Enquanto as Ondas Quebram {Mimo}

Cap 32 : Querido Pior Inimigo

~POV Mina~

Assim que senti uma pontada agoniante de dor em meu estômago, percebi que havia algo errado. Levantei a camisa em desespero, mas não haviam marcas de sangue nem sequer hematomas. Imediatamente meus pensamentos foram tomados por coisas ruins, e os maus pressentimentos me assombravam cada vez mais.

-Tzy.. Tem alguma coisa errada -agonizei, a dor se alastrando cada vez mais pelo meu corpo.

Tzuyu me segurou pelos ombros antes mesmo que eu caisse no chão, me pondo sentada em uma cadeira qualquer por ali, mas o mau estar não passou.

-O que foi Mina? -ela se ajoelhou no piso e vi certa preocupação em seu rosto. Essa expressão realmente não combinava com ela.

-Não sei, mas tem alguma coisa errada.. Eu não sei, preciso fazer alguma coisa -agora já estava desesperada, mas assim que levantei-me da cadeira cai sentada de volta- Minha cabeça vai explodir Tzuyu..

Pus minhas mãos na cabeça e a apertei forte, tentando inutilmente me livrar da dor. No mesmo instante em que levantei da cadeira, prestes a me jogar da janela do segundo andar, Nayeon adentrou a cozinha com as roupas ensopadas de sangue.

-Socorro! -ouvi gritos desesperados vindo de baixo, e imediatamente reconheci a voz : Momo.

Tzuyu envolveu Nayeon em seus braços, enquanto a mesma gritava desesperada por socorro. Passei pelas duas correndo, meu pensamentos dominados pela preocupação com minha namorada. Desci as escadas quase derrapando, e por todos os corredores pelos quais passei, havia sangue.

-Momo!! -gritei, o desespero me dominando a cada passo.

Assim que cheguei a sala de estar, avistei dois corpos amontoados no chão, e corri em disparada. O de cima era ninguém mais do que Juliette, inconsciente por um ferimento logo abaixo do ombro. Quando tomei o corpo de baixo em minhas mãos, minhas lágrimas mancharam seu rosto angelical. Momo tinha um corte logo abaixo do peito.

-Momo, por favor -chorei- Por favor Baby, aguenta firme.. Faz isso por mim, você não pode morrer! Não agora que a gente ta junta nessa, cara. Se você morrer.. Todas as coisas pelas quais a gente já passou vão se perder.. Eu não quero perder você Momo!!

Eu chorava, e a medida que as lagrimas rolavam, a mais nova abriu os olhos e ficamos lá, no chão. Ela me olhando de forma intensa, sem falar nada. E eu chorava.

-Por favor -choraminguei, a puxando para mim para depositar um beijo suave em seus lábios frios.

Em menos de uma hora a ambulância chegou, levando Momo. As garotas acharam melhor que eu trocasse de roupa e tomasse um banho antes de ir ao hospital vê-la, e no fim acabei aceitando. Não sem antes avistar Juliette ser jogada na traseira do veículo.

A indecifravel Juliette Tong, agora coberta por sangue e seu corpo frágil sem vida. Balancei a cabeça para afastar os pensamentos, tentando agora descobrir como tudo aquilo acontecer. E foi quando pus meus pés no segundo andar que entendi tudo.

Eu estava a mais ou menos 5 metros de distância de um homem. Ele era alto, corpulento e logo de cara notei que malhava. Estava sem camisa, usava uma calça jeans preta e luvas de couro. Ele deu um passo a frente, e eu não recuei. Estava frente a frente a um assassino de recompensas, e o pior de tudo é que o conhecia a muitos anos. Desde o berço, digamos assim.

-Xiumin.. -sussurrei com um mero fiapo de voz. Ele sorria frio.

-É bom te ver, Baby Girl -sua voz grave ecoou pelo corredor, fazendo minha pele se arrepiar dentro da roupa- Eu pensei que teria que procurá-la, mas o próprio destino fez menção de nos unir novamente..

Fiquei parada, sentindo todas as celulas de meu corpo se arrepiarem.

-Da outra vez você deu sorte, minha cara, mas dessa vez veremos se sairá daqui com vida.. -e aí ele sorriu. Gelei.

CONTINUA.