Caminhos diferentes.

Capítulo trinta e dois.

Analu 💙

S

entamos na beira da piscina e olhei pra ele dando um tapa em seu braço.

Neguinho: Aí, caralho.- Jogou água em mim.- Quer dizer que você não está satisfeita com nosso casamento?

Olhei pra piscina e ele manteve seu olhar em mim, me virei me deitando no colo dele e coloquei a mão dentro da água.

Analu: Sinceramente eu achava que não tava, talvez tenha sido a saudade de beijar alguém e esses papos aí.- Olhei pra ele.- Mas eu tô muito feliz contigo sim, por um momento bateu uma onda que me deu saudades de pegar vários, mas aí eu lembrei que eu tinha tu.

Neguinho: Tem umas novinhas massas pra caralho.- Revirou os olhos.

Analu: Poupe-me Victor.- Me levantei sentando no colo dele com as pernas na piscina.

Neguinho: Eu tava morrendo de saudades de tu.- Beijou meu pescoço e apertou meu peito.

Sorri e inclinei a cabeça beijando ele, uma mistura de saudades com vodka, como sempre nossas línguas duelavam pelo espaço e  mão dele percorria por todo meu corpo. Ele afastou o macacão junto a minha calcinha e começou a me estimular.

Analu: Victor...- Falei quase num sussurro.

Depois de enfiar dois dedos em mim e me torturar, eu gozei na mão dele e ele lambeu tudo, deitei a cabeça no ombro dele tentando controlar minha respiração ofegante.

Neguinho: Tu acha o que de uma despedida de solteiro? Tu fica com os moleques e eu com as novinhas nesse final de semana, depois a gente fica na nossa na firmeza.- Sorriu maroto.

Analu: Desculpa se de alguma forma eu fiz parecer ao contrário mas eu realmente tô feliz pra caralho contigo e não quero te dividir com piranha nenhuma.- Ele sorriu.- Eu não quero ficar com ninguém não, foi coisa de momento, mas se tu quiser pode ir lá.

Ele me beijou novamente e depois nós levantamos com as mãos entrelaçadas.

Neguinho: Aí, ô, tu não disse que queria.- Ele puxou uma caixinha do bolso.- Eu nem ia te dar agora, pensei que tu ia querer ficar com os novinhos mas toma aí.

Abri a caixinha vendo dois anéis de compromisso, sorri de orelha a orelha e ele pegou o mais fino colocando no meu dedo e eu peguei o mais grosso e coloquei no dedo dele, o dele é literalmente grosso.

Nicolas: Ana? É a tua hora.- Chegou com o tio Lucas.- O P2 chegou.

O P2 era um dos mais importantes traficantes, era membro da liderança do cv, era chato pra caralho.

Analu: Olha,eu vou ser oficialmente herdeira com minha aliança no dedo.- Esfreguei na cara do Tio Lucas que disse que ninguém ia me querer sério.

Polegar: Pagou quanto pra ele Nicolas? - Fingiu que era segredo.

Nicolas: Vocês sabem que o p2 não gosta de esperar.

Assentimos e fomos pra parte de trás da casa, lá estava Kauã, Jota, p2 e tio Bruno, fui pra frente do p2 que segurava uma glock dourada.

P2: Sem mais delongas, tu tá disposta a herdar a Rocinha na sabedoria? Se ligar no que é melhor pros moradores e pra tu mesma? - Assenti.- Tá disposta a assumir a responsabilidade de ter fidelidade com o comando vermelho?

Analu: Sim.- Falei olhando nos olhos dele contendo o sorriso.

P2: Não preciso lembrar que se sair dos trilhos tu roda né? Isso aqui não é brincadeira não beleza? Ninguém vai ter pena de tu, tá entrando nesse mundo sabendo as consequências não é? - Falou com a glock na colada na minha testa.

Analu: Eu sei de todas minhas responsabilidades e sei muito bem controlar meus atos.- Meu pai me olhou sorrindo de lado.

P2: Bem vinda ao comando vermelho oficialmente!

Ele me entregou a glock e eu disparei pro alto selando o acordo, depois disso vários outros disparos foram escutados, meu pai me abraçou de lado.

Nicolas: Parabéns filha da puta.- Sorri e sentir alguém me puxando, olhei vendo o p2 e olhei pro meu pai que assentiu.

Ele me levou pra uma espécie de quartinho e trancou a porta, se for me usar eu não me importo.

P2: Parabéns pra tu, espero que tenha escolhido certo.

Analu: Não tenho dúvidas.- Me sentei na cama que tinha ali.

P2: Tu tá ligada que tu é mó jeitosinha, se ligou? Daria um ótimo leite.

Olhei pra ele com os olhos arregalados, a qual foi? Passei mó cota tentando pegar esse homem e ele nem deu moral, agora que eu sou gospel ele vem me querer. Tu quer? Porque eu ainda quero.

Analu: Pode pá.- Sorri de lado e ele me chamou com a mão, ele tava encostado na porta.

P2: Se tu quiser, se liga nesse quarto aqui as 5h.- Puxou meu cabelo fazendo eu sentir uma um calor lá em baixo, puta que pariu.

Analu: Não fala como se eu tivesse opção pô, se eu não vim tu me trás de qualquer jeito.- Ele apertou minha bunda com força.

P2: Tô sendo purão pô, se tu não quer, qualquer uma quer. Hoje é teu aniversário e eu queria te dar o melhor presente, fica suave.

Ele puxou meu cabelo mais forte e puxou meu lábio inferior dando uma leve mordida me fazendo gemer baixinho, ele deu leves tapinhas na minha cara e eu saí do quarto.

Então Victor, o que falamos sobre a despedida de solteiro mesmo?