Enquanto as Ondas Quebram {Mimo}

Cap 31 : Meu assassino de aluguel

Desculpem a demora pra postar capitulo, eu tava ocupada porque essa semana está sendo bem decisiva pra mim, e ainda tenho mais as provas da escola com que me preocupar.. Desculpa mesmo, mas aqui está o capitulo novo, postarei outros em breve, e estou realmente feliz pelas 600 visualizações. Obrigada gente ;)

~POV Momo~

Assim que entrei no banheiro, colei meu ouvido na porta para tentar ouvir a conversa, e o tom de voz de Tzuyu era urgente, quase ilegivel. A ouvi sussurrar algo em espanhol a Mina que não pude entender, parecia ser algo urgente, mas provavelmente era algo para não ser ouvido por mim. Depois de minutos que pareceram uma eternidade, pude ouvir a voz da minha namorada e compreender a sentença final.

-Entendi -Mina acentiu com a voz calma, fechando a porta do quarto e se dirigindo pra mim dentro do banheiro- Fica tranquila, não é nada muito grave..

-Mas o que é? O que aconteceu? -não pude disfarçar o desespero em minha voz.

-Sua prima, ela está aqui. Tzuyu entrou em contato com ela, que parece ter vindo trazer notícias da Capital.

Suspirei aliviada, pois havia pensado que precisávamos fugir de novo. Eu já ia abrir a porta para abraçar Mina, mas a ouvi se afastar do outro lado da parede. Ouvi o rangido da porta, mas antes que a atravessasse de uma vez por todas, a mais velha respirou fundo.

-Juliette quer falar com você em particular, então sugiro que apresse seu banho e desça assim que possível. A estamos esperando -seu tom de voz frio atingiu meus ouvidos, causando tamanho impacto que senti minhas pernas fraquejarem.

A principio, quando ouvi a porta bater em suas costas, fiquei lá sentada no frio piso do banheiro, sentindo sua voz ecoar em meus ouvidos em alto e bom som. Para tentar esquecer as preocupações que pareciam pairar no ar ao meu redor, abri o chuveiro e mergulhei embaixo da água, decidida a esquecer os acontecimentos mais cedo.

Após trinta longos minutos embaixo da água fria, desliguei o chuveiro e me enrolei em uma toalha de plumas que achara jogada no chão do box. Pus um vestido azul celeste de mangas longas, amarrei meu cabelo em um coque alto desgrenhado e desci para a sala, onde as três estavam me esperando.

-Momo -exclamou Juliette, levantando-se do sofá para me cumprimentar de longe com um aceno de cabeça.

Devolvi o gesto sem muita cerimônia e me juntei a Mina, fazendo um sinal a todas para que se sentassem. Imediatamente vi Tzuyu soltar seu corpo pesado encima do sofá, parecendo aflita e, no entanto, tão curiosa pela visita quanto eu. Nayeon mechia no celular completamente alheia ao que acontecia, então para quebrar o gelo sentei com minha namorada no outro sofá e fiz sinal para que minha prima começasse a falar.

-Fico feliz que vocês estejam bem, eu vi a reportagem no jornal.. -ela começou, um tanto nervosa- Estou realmente feliz por vocês estarem bem..

Ela exitou, enquanto eu a examinava minuciosamente, buscando sinais de preocupação. Ela mordeu o lábio inferior e ficou lá parada, examinando o chão, enquanto eu sentia Mina rigida ao meu lado. Melhor acabar logo com isso..

-Como pode ver, estamos todas muito bem, mas confesso que não esperava sua visita, principalmente em uma ocasião como essa.. Você sempre foi muito próxima de minha Omma, acho estranho estar aqui agora se mostrando tão boa comigo.. -alfinetei, disposta a dissipar a névoa que se erguia ao meu redor.

-Pode não parecer agora, mas estou ao seu lado dessa vez, Momo -sua voz agora era firme, com um tom suave de contra ataque. Eu sorri.

-Claro, nunca cheguei a duvidar disso..

Ela me olhou espantada e eu arqueei a sobrancelha, levantando do sofá. Vi por canto de olho Nayeon esquecer seu celular por um instante e fixar seus olhos em mim, com o cenho franzido. Tzy parecia chocada, mas ao mesmo tempo esboçava um sorriso de canto de boca diante de minha atitude como dona da própria vida. Até mesmo eu estava feliz por estar no controle uma vez na vida que fosse.

-Se acha que eu vim aqui para te ameaçar, está enganada -a voz de Juliette ocoou pela sala novamente, enquanto a mesma se levantava para ficar a minha altura e me confrontar- Se me dei ao trabalho de vir até aqui falar com você, imaginamos que seja algo importante, não é?

O sarcasmo em sua voz fez os pelos de meus braços se eriçarem por um momento, mas logo em seguida esbocei um breve sorriso e sentei-me. Não demorou muito para a ruiva sentar-se também, e o silêncio dominou novamente.

-Vocês gostariam de algo pra beber? -perguntou Nayeon.

-Um café, bem forte. E bolinhos, se tiver, estou a dias sem comer -Julie responde sem levantar a cabeça, e em seguida ouvimos Nayeon e Tzuyu subirem as escadas aos cochichos.

-Mas e então, o que você quer afinal?

-Podemos.. -ela hesita, mostrando-se frágil novamente- ..falar em particular?

O corpo relaxado de Mina de repente é rígido ao meu lado no sofá, e quando a olho de canto de olho vejo a mesma com os olhos cerrados encarando minha prima. Em seguida se dirige a mim, insatisfeita.

-Achei que entre nós não houvessem segredos -ela se aproximou de meu ouvido e sussurrou com ironia.

-E não haverá -sussurrei de volta.

Ela arqueou a sobrancelha, mas saiu da sala pisando duro. Enfim vi Juliette se recompor e tomar sua postura de dona da situação, lado seu que escomdia tempo todo.

-Os velhos me procuraram -murmurou, se aproximando de mim com todo o cuidado pra ninguém ouvir- Me ameaçaram, eles sabiam que eu tinha falado com você antes de vocês fugirem.. E achei melhor não comentar isso perto das suas amigas.

-Não, sem problemas, agradeço pela discrição, mas isso está me angustiando.. Você ta escondendo algo de mim, Julie, e eu quero saber logo o que é!

Ela se mecheu desconfortável ao meu lado, mas então respirou fundo, olhou bem para os lados e murmurou :

-Seus pais, eles sabem onde você está. Eu estava passando férias em Madrid, mas eles foram lá, me encontraram e me ameaçaram.. E eu preferi que você soubesse de uma coisa antes que fosse tarde demais.

Agora eu estava aflita, pensando em mil e uma possibilidades. Julie tomou minhas mãos frias entre as suas.

-Eles contrataram um assassino de aluguel pra você, Momo. E ele não vai parar até ver você morta -sussurrou, para que apenas eu pudesse ouvir.

Ele estava lá, e eu podia sentir.

CONTINUA..