Respirei fundo descendo do palco, tu vai chorar por isso? Nem eu.
Neguinho: Não foi....- Veio com papinho.
Analu: Não fode.
Voltei pra pista fazendo toque com a Lay, peguei uma catuaba e me sentei numa mesa bebendo enquanto Lay dançava com o Rodrigo atrás dela, revirei os olhos e virei a garrafa.
-Ih alá, tá querendo morrer de cirrose? - Gargalhei alto.- Satisfação, sou o Gustavo, vulgo Guga.
Analu: Legal, pena que eu não tô nem aí.- Ele sorriu.
Guga: Deixa eu adivinhar, foi traída e quer distância de homens?
Analu: Foi quase, mas tu tem bola de cristal é?
Guga: No palco tu falou de talaricagem, não foi difícil. Confesso quero tive medo de vim falar com tu.- Gargalhei.
Analu: Eu sou um amor.- Ofereci a catuaba.- Se liga, cola no baile da maré hoje.
Fui pra perto da minha mãe abraçando ele por trás e meu pai se juntou a nós.
Nicolas: Liberdade vai cantar por Kauã hoje, e como boa herdeira você vai dispensar o baile do complexo da maré pra cuidar daqui.- Fiz careta.
Analu: Tenho outra opção? Eu queria ir junto né, suave.- Ele me abraçou de lado.
Nicolas:Quando ele voltar, eu e essa coroa aí vamos partir.
Analu: Me levem por favor, juro que não atrapalho nada, eu só quero ficar um pouco longe desses embustes.- Abracei eles forte.
Lua:Vamos descolar, que grude.- Se soltou e se afastou.
Nicolas: Se você prometer que fica quietinha.- Apertou meu nariz.
Analu: E eu já dei trabalho? - Cruzei os braços.
Lua: Não, magina. Você é a pessoa mais calma do mundo, nunca trancou o Kauã no quarto e falou pra mim que ele tinha fugido de casa só pra ele apanhar, você nunca foi inventar de fazer chocolate e queimou o pano jogando perto da cortina e quase queimou a casa.- Falou irônica.
Analu: Poxa mamãe.- Fiz biquinho.- Se não querem minha presença, eu posso viajar sozinha pelo menos?
Nicolas: Pra onde? Como?
Analu: Tava pensando em São Paulo, Paraísopoles, vários boys...- Sorri.
Nicolas: Nós vai pra a casa da compainha.
Lua: Eu só quero dormir mesmo.
Analu: Parece uma velha, credo. - Balancei a cabeça em sinal de negação.-Deixa eu ir.
Lua:Vai embuste, qualquer coisa te deixo lá sozinha.
Pulei e abracei ela que me empurrou, estirei língua e ela foi tirar a sandália pra me bater, gargalhei e sai correndo olhando pra trás, mas tropecei e cair nos braços de alguém.
Analu: Valeu moço, pode me soltar.-Me ajeitei e minha mãe parou com meu pai junto do meu lado.
Meus pais parece que viram um fantasma, abriram a boca e o cara sorriu.
Lua: Cobra?...- Dito isso e desmaiou.
Passei meu pensamento por todas as coisas que minha mãe havia me falado, lembrei do Pedro, o cara que antigamente tinha o vulgo de Cobra e traiu meu pai.
Nicolas: Caralho, pega o carro.-Falou nervoso.- Filho da puta.
Tio Bruno chegou com o carro e saíram em disparada, olhei pro Pedro que tinha um sorriso nos lábios e senti um enjôo e uma vontade imensa de vomitar, sai correndo dali entrando no bar, indo em direção ao banheiro, vomitei horrores ali e logo senti minha visão ficando turva e eu acho que desmaiei.
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Caminhos diferentes.
Teen FictionEm uma história que existe o amor e ódio, a paz e perigo, mundos diferentes, perspectivas totalmentes opostas, o amor é grande mas o ódio chega a ser maior. No final ela se deixa levar pelo amor ou pelo ódio?