"- Eu não posso amá-lo, eu sei que vou sofrer! Ele é perigoso, é um assassino, droga! Ele é o Dono do Morro!"
"- Não sei o que infernos está acontecendo comigo, ele é só um estrangeiro, filhinho de papai. Porra, eu não sou gay, mas como ele consegu...
No dia seguinte, levantei bem tarde, estava realmente exausto da viagem. Olhei às horas em meu celular e já eram 13h:20m da tarde. Resolvi tomar um banho e fazer minhas higienes. Abro as malas com minhas coisas e procuro por uma roupa. O tempo estava frio, mas bom. Até que finalmente consigo encontrar um look completo.
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— Simon! Vem aqui, garoto! — Chamo e logo ele aparece correndo no meu quarto. Visto ele com uma jaqueta preta e passo o perfume canino em seu pelo macio, o deixando cheiroso. Sim, o Simon também tem sua mala com as roupas e produtos adequados.
Pego meu celular do carregador, dou uma bagunçada em meus cabelos e sigo para o andar de baixo, onde encontro minha mãe na cozinha, junto com outra mulher que suponho ser a tal Cloe. Ambas estavam conversando e guardando mercadorias, quando notaram a minha presença. Mamãe me olhou de cima abaixo.
— Aonde vai tão chique?
— Ué, essa é uma das minhas roupas mais simples. — Falo e ela revira os olhos.
— Seu pai te mimou demais, sabia? Cássio, você não está mais em Nova York, que tal ser mais do povo? — Diz e eu bufo.
— Agora deu! Eu tenho que me vestir que nem um mendigo?! — Resmungo, irritado.
— Não é como um mendigo, Cássio, porém, mais simples. As pessoas aqui não estão acostumadas com gente como você, elas não gostam de pessoas esnobes e isso vai acabar muito mal para você se continuar agindo assim. — Diz e eu suspiro.
— Mãe, é só uma roupa, okay? Eu não consigo ficar mais simples que isso. E nem vem com a ideia maluca de comprar roupas novas. No meu closet não cabe mais nada! — Falo e ela suspira.
— Mas você é um teimoso mesmo, viu?! Não tem como negar ser filho daquele mauricinho do teu pai!
— E você é uma orgulhosa por ter largado ele só por ele ter desejado te dar uma vida melhor. — Rebato, cruzando os braços.
— Dinheiro não é tudo, Cássio.
— Diz isso para os turistas que vão para Paris. Só quem não tem dinheiro, arruma essa desculpa de que “dinheiro não é tudo”. — Gesticulo e ela bufa.
— Olha aqui, Cássio McKinney, ou você deixa esse seu jeito esnobe de lado, ou eu vou arrancar sua orelha de tanto que vou puxar se continuar com esse seu atrevimento! Não é porque você não viveu comigo que vai me desrespeitar. Ainda sou tua mãe e na minha casa você vai fazer o que eu mandar, entendeu? Então, estamos conversados! — Diz e eu arregalo os olhos.
— Me esqueci que você era explosiva. Mommy, I love you so much! It's okay? — Falo e ela me bate com o guardanapo.
— Não fala inglês, porque eu não entendo, seu engraçadinho! — Gargalho alto e me aproximo dela, deixando um beijo em sua bochecha que a deixou vermelha. Beautiful! Me sentei à mesa e ela me serviu com café e bacon com ovos mexidos. Fiquei meio depressivo, já que todas as manhãs eu tinha a mesa lotada de várias coisas e hoje nem opção eu tive, mas tudo bem. Eu gosto de bacon e não como muito quando acordo.
