Amor meu...✅

Cap. 5

Victoriano viu pelo olha dela, que ela estava confusa, e que queria ouvi-lo por um segundo ele viu aquele olhar da menina que um dia ela foi, sem magoas, sem rancores e ressentimentos, foi apenas um momento, por que no segundo seguinte ela mascarou as emoções atrás da dama de gelo, aquela mulher fria e as vezes até cruel em que tinha se transformado.

- eu não quero nada de você Victoriano Santos, eu já sei de tudo que tenho que saber... você me enganou me usou engravidou outra é casou com ela... o que mudou? Nada.

Ela ia se virando para sair.

- você também casou com outro, apenas quinze dias depois.

Inês fechou os olhos e respirou fundo- você não tem nem um direito de me cobrar nada, você me abandonou... eu...

- Inês... eu... eu sinto muito...

Inês se virou com raiva.- você sente muito? É isso que você tem para mi dizer? Que sente muito?- ela batia no peito dele.- desgraçado eu te amei me entreguei para você... e você o que fez? Me traiu, casou com outra e me mandou para o inferno, agora tem a audácia de dizer que sente muito? Eu te odeio Victoriano Santos te odeio com todas as minhas forças... me escute bem... eu nunca vou deixar de te odiar...

Ela ainda batia no peito dele, Victoriano tentou segurar as mãos dela, não queria que ela se machucasse, ele sentiu ela diminuir os tapas e teve tempo apenas de segura-la, Inês tinha desfalecido em seus braços, ele a levantou e beijou seu cabelos.

Ele entrou na casa ainda a carregando, subiu a escada e a levou até o quarto que sabia que era dela, era o mesmo que entrou várias vezes a juventude, apesar do medo que sentia do pai dela, o desejo de ama-la era maior, ele a colocou na cama e passou a mão no rosto dela, verificou o pulso e estava normal, ele baixou a cabeça e beijou de leve os lábios dela e a viu suspirar e sorrir, a tempos ele não via aquele sorriso nos lábios dela, ele olhou tudo ao redor, nada era como antes, nada denunciava aquela garota forte e romântica que ela foi um dia e que tinha um quarto com uma cama de solteiro cortinas e colchas com babado rosa, esse era o quarto de uma mulher adulta e não menos interessante, ele voltou a olhar para ela.

- eu te amo tanto mi morenita, nunca deixei de amar, o meu pior erro foi me deixar levar pelo medo, pelas circunstâncias e te perdi... mais vou recuperar nem que seja a última coisa que eu faça, você vai ser minha... por que eu morenita... eu sempre fui seu...

Ele beijou outra vez os lábios dela e saiu, ele ia passando pela piscina e viu algo no chão que chamou a sua atenção, era o robe que ela usava, ele foi até ele e o pegou, levou ao seu nariz e sentiu o cheiro da mulher que amava ele o guardou ia levar consigo, era a prova que a tinha tido em seus braços outra vez.
...

O dia amanheceu e Inês abriu os olhos com dificuldade, sua cabeça doía, ela sentou na cama olhando de um lado para o outro, como foi parar ali? Na sua cabeça tinha fleshs de uma alucinação com Victoriano, e depois uma conversa entre os dois, mais nada era real, ela foi ate o banheiro e se viu no espelho fechou os olhos e sentiu os lábios dele no seu, ela levou o braço até o nariz e sentiu o cheiro do corpo dele, ela gemeu frustrada, isso era impossível, sua mente estava lhe pregando uma peça, ela estava ficando maluca só podia ser...
...

O tempo ao contrário do que pensamos não é nosso conselheiro, ele passa rápido demais, leva consigo amores, anos e a nossa juventude, o tempo é o maior inimigo de um grande amor mal resolvido, ele afasta e na maioria das vezes destrói corações, o tempo não é amigo e junto com a sua fiel companheira a saudades, destrói e corrói corações que na verdade tudo que querem e se amar livremente, sem rédeas sem amarás e acima de tudo sem medos...
...

Meses depois...

Era noite e Inês estava com o seu coração apertado, no outro dia seria a prova de tiro ao alvo, ela não tinha mais visto Victoriano, o que era melhor, todas as vezes que se viam brigavam, estava na natureza dos dois, ela fechou os olhos e sentiu o vento da noite passar por seu corpo, e lembrou...