Capítulo vinte cinco.

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Kauã 🔫

Tava na boca com meu pai quando o raidinho começou a tocar inúmeras vezes, meu pai atendeu o dele e eu silenciei o meu já que ele já tinha atendido.

-Patrão, tem gente baleada na rua principal- L2

-Quem?

-Não sei ainda mas sei que entrou um carro aqui e pá - L2

Kauã: Analu.- Falei comigo mesmo.

Essas horas ela tava saindo da escola, ela era um dos alvos principais dos rivais, meu pai se levantou em um pulo e eu junto a ele.

Corri pra moto e dessa vez, nenhum dos dois respeitaram a regra de baixa velocidade, fomos ma velocidade da luz até a rua principal e quando chegamos lá tinha um tumulto enorme, meu pai logo pediu um carro pra ajudar e eu fui entrando no meio do povo, vi a Ana com o Neguinho no chão, ambos tinha sangue ma blusa mas o Victor era quem tava desacordado.

Quando tio Bruno chegou, nós pegou ele e colocamos no carro, meu tio saiu com tudo e a Ana pela primeira vez tava chorando em público, olhei pra meu pai e fui até ela me ajoelhando e abraçando a mesma.

Kauã: Vai ficar tudo bem.- Ela chorou mais.

Peguei ela no colo e ela se agarrou a mim, como tava de moto a nossa casa ainda era um pouco longe, mas mesmo assim eu fui andando com ela nos meus braços.

Analu: Sério isso? - Perguntou com a voz embriagada.

Kauã: Tu é minha bebê, aceita.- Brinquei e ela sorriu fraco.

Ela continuou a chorar baixinho, meu coração apertava pra caralho quando eu via ela assim.

Cheguei em casa e Thiago assistia tv com minha mãe e a Naty, assim que me viram vinheram correndo saber o que tinha acontecido.

Kauã: Mãe, dá um banho nela pô.- Ela assentiu e entregou a Naty a Thiago.

Coloquei Analu no chão e dei um beijo na testa dela.

Kauã: Te amo, cara de pão.- Sussurrei em seu ouvido.- Ele não vai te deixar voltar pra putaria, relaxa.

Ele sorriu de lado, beijou minha bochecha e subiu com a mãe, fui lavar minhas mãos e depois voltei pra perto do Thiago pegando a Naty no colo.

Thiago: Qual foi? Teve tiro porque?

Kauã: Neguinho foi baleado.- Ele olhou pra mim sem acreditar e passou a mão no rosto.

Querendo ou não, Victor era querido por todos, era legal pra caralho, sempre ajudou em tudo, não vou perder meu irmão não!

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