Esse foi rápido, hein? Haha!
🌟 || Desisto de tentar || 🌟
Raffa Duncan
— Dá uma olhada por ali, Bobby. — Ordeno, apontando para os fundos da casa de Cássio. Estávamos fazendo a ronda de todas as noites, desde que Cássio começou a receber aquelas ameaças, Grego não consegue mais nem dormir direito. E hoje, os dois estão na casa do Grego, certamente se agarrando, pois daqui da rua é possível ouvir alguns gemidos abafados em inglês. Isso me faz rir da situação. O garoto está sendo ameaçado de morte, mas sua preocupação é bem perceptível quando ele se enlaça nos braços da chefia. Corajoso.
— Será que podemos conversar? — Murphy apareceu de repente atrás de mim. Suspirei em desânimo, voltando minha atenção para os arredores.
— Estou trabalhando, não está vendo? — Respondo, ríspido. Ouço ele bufar, e logo meu braço é puxado brutalmente, me obrigando a ficar cara a cara com ele.
— A única coisa que eu estou vendo é você me ignorando completamente nos últimos dias! Por que infernos está fazendo isso?! — Exclamou, tentando não chamar atenção do pessoal. Puxei meu braço de volta e recuei um passo, mantendo uma certa distância.
— E você ainda tem a cara de pau de me fazer a porra dessa pergunta?!! — Gritei, irritado. — Vai se foder, Murphy! — Praguejo, mas antes que eu pudesse sair dali, ele novamente me segurou, agora com mais força, chegando a machucar.
— Mas que tipo de pessoa você é?! Transa uma vez e já quer casar?! Raffa, aquilo foi apenas... uma diversão entre homens, entende? — Ouvir aquilo fez meus olhos marejarem, deixando minha visão embaçada. Ele nunca vai mudar.
— “Uma diversão”? — Repito, rindo descrente do que estava ouvindo. — É isso o que acha? Pois bem, eu vou dizer o que a droga daquela noite foi para mim: o dia mais feliz da minha vida. E sabe por quê? Porque pela primeira eu havia beijado o cara que eu amei por anos e... porra, eu sonhei muito com aquele dia. Todos os outros não havia significado nada para mim, mas aquela noite, foi como se fosse a minha primeira vez, porque foi a primeira vez que eu me entreguei de verdade, que eu dei tudo de mim e demonstrei tudo que sentia. Mas o idiota que eu amava abriu a boca e acabou com tudo. E novamente esse idiota soube me destruir mais ainda. Pareço dramático para você? Pois é, você não sabe nada do que eu estou sentindo. E eu desejo realmente que você ainda se foda muito na vida! Só assim você vai enxergar quem realmente te deu valor. Com licença. — Nisso eu já chorava, mas não me importei. Apenas virei às costas e saí dali o mais rápido possível. Eu só queria sumir.
Cássio McKinney
— Hey! Calma aí, Simon! — Exclamo, o segurando pela guia enquanto ele caminhava alegre. Estávamos na nossa caminhada pela manhã de todos os dias até eu notar uma menininha deitada na calçada, abraçada a um urso velho e desgasto. Eu não daria 5 anos para ela.
Me aproximei, um tanto quanto receoso. O dia estava particularmente frio, e ela não tinha nenhum casado ou algo para se esquentar. Eu realmente fiquei preocupado, porque na real eu nunca havia visto uma cena como aquela.
— Hey... menina? — Chamei, me agachando próximo a ela. A pequena se acordou aos poucos e até se assustou de início com minha presença, se encolhendo. — Ei, calma... não vou te machucar. Como você se chama?
— Olivia... — Diz baixinho.
— Seu nome é muito bonito, sabia Olivia? Bom, eu me chamo Cássio e esse aqui é o Simon. — Aponto para o meu cachorro, o que fez ela sorrir ao ver o animal. Simon sempre gostou de crianças e logo deitou abusadamente no colo da menina, arrancando uma risada gostosa dela. — Onde estão seus pais? — Questiono e logo seu sorriso some.
— Eu... não tenho.
— E onde você mora? Não tem ninguém responsável por você? — Ela nega com a cabeça, me fazendo sentir um aperto no peito. — Hm... Está com fome? Eu posso te levar na minha casa e então você pode tomar um banho e comer algo, o que acha? — Ela pensou e logo assentiu, sorridente. Sorri e a peguei nos braços. Ela era muito pequena e leve. Tão magra que não pesava quase nada. Seus cabelos que eu penso ser castanho estavam muito sujos e embaraçados, a roupa era apenas um vestidinho azul, velho e sujo. Minha mãe iria surta se me ver chegando com essa criança em casa, mas numa hora dessas ela certamente já está trabalhando.
Passei por uma loja que havia no morro. Não é o tipo que costumo visitar, mas no momento era minha única opção. Comprei algumas roupinhas infantis e segui para casa com ela nos meus braços. Eu podia ouvir claramente o estômago dela roncar.
— Olha só, chegamos! — Exclamo e ela sorrir. Entro dentro de casa, soltando Simon da guia e deixando ele livre pela casa. A levo para meu quarto, deixando as roupas novas sobre a cama e a deixando sentada lá. — Vou te dá um banho e então eu vou fazer algo para você comer, okay? Ou tentar, eu não sou muito bom na cozinha, sabe? — Falo e vou em direção ao banheiro, enchendo a banheiro com água rasa e deixando ela lá, brincando com o patinho de borracha na qual eu ainda tinha desde que eu era criança. Dei banho nela e lavei seus cabelos, que logo descobri ser um belo loiro dourado e não castanho. Deu trabalho para desembaraçar, mas logo consegui. Vesti um vestidinho rosa na qual ela amou e então a levei para a cozinha, onde a deixei sentada no balcão. — Gosta de desenhar? — Pergunto, entregando um caderno e alguns lápis de colorir.
— Uhum. — Ela murmurou, começando a rabiscar a folha aleatoriamente. Eu sorri, focando em preparar alguma coisa para ela. Olhei na geladeira vendo a metade de um bolo de chocolate e algumas coisa que poderia se transformar em um sanduíche. Peguei o pão e todos os ingredientes, começando a preparar um sanduíche completo e bem caprichado. Acho que era a primeira vez que eu ia na cozinha para preparar algo de fato.
Depois de tudo feito, cortei um pedaço do bolo, peguei o sanduíche e coloquei ambos em um prato. Enchi um copo com suco de maracujá e servi ela, que estava distraída com o seu desenho.
— Aqui. Vamos assistir algum filme? — Chamo e ela assente, sempre sorrindo. A levo para o sofá e procuro incansavelmente por um filme infantil. Porque na real minha lista era exclusivamente filmes de terror e com violência. Algo nada recomendável para uma criança. Até que finalmente encontro um e coloco para ela assistir: “Frozen”. Sento ao lado dela, segurando o prato para ela enquanto ela comia como se fosse a única coisa da sua vida.
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O Dono Do Morro (ROMANCE GAY)
Romance"- Eu não posso amá-lo, eu sei que vou sofrer! Ele é perigoso, é um assassino, droga! Ele é o Dono do Morro!" "- Não sei o que infernos está acontecendo comigo, ele é só um estrangeiro, filhinho de papai. Porra, eu não sou gay, mas como ele consegu...