você nunca, ouviu bem? NUNCA vai se livrar de mim!

Comecei a chorar descontroladamente, enquanto Xiumin tirava sua cinta de couro e com ela investia golpes dolorosos contra meu corpo frágil. Senti minha pele arder, e quando levei a mão ao rosto, o sangue escorria descontrolado por um corte profundo.

-Para Xiumin! -gritei, quando senti o couro atingir meu rosto novamente. Não era médica nem especialista nessa área, mas sabia que não aguentaria tanta dor por muito tempo.

-Cala a boca, sua vadia! Você é minha, e não vai se livrar tão facilmente de mim!

Imediatamente fui tomada pela raiva, me levantando em meio a tanto sangue e dor e empurrando meu namorado para longe. Aquilo só pareceu enfurece-lo mais, que se aproximou, me pegou pelos cabelos novamente e me jogou no chão. Fiquei imóvel, sendo rodeada por um silêncio assustador. Aquela era minha oportunidade para fugir..

Eu estava de bruços no chão, e antes que pudesse me arrastar para longe, fui surpreendida por um chute em minhas costas, me prendendo ao piso frio. Não tinha como escapar, e eu sei que não aguentaria mais um minuto que fosse de tortura. Antes que pudesse gritar novamente, ele saiu de cima de mim.

-Ainda não acabamos -murmurou sarcástico, antes de entrar no banheiro e fechar a porta atrás de si.

Assim que ouvi a porta bater, me esforcei o máximo possível para ficar em pé, mas o máximo que meu corpo conseguiu suportar foi que me arrastasse até a outra extremidade do quarto. Me inclinei o suficiente para alcançar a maçaneta da porta, mas antes de gira-la uma voz ecoou pelo cômodo vazio.

-Não adianta tentar escapar, Mina. A porta está trancada.

Os pelos de meu corpo se arrepiaram quando ouvi a porta do banheiro ser aberta, me deixando imóvel no chão frio.

Então era isso.

Eu ia morrer hoje.





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