Capítulo vinte quatro.

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Analu 💙

Entrei na sala atrasadíssima, as aulas começam de 07h00 e tem tolerância de 15min, mas eu cheguei de 08h59, mas não me deixaram entrar? Ata! Dá em nada bebê.

Lay: Chegou cedo.- Ironizou.

Analu: Fica caladinha, cadela.- Sorrimos.

Duda: Tava pegando quem? - Lay revirou os olhos.

Analu: É tão difícil entender que eu tô só com o Neguinho cara? Tá doido, eu cheguei atrasada por que eu tava tranzando com ele, satisfeita!? - Falei bolada.

Lay: Sexo matinal, adoro! - Sorrimos e Duda emburrou a cara.- Qual foi Dudinha, tô entendo não, tá feliz pela Analu não?

Duda: Ah, claro.- Falou com deboche.

Ih gente, tá se passando! Depois resolvo.

-Se não for incomodo queria pedir pra vocês cessarem a conversar, se possível.- Falou com a voz baixa, pra nós.

Analu: Ih pô, relaxa aí. Foi mal! - Mandei joinha e ela assentiu e voltou a dar aula.

Assistir o resto das aulas e fui pra porta da escola esperar o Victor, me trombei com a Lourdes que veio toda se querendo, mamada.

Lourdes: E aí, já sabe que eu tô grávida? -Alisou a barriga.

Analu: Pode pá.- Respondi sem interesse.

Lourdes: É do Neguinho sabia também?

Analu: Ai meu Deus, sério? Não é possível cara.- Fingi desespero ela sorriu vitoriosa e eu debochada.- Se passe menos, lixuda! Se tu não sabe agora nós tá fechado, na fé, ele me conta tudo pô, dá próxima faz melhor.

Alguém me abraçou pro trás beijando minha bochecha e pelo cheiro já sabia que era o meu nego.

Neguinho: Opa, e aí, qual foi?

Analu: Ela veio me contar que tá grávida de tu, pô. Seu cretino, não fala mais comigo.- Debochei novamente.

Ai sério, as vezes me acho a rainha do deboche, o afronte em pessoa.

Ele gargalhou e me abraçou mais forte.

Neguinho: Aí, já mandei o papo, a gente só tem relação pela cria, não troca palavra com minha mulher não, valeu? - Ela assentiu e saiu.

Ele me virou me beijando na frente de todo mundo, geral olhou!

Analu: Cadê a moto? - Fiz biquinho.

Neguinho: Vim sem pô, pensei em nós andar mas se quiser eu vou pegar.

Analu: Tudo suave.- Ele segurou minha cintura e nós começamos a subir o morro.

Começamos a subir o morro devagarinho, observando tudo por ali, mulheres varrendo calçadas, enquanto homens bebiam no bar, tenho um ranço grande disso.

Continuei a caminhar conversando com ele, mas logo senti uma sensação ruim que me fez fechar os olhos e cambalear pra trás.

Neguinho: Ei, qualfoi? Tu tá bem?

Foi tudo muito rápido, quando eu ia responder vi um carro preto se aproximar de nós disparando dois tiros e Victor em depois saindo com tudo, ele caiu nos meu braços e eu me desesperei.

Analu:Não caralho, Victor acorda porra.- Eu já chorava, pela primeira vez chorava em público sem me importar com nada.

Escutei mais duas motos se aproximarem e Kauã e meu pai descerem, um carro logo chegou com o tio Bruno dirigindo, eles pegaram o Neguinho e colocaram no carro, não tinha forças pra me levantar nem algo do tipo.

Pela primeira vez eu não me importava pelo meu choro, muito menos em manter a pose de herdeira do morro, eu só me importava com Victor, ele não podia me deixar.

Kauã: Vai ficar tudo bem.- Me abraçou e eu chorei mais ainda.

Isso não pode tá acontecendo comigo, que porra!

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