Enquanto as Ondas Quebram {Mimo}

Cap 13 : Café da Manhã.

~POV Mina~

Quando acordei, Momo decidiu me levar para tomar café fora, já que precisaríamos aproveitar bastante os dias juntas. No fim acabamos indo almoçar em uma lanchonete, no shopping, e ainda bem que o shopping ficava na esquina da rua onde Momo mora. Ou seja : caminhamos um quarteirão e já chegamos lá.

A lanchonete tinha um estilo rústico, com móveis de madeira escura, mas era um lugar espaçoso e aconchegante, local no qual almoçamos quase todos os dias daquele inverno.

-Você nunca tinha vindo aqui antes? -perguntou Momo, apontando uma mesa no fundo do local onde deveríamos nos sentar.

-Nunca, tipo, quando eu saia com o Jungkook, ele geralmente me levava ao cinema para assistir filminhos românticos.. E eu sempre preferi os de ação.. - sentei-me na cadeira em sua frente e dei um sorrisinho, lembrando de quando assistimos Titanic, sendo que eu queria mesmo era assistir o agente 007.

-Então você curte filmes de ação? -perguntou Momo, e foi impossível não notar sua empolgação.

-É, eu curto uma boa aventura..

-Hum.. E série de tv?

-Acho legal, mas por estar hospedada na tua casa por enquanto, ando meio sem tempo para por os episódios em dia..

Momo pegou o cardápio e imediatamente chamou o garçom para fazer seu pedido, ao ver que eu já havia decidido o que iria comer.

-Eu quero uma porção de tofu, com kimchi e leite morno.. -ela apontou no cardápio, fazendo o moço assentir e anotar na caderneta que trazia consigo.

-Eu vou querer uma sopa de legumes, com suco de uva -falei, quando chegou minha vez de pedir.

Mais uma vez ele anotou em sua caderneta simples e se retirou, para levar nossos pedidos ao chefe do restaurante.

-Você não prefere peixe? -Momo perguntou quando nosso café chegou e eu comi com certa repulsa a sopa.

-Minha mãe me colocou em regime.

-Desde quando sua mãe sabe o que é melhor pra você?

-Ela nunca soube o que é melhor pra mim.

A garota deixou seu tofu de lado e bebericou de leve o leite morno.

-Se ela soubesse, -continuei- teria me deixado namorar com você, não com Jungkook. Desde o início, minha alma gêmea sempre fora você.

-Mas o destino não quer que as coisas sejam fáceis entre nós -comentou, me olhando de maneira cômica.

-Exatamente, mas isso não quer dizer que eu vá desistir de você, já aviso que não vou.

Peguei sua mão, segurando entre as minhas, e a encarei.

-Eu não quero desistir de você, Momo, você me faz feliz demais. E eu desde pequena aprendi a não desistir do que me faz sorrir..

Ai ela sorriu, mesmo com lágrimas escorrendo por seu rosto angelical, e eu sorri de volta, lembrando das coisas pelas quais já havíamos passado e planejando um mundo inteiro pra mim e ela.

-Eu te amo, Mina -ela sussurrou, quando estava abraçada em mim e sua boca colada em meu ouvido- Nada no mundo vai me separar de você, mas se eu precisar me afastar para te manter segura, não exitarei.

-Não será necessário, vamos proteger uma a outra, e se você se afastar vai doer muito.. Eu vou amar você pra sempre -disse quando todos já estavam em seus lugares e eu acabara de terminar meu café da manhã.

Momo deixou seu prato de lado e sorriu triste, de uma forma que fragmentou meu coração em milhares de pedacinhos. Em seguida, sua expressão se tornou seria e a mesma soltou minha mão, desviando seu olhar do meu.

-Mina, eu preciso de contar uma coisa, uma coisa importante.. É algo muito sério, e eu não consigo mais esconder isso de você.. É serio, não quero te perder por causa disso, não quero te perder por nada..

Fiquei um pouco apreensiva com a urgência repentina de suas palavras, mas fiz um gesto com a cabeça para que a mesma prosseguisse.

-Eu.. Eu sinto muito.. -ela começou a chorar, e eu realmente não conseguia entender o que estava rolando- Sinto muito por não poder evitar isso, e eu não consigo sozinha, eu preciso de ajuda, Mina..

As lágrimas jorravam de seus olhos enquanto ela se esforçava para falar.

-Mina.. Nós vamos morrer..

A frase me paralisou, enquanto a garota colocava pra fora as ameaças que recebera dos pais, e eu não sabia como reagir. No fim, apenas a abracei forte, tentando reprimir o medo que me consumia de dentro pra fora.

-Estamos juntas nessa, eu to aqui, não tenha medo -eu sussurrava em seu ouvido.

Mas ai a máscara de uma mulher forte caiu de minha face, e eu comecei a chorad junto com ela, na esperança de permanecer viva no final..

CONTINUA.