Capítulo quarenta.

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Analu 💙

Acordei numa cama totalmente diferente da minha, assim como o quarto, não lembrava de nada do que tinha acontecido ontem, minha cabeça girava e tudo doía, a última coisa que eu lembro foi de está sentada sozinha quando o Henrique chegou.

Henrique: Bom dia.- Entrou no quarto todo feliz.

Assim que vi ele esqueci que qualquer dor e parti pra cima dele lhe dando um soco na cara.

Analu: O que tu fez comigo? - Chutei a barriga dele.

Henrique: Eu não fiz nada...- Falou tentando se levantar.

Analu: Tu vai se foder na minha mão.

Dei um chute na cabeça dele e ele apagou, peguei meu celular e liguei pro meu pai.

-Pai, socorro.

-Colfoi? Aonde tu tá? - Nicolas.

- Não dá tempo de explicar mas vem pro condomínio do leblon, de carro.

Expliquei a ele onde ela e tranquei a porta guardando a chave comigo, qual o meu problema? Será que toda as merdas que acontecem eu que tenho que causar?

Escutei alguém esmurrar a porta do quarto e corri pra abri, meu pai olhou pra mim depois pra o demônio.

Analu: Eu só preciso que você não pergunte nada, eu juro que dessa vez não fiz nada de errado. Só leva ele pro quartinho, por favor.

Ele assentiu, peguei as minhas coisas e ele pegou Henrique colocando como um saco de batata nos ombros, quando a gente ia sair escutei um celular vibrar, olhei pro meu pai e fui até o celular olhando uma mensagem.

Analu: "Quando tu vem aqui falar com ele? Tá impossível segurar o garoto, já matou 2 carcereiros." - Li em voz alta e me pai me olhou.

Nicolas: O Kauã....- Pareceu raciocinar.

Fui até o guarda roupas dele e abri, tinha várias fardas da polícia e até uma do BOPE.

Respirei fundo e meu pai saiu voando na minha frente, descemos pela escada e fomos pro carro, meu pai colocou ele na mala e entrou se sentando dando partida.

Nicolas: O que aconteceu, Ana Luísa? Desde quando vocês se conheceram, a história toda.- Falou sério.

Analu: Conheci ele numa festa da sul que vim com Kauã, ele ficou insistindo pra ficar comigo, até que eu não aguentei e fiquei, mas só um vez. Depois ele começou a me mandar mensagens diariamente pô, já tava puta, ameacei ele e tudo, bloqueei o número mas ele sempre criava outros. Ontem eu vim pra praia, só queria ficar só e tentar entender que a culpa do Kauã ter sido levado não foi minha, mas ele chegou e eu lembro dele me oferecer uma bebida já que a minha tinha acabado, depois disso só lembro de passar mal.

Nicolas: Ele deve ter colocado alguma coisa na tua bebida, como tu aceita bebida dele? - Perguntou quando estamos entrando no morro.

Analu: Eu não tava nem aí pra nada ontem, só queria ficar quieta no meu canto, eu pensei que assim ele ia parar de abusar.- Ele parou o carro na boca da 7, onde tinha a sala de tortura.

Nicolas: Suave, mas não sei se o Neguinho vai acreditar, ele tava louco atrás de tu e recebeu umas fotos e pá.- Passei a mão no cabelo nervosa.

Analu: Eu não posso perder ele.- Minha voz saiu fraca.

Meu pai me abraçou e o celular do embuste tocou, nos afastando.

-E aí, o plano de pegar o Th já entrou em ação, vai dar tudo certo.

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