Analu 💙
Entrei na sala atrasadíssima, as aulas começam de 07h00 e tem tolerância de 15min, mas eu cheguei de 08h59, mas não me deixaram entrar? Ata! Dá em nada bebê.
Lay: Chegou cedo.- Ironizou.
Analu: Fica caladinha, cadela.- Sorrimos.
Duda: Tava pegando quem? - Lay revirou os olhos.
Analu: É tão difícil entender que eu tô só com o Neguinho cara? Tá doido, eu cheguei atrasada por que eu tava tranzando com ele, satisfeita!? - Falei bolada.
Lay: Sexo matinal, adoro! - Sorrimos e Duda emburrou a cara.- Qual foi Dudinha, tô entendo não, tá feliz pela Analu não?
Duda: Ah, claro.- Falou com deboche.
Ih gente, tá se passando! Depois resolvo.
-Se não for incomodo queria pedir pra vocês cessarem a conversar, se possível.- Falou com a voz baixa, pra nós.
Analu: Ih pô, relaxa aí. Foi mal! - Mandei joinha e ela assentiu e voltou a dar aula.
Assistir o resto das aulas e fui pra porta da escola esperar o Victor, me trombei com a Lourdes que veio toda se querendo, mamada.
Lourdes: E aí, já sabe que eu tô grávida? -Alisou a barriga.
Analu: Pode pá.- Respondi sem interesse.
Lourdes: É do Neguinho sabia também?
Analu: Ai meu Deus, sério? Não é possível cara.- Fingi desespero ela sorriu vitoriosa e eu debochada.- Se passe menos, lixuda! Se tu não sabe agora nós tá fechado, na fé, ele me conta tudo pô, dá próxima faz melhor.
Alguém me abraçou pro trás beijando minha bochecha e pelo cheiro já sabia que era o meu nego.
Neguinho: Opa, e aí, qual foi?
Analu: Ela veio me contar que tá grávida de tu, pô. Seu cretino, não fala mais comigo.- Debochei novamente.
Ai sério, as vezes me acho a rainha do deboche, o afronte em pessoa.
Ele gargalhou e me abraçou mais forte.
Neguinho: Aí, já mandei o papo, a gente só tem relação pela cria, não troca palavra com minha mulher não, valeu? - Ela assentiu e saiu.
Ele me virou me beijando na frente de todo mundo, geral olhou!
Analu: Cadê a moto? - Fiz biquinho.
Neguinho: Vim sem pô, pensei em nós andar mas se quiser eu vou pegar.
Analu: Tudo suave.- Ele segurou minha cintura e nós começamos a subir o morro.
Começamos a subir o morro devagarinho, observando tudo por ali, mulheres varrendo calçadas, enquanto homens bebiam no bar, tenho um ranço grande disso.
Continuei a caminhar conversando com ele, mas logo senti uma sensação ruim que me fez fechar os olhos e cambalear pra trás.
Neguinho: Ei, qualfoi? Tu tá bem?
Foi tudo muito rápido, quando eu ia responder vi um carro preto se aproximar de nós disparando dois tiros e Victor em depois saindo com tudo, ele caiu nos meu braços e eu me desesperei.
Analu:Não caralho, Victor acorda porra.- Eu já chorava, pela primeira vez chorava em público sem me importar com nada.
Escutei mais duas motos se aproximarem e Kauã e meu pai descerem, um carro logo chegou com o tio Bruno dirigindo, eles pegaram o Neguinho e colocaram no carro, não tinha forças pra me levantar nem algo do tipo.
Pela primeira vez eu não me importava pelo meu choro, muito menos em manter a pose de herdeira do morro, eu só me importava com Victor, ele não podia me deixar.
Kauã: Vai ficar tudo bem.- Me abraçou e eu chorei mais ainda.
Isso não pode tá acontecendo comigo, que porra!
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Caminhos diferentes.
Teen FictionEm uma história que existe o amor e ódio, a paz e perigo, mundos diferentes, perspectivas totalmentes opostas, o amor é grande mas o ódio chega a ser maior. No final ela se deixa levar pelo amor ou pelo ódio?