Analu 💙
Respirei mil vezes pensando no que eu ia fazer, mas cá entre nós, é o meu moleque, sempre vai ser.
Fez merda sim e tá pagando sim, desde domingo ele só come uma vez no dia, meu pai tá pegando pesado pra caralho, ele não sai do quarto, não faz mais nada.
Sorri de lado e entrei na fila do bob's, peguei cinco milk shake do grande de ovomaltine, peguei 10 hambúrgueres e uma pá de coisa, depois fui pra uma lojinha e comprei umas roupas pra todo mundo, dinheiro foi feito pra gastar né?
Compro um conjunto da hollister pra ele e saio do shopping com mil sacolas, hoje era sexta feira, dia de baile.
O demônio lá continuava a me atentar, mas tu responde? Nem eu! Já bloqueei mas mil vezes, mas ele chamou nos outros número mil vezes.
Vim dessa vez de carro, odiava andar de carro, desde menor, mas eu não teria condições de levar tudo isso de moto. Fui cortando caminho pra não encontrar nenhum verme né, imagina, além de ser de menor dirigindo, mais de 2.000 reais no bolso e nas compras.
Cheguei no morro rapidinho, eram 17h da tarde ainda, pedi a ajuda de um vapor quando cheguei em casa pra tirar as compras, ele me ajudou, agradeci e peguei uma nota de 100 entregando a ele.
K2: Precisa não Ana, fiz na fé pô.
Analu: Eu também pô, aceita logo.- Ele sorriu.
Ele abriu os braços pra me abraçar mas se ligou em alguma coisa, logo fechou os braços.
Analu: Ih, qual foi?
K2: Tu é a patroinha né.- Coçou a cabeça.
Não vou mentir, já quis pegar ele mesmo! Tem 24 aninhos de pura beleza, não só já quis como ainda quero.
Analu: Tu sabe que comigo não tem dessas, vem cá.- Abracei ele.
Senti seu membro ficar ereto, nós éramos quase do mesmo tamanho, quando soltei ele ele me olhou sem graça, revirei os olhos e beijei o canto da boca dele.
Nicolas: Ih, qual foi? - Chegou, K2 se assustou e eu ri.
K2: Nada chefe.- Se rendeu.
Nicolas: Relaxa pô, ela sabe o que faz.- Me abraçou de lado.
K2: Suave, vou indo aí.- Mandei Beijo e ele sorriu.
Nicolas: Pra quem é isso aí? - Olhou pras compras.
Analu: Quero conversar contigo e com a mãe.
Lua: Você não pode me comprar com comida, porém depende.- Chegou.
Analu: Eu quero assumir a responsabilidade pelo Thiago.
Assumir a responsabilidade é tipo assumir os erros dele, isso quer dizer que ele vai poder sair, mas só comigo.
Nicolas: Não! - Foi curto e grosso.
Lua: Por que Ana? - Papai nos olhou, sorri de lado.
Analu: Eu não gostava de ficar de castigo, só pensava em matar todo mundo, com ele não é diferente. Mãe, pai, me digam quantas vezes vocês foram lá pelo menos pra conversar com ele?
Eles se entre olharam, suspirei.
Nicolas: Ele tá no erro.
Analu: Eu sei muito bem disso pai, mas ele precisa saber que a gente sempre vai tá aqui, pra apoiar no certo e repreender no errado. O menino deve tá achando que ninguém ama ele, já faz quase 1 semana.- Meu pai coçou a cabeça e mamãe sorriu.
Lua: Isso é tão lindo da tua parte.- Sorri.- Pode assumir sim, mas por esse final de semana, pode ser?
Analu: Sim, valeu.- Me levantei.
Procurei nas sacolas os presentes deles, pra mamãe um vestido maravilhoso com algumas jóias e pá e pro pai u conjunto da oakley, ele ama demais.
Nicolas: Por que não entregou os presentes antes? Seria muito mais fácil.- Brincou.
Peguei os lanches pra subir e dona Luana me olhou com bico, revirei os olhos e dei uma sacola pra ela com sanduíche, milk shake e uma pá de coisas, ela sorriu e começou a comer.
Subi as escadas indo pro meu quarto primeiro, deixando minhas coisas e as do Kauã, peguei o lanche e a roupa do Thiago indo pro quarto dele.
Abri a porta e ele tava sentando na cama com a mão ma barriga, meu coração doeu, ai gente, quando se trata da minha família sou mole mesmo!
Analu: Dá pra me ajudar aqui? - Ele olhou pra comida e se levantou.
Thiago: Isso é pra mim? - Perguntou feliz.
Analu: Pra nós.- Começamos a comer.
Após comemos tudo e arrotarmos como dois porcos, caímos na cama sorrindo, peguei a sacola da roupa e entreguei a ele.
Thiago: Por que tu tá fazendo isso?
Analu: Nós somos irmãos, cuidamos um do outro. Mas essa é a primeira e última vez Thiago, faz merda de novo que nem na tua cara eu olho.
Thiago: Eu me arrependo muito Nalu.- Deitou no meu colo.- Foi no impulso, eu nunca ia bater nela, eu amo vocês cara. Eu fui na cabeça dos outros e acabei me fudendo.
Analu: Nós te amamos também pô, papai tem seu jeito estranho de amar, mas ele ama! Mamãe já é melosa demais, não tem nem como negar que ama. Eu e o Kauã te amamos demais.- Vi minha mãe e meu pai na porta.- Somos uma família, precisamos uns dos outros, só queremos o bem de todos pô, é chato seguir regras? Sim, muito, eu e o Kauã já passamos por tudo isso, mas hoje nós tá aqui, sabendo do certo e do errado.
Thiago: Mãe me desculpa.- Falou baixando a cabeça.
Ela já chorava e meu pai revirou os olhos sentando do meu lado, eles ficaram conversando lá enquanto eu combinava q próxima corrida com meu pai. Logo o Kauã se juntou a nós e ficamos todos conversando.
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Caminhos diferentes.
Teen FictionEm uma história que existe o amor e ódio, a paz e perigo, mundos diferentes, perspectivas totalmentes opostas, o amor é grande mas o ódio chega a ser maior. No final ela se deixa levar pelo amor ou pelo ódio?