Capítulo cinquenta e seis.

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Kauã 🔫

Por um momento me perdi da Ana sentindo uma arma na minha cabeça, vi de relance o Falcão.

Ele colocou o pano azul na minha boca me fazendo perder a consciência...

Abri os olhos sendo chutado pelo Falcão, mesmo sem muita força dei um chute na perna dele fazendo ele cair.

Só precisava saber que o Thiago e a Ana estavam bem, só assim eu ficaria bem.

Falcão: Seu filho da puta.- Socou minha cara.

Eu tava amarrado, não tinha nem o que fazer.

Kauã: Vem como homem, me solta, age na covardia não pô.- Desafiei, eu era mais forte que ele, concerteza ele ia acabar morto.

Falcão: Tenho mais coisas pra fazer.- Sorri debochado.- Será que o papai ainda se importa com o filhinho? Ou está muito ocupado chorando pela morte do mais novo?

Senti um aperto no peito quando ele falou que o Thiago tinha morrido, quando eu vi a bala tinha pego no estômago, não podia ser, fiquei calado e ele se ajoelhou do meu lado.

Falcão: Deve agradecer ao cobra, ele teve uma ótima mira, mas talvez não tu não esteja vivo, assim como ele pra agradecer.- Deu tapinhas na minha cara e saiu.

Trombei a cabeça pra trás, eu não posso perder meu pivete de jeito nenhum, senti algo vibrar no meu bolso e era meu celular, será que os filhos das putas não tem nem capacidade de me revistar?

Deixei o celular quieto, não tinha nem como eu pegar com as mãos e pernas amarradas, fiquei pensando num plano por um bom tempo ali, se o Thiago morreu mesmo, meu pai deve tá pilhado.

Depois de umas horas, entrou um cara com um copo com água e um pão, me levantei encostado na parede já que minhas pernas estavam amarradas também.

- Se vira aí, boa sorte.- Saiu.

Era praticamente impossível comer com as mãos amarradas, mas eu tive idéia melhor. Me sentei de novo bebendo deitando meu corpo pra pelo menos sentir o gosto da água e depois me virei de costas derrubando o copo fazendo o mesmo quebrar, a porta foi aberta pelo mesmo vapor, ele sorriu e fechou a porta saindo novamente.

Kauã: Otário.- Sussurrei e peguei um pedaço de vidro tentando cortar a corda.

Passei mó cota tentando mas não consegui, já tava desistindo quando sentir um alívio e minhas mãos começaram a se mover, tirei a corda do meu pé também e  sorri pegando o maior pedaço de vidro que ali tinha, peguei meu celular ligando pra meu pai mas só dava desligado, merda! Olhei as mensagens e vi que a maioria era da Catarina, liguei logo pra ela.

-Vai se fuder, me deixou esperando ontem, sua desgraça.

Falou assim que eu atendi, tinha marcado rolê com ela.

-Ou filhona, diz ao polegar que eu tô no vidigal, sequestrado.

Dei ênfase no sequestrado.

-Sério? Como tu tá ligando? Tu ta bem?

-Só fala pra ele Catarina, eu tô bem por enquanto.

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