Capítulo sessenta.

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Um mês depois.

Um mês se passou, tipo, nada mudou.

Mentira, algumas coisas mudaram sim, por exemplo, Catarina foi assumida como fiel do Kauã oficialmente em um baile e nesse mesmo baile que ele chamou ela pra morar com ele.

Isa e Guga estão se pegando, nada oficial mas eles quase tão morando juntos também.

Naty está no seu sétimo mês, começando a dar suas primeiras palavras e ficar mais ativa, amo minha irmã mas isso me irrita, sério!

Teve uma vez que eu e ela estávamos dormindo, ela acordou primeiro que eu e começou a bater na minha cara e falar titi, aí gente, por favor né?

Me aproveitando disso pedir uma casa a meu pai, no começo foi difícil pra caralho, meus pais não queriam me deixar de jeito nenhum, falaram que eu não podia ficar sozinha por causa do bebê, ata.

Mas no final eu consegui, moro sozinha mas o Neguinho vive aqui. Minha barriga já tinha um volume, eu estava caminhando pros 4 meses, aí eu poderia ver o sexo de bagulho aqui.

Lay: Se for menina poderia ser Layanda.- Olhei pra ela com tédio.

Isa: Claro que não, Isabele ficaria bem melhor.

Lua: Luara é mais lindo.

Sim, elas estavam discutindo sobre o MEU pivete.

Ohanna: Coloca algo tipo Ohanna.

Rodrigo: Se for menino eu voto Paulo.- Coloquei a mão no rosto.

Bruno: Ruan é bonito.

Analu: Vocês engoliram um vaso? Porque da boca de vocês só tá saindo merda.- Eles riram.- Se for macho vai ser Matheus e se for fêmea eu num sei.

Neguinho: Como tu já se decidiu sem mim? - Perguntou indignado.

Analu: Pelo simples fato que quando eu perguntei tu disse se fosse menino se chamaria Cleiton e menina Samira.- Fiz careta igual a todos.

Ficamos conversando sobre isso por um longo tempo.

Galego: Cadê o Grego e a Daiana? Eles falaram que já tavam colando? - Perguntou dando um gole de sua cerveja.

Erick: Realmente, faz mó cota que eles falaram isso.

Analu: Vou ligar pro Jota.- Neguinho fechou a cara.

Caguei, dei os ombros e me levantei me afastando, ele veio atrás de mim e eu me sentei na calçada ligando.

-Alô? - A voz dele parecia de choro.

- Jota, é a Ana, tu pode me dizer se teus pais já saíram de casa?

A linha ficou muda e escutei um choro, olhei pra Victor que me olhou também.

- Ana, hoje teve invasão aqui.- Falou com a voz embriagada.

-Por que não falaram? Vocês tão bem né?

Perguntei já pensando no pior.

-Meus pais foram mortos, Ana.

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