Capítulo sessenta e quatro.

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A porta de casa bateu e eu olhei pro Victor, que dormia tranquilamente ao meu lado, olhei pra tv e decidir ignorar quem estava batendo na porta, qual é? São 2h da manhã.

Continuei assistindo turma da Mônica enquanto fazia cafuné no Victor que dormia deitado no meu colo, a porta bateu novamente e dessa vez abriram a mesma, me virei rapidamente pegando a fuzil que tava debaixo do sofá, era deixada ali por precaução, apontei pra porta e l2 levantou as mãos em forma de rendição.

Respirei fundo e coloquei a arma no mesmo lugar.

L2: A Lourdes tá no postinho.- Abri maior olhão pra ele.- Por que não abriu a porta?

Analu: Tava com preguiça.- Dei os ombros.

Cutuquei o Victor que foi acordando os poucos, com a cara todo amassada, eu ri junto com o l2.

Neguinho: Qual foi? - Perguntou se sentando no sofá.

Analu: Lourdes tá no postinho.- Ele deu um pulo no sofá.

Neguinho: Tu fala isso na maior tranquilidade? Caralho!

Analu: Só não vou nervosa, não quero fazer mal pra meu bebê.- Dei os ombros e ele me olhou, colocou a blusa me deu um beijo na testa e fez toque com o l2, ele saiu e l2 se levantou.- Assiste comigo.

L2: Mó criança esse desenho e além disso tô na contenção, só vim avisar.- Fiz cara de tédio.- Vai dormir, é uma menina né? - Apontou pra minha barriga.

Analu: Sim, Daniela.-Coloquei minha mão na barriga e ela deu um leve chute, ele me olhou sorrindo.- Quer sentir?

Ele assentiu como uma criança, sorri de lado e levantei minha blusa deixando a barriga a amostra, ele colocou a mão e ela parou de chutar, gargalhei e ele fez careta.

L2: Prometo que quando tu crescer, eu te dou chocolate, chuta pra mim.- Praticamente implorou.

Coloquei minha mão na barriga também e ela chutou, ele sorriu feliz e se levantou, cobri minha barriga novamente.

L2: Valeu, vou indo aí.- Beijou minha testa também.- Vou descolar um presente aí.

Fiz joinha com a mão e ele saiu, continuei a assistir o desenho, depois de uns minutos me deu uma vontade de comer carvão com açúcar, só de pensar já babei, fui até a porta de casa abrindo a mesma vendo os vapores dormindo e apenas 1 acordado, ele me olhou e cutucou os outros.

Gg: Ih, qual foi? Tô mó cansadão.- Reclamou e o outro apontou pra mim, ele deu um pulo da cadeira.- Tava dormindo não patroa, tava descansando os olhos.

Analu: Suave.- Gargalhei.- Então, vocês poderiam arrumar carvão pra mim?

Ngd: Vai fazer churrasco patroa? chama nós!

Analu: Não, eu quero comer.- Alisei minha barriga.

Gg: É aquelas desejos doidos.- Deu uma cotovelada leve no ngd.

Ngd: Tem lá em casa, tem certeza que quer patroa? - Assenti.

Analu: Vai logo, por favor. - Falei quase chorando.

Ele saiu correndo e eu sorri me sentando na cadeira dele, tinha mais cinco vapores dormindo.

Gg: A gente troca os turnos, ficam seis dormindo e um acordado, aí vai trocando.- Assenti.

Analu: Falaí, tu sabe o que rolou com a Lourdes?

Gg: A que tava grávida? Tinha boatos que ela tava se drogado ai teve uma overdose e começou a sangrar lá e pá.- Encarei ele.

Se ela perder o bebê sei que o Victor vai ficar mau pra caralho.

Analu: E tu, tem cria? - Ele sorriu de lado.

Gg: Tenho um pivete, Diogo.- Assenti.- É menina né? Com respeito mas espero que meu moleque pegue.

Analu: É sim, minha filha só vai ter os selecionados, igual a mãe! - Brinquei.

Ngd voltou com três sacolas na mão, me entregou uma e eu abri o olho pras sacolas, eram de coxinhas e refri.

Analu: Vocês não querem trocar não? - Estendi a sacola de carvão e eles fizeram careta.

Eles me deram coxinha e refri, entrei pra dentro de casa e peguei a torta de limão que eu comprei, levei lá pra fora e começamos a comer, depois de comemos e eu me levantei.

Analu: Venham pro churrasco hoje.- Levantei a sacola de carvão.

Gg: Nera pra tu comer?

Analu: Dispensei, a coxinha tava melhor.- Eles riram.

Entreguei uma nota de 50 pra cada e pisquei entrando em casa, desliguei a tv e fui deixar o carvão na cozinha, coloquei no balcão e ia saindo mas antes olhei pro açúcar e depois pro carvão, dei os ombros e peguei um pedaço de carvão colocando açúcar e mordendo, que delícia!

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