Em uma história que existe o amor e ódio, a paz e perigo, mundos diferentes, perspectivas totalmentes opostas, o amor é grande mas o ódio chega a ser maior. No final ela se deixa levar pelo amor ou pelo ódio?
Me deitei na cama e respirei fundo, um celular vibrou e eu vi que não era o meu, olhei visualizando o celular dele, eu tinha pego dele, sorri de lado e desbloqueei, 2205.
A tela de bloqueio era a nossa foto, a tela principal era a nossa foto, fundo de tela do whats era a nossa foto, tudo era nossa foto, senti um aperto no peito e respirei fundo.
Meu número tava salvo como Minha rainha ❤ , entrei na conversa e fiquei relendo.
___________________ Minha rainha ❤
Neguinho 🚫: Teu pai me obrigou a trabalhar hoje, vê se pode?
-Nossa, que legal.
Neguinho 🚫: Ai sua caralha, vai cagar.
-Ksjsdh, vou falar com ele pra te tirar do serviço de manhã.
-SÓ PRA VOCÊ PODER VIM ME PEGAR.
Neguinho 🚫: Te pego todo hora, amor. 😌
-Nossa, como você é chato.
Neguinho 🚫: Também amo tu, minha rainha.
-Te amo pra caralho, cuzão. 💙
Neguinho 🚫: É nói 💩.
-Pode pá, vou assistir aula agora, tchau seu coco.
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Sorri pelo nosso jeito doido e único, puta que pariu.
Peguei meu celular e fui até o Facebook postar fotinha nossa.
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Ana Luísa adicionou uma nova foto.
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Momentos bons ou ruins, nós sempre. 💙
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Me joguei na cama novamente e senti as lágrimas molharem o meu rosto.
Nicolas: Tô surpreso de ver tu chorando tanto assim.- Entrou no quarto.
Analu: Preciso daquelas coisas, papai.- Estendi os braços pra ele.
Nicolas: Pensei que tinha esquecido.- Pulei no colo dele e desabei mais ainda, ele acariciou meu cabelo e me dei um beijo na testa.
Ele saiu do quarto e desceu as escadas comigo no colo.
Lua: Vão pra onde? -Gritou da cozinha.
Nicolas: Assunto nosso, beijo.- Gritou de volta e eu sorri de lado.
Fomos em direção a moto dele e ele me deixou no chão e em seguida eu subi, fomos devagar como sempre e paramos no mercado do morro, decemos e ele passou a mão pelo meu ombro e assim entramos.
Compramos bebidas e muitas comidas, ele pagou e nós fomos pra moto de novo, ele foi em direção a estrada de São Conrado, era o nosso cantinho lá.
Desde menor ele me trás aqui, quando eu tô triste ou quando eu faço merda, enfim.
Depois de 1h de viagem nós chegamos, eu toda descabelada como sempre, ele olhou pra mim e gargalhou, mandei dedo e ajeitei meu cabelo.
Fomos pra casinha lá, pegamos umas vasilhas e um pano, tirei minha sandália e fomos pra areia.
Nicolas: Como tá sendo tua experiência de amar alguém? Uma merda né?
Analu: Por incrível que pareça tava sendo legal.
Nicolas: Vai continuar sendo pô.- Passou a garrafa de catuaba e eu virei.- Tu tá ligada em quantos tiros eu já levei? Pra caralho, teve uma vez que eu entrei em coma e pá, advinha o que me fez acordar?
Analu: Bebida? Maconha? - Ele sorriu.
Nicolas: Também, mas o principal foi a tua mãe, só dela chegar lá e eu sentir a presença dela eu me liguei de novo.
Analu: Vocês têm uma puta conexão.
Nicolas: Tu tem com o Victor também, tu já foi ver ele?
Analu: Eu não consigo, foi tudo minha culpa, se eu não tivesse pedido pra ele me pegar nada iria ter acontecido com ele.- Baixei cabeça.
Nicolas: Teria acontecido com tu ou com ele sozinho, bem pior.- Levantou minha cabeça e depois deu um tapa.
Analu: Aí, desgraça.- Alisei aonde ele bateu.
Nicolas: Não fala assim comigo.- Tentou falar sério.
Analu: Pai, tu não tá nem aí com isso. Minha mãe disse que quando eu tinha 7 anos tu passou o tempo todo me chamando de noiva do Chuck só porque eu inventei de usar maquiagem.
Nicolas: Ih pô, nem noiva era, era o chuck mesmo, tu é doido.-Fez careta.
Gargalhei alto, só esse velho pra me fazer rir mesmo.
