Capítulo quarenta e um.

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Deixei meu pai com o Henrique na boca e fui correndo pra casa do Victor, invadiu sem mais nem menos, escutei o barulho do chuveiro e fiquei andando de um lado pro outro na frente do banheiro, ele saiu e virou a cara.

Neguinho: Vai embora, Ana Luísa.- Neguei com a cabeça.

Fiz um coque no cabelo e me sentei na cama esperando ele se arrumar.

Analu: Me deixa explicar, droga.- Falei quando ele já tava vestido.

Neguinho: Vai ficar com o outro lá.

Analu: Eu posso falar? - Ele negou.- Colfoi, amor. Me deixa falar desgraça.

Neguinho: Sempre te escutei, sem caô, agora é minha vez de falar, só me deixa em paz,Ana Luísa.- Falou parando na minha frente coçando a cabeça.

Analu: Me deixa falar, eu juro que vou embora e não tento mais nada, por favor.- Ele bufou sentando na cama.

Neguinho: Papo rápido.- Me sentei do lado dele e segurei seu rosto mas ele tirou minhas mãos de lá.

Analu: Olha nos meus olhos.- Segurei o rosto dele com mais firmeza.- Olha pra mim,caralho, tu acha mesmo que eu ia te trair? Eu deixei bem claro pra tu que se eu quisesse fazer isso eu iria conversar contigo e tu sabe que eu sempre cumpri minhas palavras. Eu fui pra praia, sozinha, ele chegou lá Victor, ele me ofereceu bebida e só pra ele ir embora eu aceitei, mas ele colocou alguma coisa na minha bebida e eu perdi minha consciência, eu juro pra ti que eu não fiz nada.- Falei deixando algumas lágrimas escaparem.- Olha pra mim, tu me conhece bem, sabe que eu não sou de ficar atrás de ninguém, muito menos chorar por alguém, mas contigo é diferente, eu te amo demais e eu não ia fazer isso contigo não.

Ele ficou calado olhando pros meus olhos sem falar mais nada, assenti e me levantei calçando minha sandália fazendo outro coque no cabelo já que tinha desmanchado e fui saindo.

Neguinho: Eu só preciso pensar,caralho.- Puxou meu braço.

Analu: Suave, só lembra que o tempo nessa vida é curto e talvez quando tu se decidir talvez eu já não esteja mais aqui.-Ele assentiu e limpou minhas lágrimas beijando minha testa.- Eu realmente amo você.

Neguinho: Também amo tu, minha mulher.- Ele segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou.

Me beijou como se o mundo dependesse disso, sorri morto e me retirei dali chorando mais, já era noite e quase não tinha ninguém na rua, fui caminhando pra salinha de tortura encontrando meu pai lá.

Nicolas:Não faz besteira...- Tentou me segurar mais eu me soltei.

Entrei lá com tudo, ele tava acordado e fui até ele começando a esmurrar, dar tapas, chutes e tudo mais.

Só parei quando vi que ele tava morto, mesmo assim peguei minha glock descarregando nele.

Meu pai me abraçou tentando me acalmar, ele me levou pra casa e fui direto tomar banho, vesti uma roupa qualquer e desci pra jantar.

Thiago: Tu tá bem? - Beijou minha bochecha.

Analu: Nunca estive mas se liga, cola lá no quarto pra nós resenhar.

Ele sorriu e eu comecei a comer lasanha, melhor janta.

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