Capítulo trinta e sete.

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Kauã 🔫

Levei minha mão discretamente a cintura e senti o ferro, o carro parou do nosso lado e eu neguei pra Analu que arregalou os olhos.

-Mãos entrelaçadas na cabeça, bora.- Eram dois carros e tinham 6 deles.

Três foram verificar a moto e três ficaram com nós.

-Vocês tem passagem? -Negamos.- Tavam fazendo o que aqui parado?

Kauã: A gente tava indo pra casa, mas aí minha irmã pediu pra parar pra ela vomitar.

-Vamoa ter que revistar vocês, beleza?

Analu: Não encostem em mim.- Falou quando um deles foram pra perto dela.- Só uma mulher pode me revistar, se vocês encostarem em mim eu denuncio como abuso.

Eles bufaram e vieram pra cima de mim, assim que passaram a mão pela minha cintura respirei fundo e eles sorriram.

-Ora, olha o que temos aqui.- Ana olhou pra mim com lágrimas nos olhos.- Você tá preso por carregar arma de fogo sem autorização.

Eles colocaram a algema em mim e a Ana veio pra cima me abraçando.

Kauã: Vocês podem soltar as algemas só pra mim poder abraçar minha irmã direto? - Eles se olharam.- Colfoi? Vocês são a maioria, eu só quero falar com ela.

Eles me soltaram e eu abracei ela que me apertou forte, ela tava segurando pra não chorar, conheço demais essa piveta.

Kauã: Amo tu, vai ficar tudo suave, relaxa.Tu já sabe como é.

Analu: Te amo desgraça.- Me abraçou mais forte e deixou UMA lágrima cair quando eles me algemaram.

Ela tentou vim pra cima mas eles seguraram ela e me colocaram na mala.

Ela ficou lá se debatendo e depois sentou no chão com o celular, bati a cabeça no vidro e os policiais entraram dando partida.

Chegamos na penitenciária e eles tiraram minhas cordas, relógio, pulseira e anéis me deixando lisinho,pegaram o resto das minhas coisas e me levaram pra sala de visita, me sentei lá estranhando e logo o Henrique, um parceiro meu apareceu, fardado, estranhei mas fiquei calado

Henrique: E aí, parceiro.- Falou debochado.-Tu foi o primeiro a cair da casa, o próximo é teu irmão.

Kauã: Filha da puta.- Tentei ir pra cima mas me seguraram.- Não encosta no meus pivete.

Henrique:Tarde demais, vocês vão pagar tudo o que fizeram.

Kauã: Nós fez o que contigo, seu comédia? Não deixou tu subir pro baile? Vai tomar no teu cu, mísera.- Falei puto.

Henrique: Mataram meu pai. Mas e aí, se tu contar pra Ana Luísa quem sou eu, ela vai morrer, fica ligado.- Ia saindo da sala mas eu gritei.

Kauã: Aí comédia, vou falar nada não, tu cai uma hora,mas quando for pegar alguém pega com caráter,suave? Pega na covardia não, desgraça. Tu espera eu sair daqui que tu vai tomar no cu comigo, comédia do caralho.- Por um vacilo os vermes me soltaram e eu parti chutando ele logo.

Dei três chutes só no rosto, os vermes me seguraram me enforcado, me aquietei e ele saiu sorrindo.

Tô suave, liberdade vai cantar e o cuzão vai se foder comigo, fé no pai lá de cima.

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