Cap 43 : Kim Tae Primo

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~POV Momo~

Eu corria desesperadamente atrás do caminhão, atrás de Mina, mas sabia que não era capaz de fazer nada. Sabia que não conseguiria alcança-los, e foi ai que parei, junto ao asfalto, e olhei ao redor tentando encontrar um meio de pedir ajuda. Sei que chamar a policia seria loucura, já que estavam atrás de mim, mas não sabia ao certo o que o velho queria com Mina. Se entregá-la aos meus pais ou algo mais. Eu não me perdoaria se algo acontecesse.

No exato momento em que senti meus olhos se se encherem de água, avistei uma casa azul escuro de dois andares junto ao asfalto, com uma cerca branca em volta e um pequeno jardim na parte de trás. Sem nem pensar, corri em direção a mesma, e ao abrir o portão para entrar fui recebida por um pastor alemão enorme, que ao vir ao meu encontro acabou me derrubando no chão.

O mesmo pareceu feliz em me ver, o que estranhei, e começou a lamber meu rosto todo feliz. Como se fossemos velhos amigos.

-Hey -arquejei, sem fôlego- Oi pra você também!

O cão então latiu, com a língua pra fora, ao ouvir minha voz, enquanto eu tentava limpar sua baba de meu rosto. O que foi inútil, já que o mesmo balançou o rabinho e me lambeu de novo. Então gritei desesperada, prestes a chorar de novo. Seu peso me esmagando, suas patas em meu peito me impedindo de respirar, e foi ai que ouvi a porta da casa ser aberta. O rangido da porta fez o pastor alemão deixar-me pra trás e correr pros braços de seu dono, enquanto eu levantava e tentava me recompor.

-O que foi Josh? -ouvi uma voz soar não muito distante de mim, uma voz familiar.

-Taehyun? -arquejei.

Já haviam se passado 6 anos, mas o mais velho contunuava o mesmo. Alto, magro, cabelos castanho escuro, voz seduzente e, claro, rugas em seu rosto que apareceram com o tempo. Meu primo (Por essa ninguém esperava) não mudara desde nossa última vez em Acapulco.

-Momo -sorriu, se aproximando e abrindo os braços para que eu corresse pra eles, e foi o que fiz.

-Hyung -choraminguei, dessa vez não impedindo as lágrimas de cair- Levaram ela de mim..

-Espera ai, ta falando da deusa havaiana? O que aconteceu? Espera -ele interrompeu o abraço pra enxugar meu rosto- Vamos entrar, vai ficar tudo bem.

Após ser arrastada para dentro, sentada no sofá e com um copo fervente de café em mãos, contei-lhe tudo o que havia acontecido depois de termos fugido do hospital. O mais velho acentia e ouvia com atenção, me consolando a cada vez que eu não conseguia controlar as lágrimas. No fim, apenas ficou em silêncio, abraçado a mim, me ouvindo chorar baixinho.

-Bbxinha, não chora -ele me abraçou mais forte- Vai ficar tudo bem, nós vamos atrás dela e vamos trazer sua deusa de volta. Não se preocupa, não chora, você vai acabar passando mal..

-Foi tudo culpa minha, Daddy -funguei- Se eu não tivesse deixado ela sozinha no caminhão, ela não teria sido levada..

-Se você tivesse ficado, ele teria levado você junto, e agora vocês estariam inrascadas.. Ainda bem que você me achou Mochi, eu vou ajudar você, agora não chora por favor.

Algo em sua voz soava reconfortante, e ter meu primo comigo depois de tanto tempo me deu esperanças novamente.

Eu nunca estabelecera uma união muito instável com minha família, mas se tratando de Kim Taehyun eu até mesmo conseguia aturar as reuniões familiares. Ele era 4 anos mais velho que eu e sempre foi meu melhor amigo, estando a par de meu caso com Mina. Sonhador, motivador, safado e conselheiro : esse era Tae. A única pessoa em que eu ainda podia acreditar.

-Olha, já são quase 18 da noite e você parece cansada, pelo que contou não dorme a vários dias.. O que acha de tirar um cochilo na minha cama? Descansar um pouco? Você não vai conseguir achar a Mina se não estar descansada e forte. Se quiser, depois eu faço algo pra você comer. Pode ser? -perguntou Kim.

Acenti, sentindo meu corpo pesar pela falta de sono e o choro, então Tae me ajudou a levantar de seu sofá caro e me levou a seu quarto. Assim que entrei no cômodo, me joguei sobre a cama king size e senti minhas pálpebras pesarem. Cada vez mais fechadas. O mais velho me cobriu com o cobertor e saiu, deixando que eu fosse dominada pelo sono.

Perdendo a consciência instantaneamente.

CONTINUA..

Enquanto as Ondas Quebram {Mimo} Onde histórias criam vida. Descubra agora