Caminhos diferentes.

Capítulo três.

O play ficou jogando papinho o tempo todo, e eu só respondendo pela educação, ele era até gatinho e tinha papo, mas hoje eu não tava no clima não!

Analu: Vou embora.- Me levantei mas ele segurou meu braço.

Henrique: Rola nem o número gatinha?

Analu: Se rolasse eu já tinha dado.- Ele murchou logo.

Não gosto se pegar boy do afaslto, eles levam uma ficada como coisa séria demais, tenho paciência não!

O único bofe que eu peguei e pego até hoje é o Victor, minha mãe disse que quando eu era menor ele falou que ia casar comigo, quem sabe né.

Mandei mensagem pro meu irmão que falou pra mim esperar no carro e assim fiz, encostei no carro e fiquei esperando ele. O carro tava numa rua escura e esquisita, daria até medo se eu não fosse quem sou, peguei meu celular e fiquei mexendo em coisas aleatórias até escutar passos em minha direção, me virei pra ver e era o play, tá se passando demais!

Analu: Tu não cansa não? Até eu me cansei já.

Henrique: Dá um chance gatinha.

Bufei revirando os olhos, não vai ser um sacrifício né mores!? Só espero que ele não queira colar em mim! Puxei ele pela gola da pólo que ele usava e taquei o beijo.

A mão dele foi descendo pela minha cintura mais segurei logo, não queria assustar o boy com minha arma né? Ele levou a mão pra minha nuca me puxando mais pra ele, tinha até uma pegada legalzinha.

Me soltei dele e ele sorriu, vi o Kauã se aproximar e me afastei dele entrando no carro, ele saiu logo em seguida mas antes trocou idéia com Kauã.

[...]

Acordei cedo hoje, iria pra aula mesmo contra minha vontade, eu tava no último ano, já não aguentava mais ninguém dali, ranço geral.

Após tomar um banho, coloquei uma blusa vinho e um short rasgadinho, poder entrar de short não pode, mas ser filha e herdeira do dono do morro tem seus privilégios.

Catei minha bolsa e coloquei no ombro saindo de casa, Kauã já tinha ido pra boca, o morro está nas mãos do meu pai a gente ajuda ele com tudo e também ajuda o morro, o morro tem 3 donos na atividade.

Victor já me esperava na moto, sempre foi ele que me levou pra escola, já falei que ele sempre fez parte na minha vida em tudo? Amo demais pô.

Neguinho: Bom dia amor.- Sorri.

Analu: Bom dia mozão.- Dei um selinho nele e montei na moto.

Ele desceu pra escola rapidíssimo, adoro! Desci da moto me despedindo dele, ele falou que vem me buscar pra nós ir resolver a aliança com o complexo da maré, sempre quando era coisa assim que resolvia era eu, eu sempre fui mais simpática e soube conversar.

Entrei na escola, como sempre todo mundo olhou pra mim, ignorei e fui até a Lay e Duda que estavam sentadas conversando, Lay é a filha do tio Bruno com tia Camila, já Duda era amiga nossa mesmo.

Ela morava com o pai, ele morreu no confronto que teve, daí ela ficou sozinha, no final todo mundo adotou ela, ela é filha do morro. No começo não fui com a cara dela, mas depois que eu vi que mesmo ela tendo várias mordomias que meu pai e meus tios deram a ela e a mesma ainda começou a trabalhar, daí vi que ela não era mais um interesseira.

Lay: E pode vim de short pode?

Analu: Alguém é doido de reclamar?

Elas sorriram, ficamos conversando até as aulas começarem, mesmo contra minha vontade eu fui, as putas olharam pra nós e começaram a soltar piadinhas, já tava ficando sem paciência.

Lourdes: Tava beijando ele mas quem ele chupou foi eu.- Ela se referia ao neguinho.

Não vamos negar né? Meu nego é lindo, nós não temos compromisso algum, não fico bolada com essas comentários assim, todo mundo sabe como nós fica, mas essas piranhas ficam provocando, tomar no cu.

Analu: Mas quem é o amor dele sou eu bebê.- Fui até ela.- Quem anda com ele pra todo lugar sou eu, quem se passa por fiel sou eu, quem é chamada de amor sou eu pô, se passa pro meu lado não, te peguei uma vez e pego de novo.

Apontei o dedo na cara dela que ficou toda sem graça junto com as amiguinhas, comigo é assim, se vai começar e não vai prosseguir, nem entra bebê!