💋 - - - - - CAPÍTULO TRINTA E QUATRO - - - - - 💋

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🌟 || Forever || 🌟

Gregório Del Rey

— E então, não vai me deixar entrar? — Cássio indagou e tossiu logo em seguida. Saí do transe e o ajudei a entrar. Eu ainda não estava acreditando que ele havia fugido do hospital, no meio dessa chuva e ainda por cima à noite.

— Você é louco?! O que deu em você para fugir do hospital? Precisa se curar! — Repreendo, enquanto o ajudo a sentar em minha cama. Ele gemeu de dor, mas logo sorriu.

— Eu precisava te agradecer pessoalmente. — Ergueu a mão direita, mostrando a correntinha que deixei com ele. Suspirei, sentando ao seu lado.

— Cássio... eu não queria te machucar. Juro que não. Eu... eu estava... — Me atropelo nas próprias palavras, mas parei de falar quando ele tocou meu rosto, me fazendo o olhar.

— Hey, já passou. Eu estou... quase bem. — E riu do próprio comentário. — Grego, eu já não quero saber como é o seu trabalho, ou o que você faz com seus inimigos ou o que quer que seja. Eu nunca amei ninguém como eu amo você, e se for para ser será. Eu só quero estar com você, Grego. Não deixe que meu pai me leve embora. Eu não quero ficar longe de você. — E em segundos, ele pulou em meus braços, chorando. Aquilo me partiu o coração.

— Amor... Aqui não é lugar para você. — Falo, e ele me olha, confuso.

— Não me quer mais?

— Céus, Cássio! Não é nada disso. É claro que eu quero você. Eu te amo. Mas não posso te prender nesse lugar. Eu amo meu Morro, e creio que você deve amar o seu País. — Ele fez bico, cruzando os braços.

— Não acredito que andei por mais de uma hora nessa chuva para ouvir você falar que não me quer aqui. Então como você quer que a gente fique? A um continente de distância?! — Resmungou. Respirei fundo, pegando uma toalha limpa e colocando em volta dele.

— Deixa de fazer drama. Eu posso te visitar quando eu bem quiser.

— Não é a mesma coisa. Fala logo a verdade e diga que já está cheio de mim!

— Hey! — Aperto a bochecha dele, fazendo ele resmungar. — Para de falar isso. Eu nunca vou me encher de você. Eu te amo. Mas depois do que aconteceu. Seus pais não vão querer você perto de mim. Eles deixaram bem claro isso.

— Foi por isso que eu fugi do hospital. Meu pai está irredutível. Ele quer me levar para os Estados Unidos, mas eu não vou para lugar nenhum, Grego! — Sorri, depositando um selinho em seus lábios.

— Fique tranquilo. Eu nunca vou permitir, que te tirem de mim. Mas não se preocupe com isso agora. Venha, você precisa tomar um banho quente e trocar de roupa. Ou vai ficar pior do que já está. Vamos, eu te ajudo. — Falo e o ajudo a se levantar, indo até o banheiro. Tiro sua roupa com cuidado, enquanto o guiava para debaixo do chuveiro. Ele reclamou de dor, mas continuei até deixá-lo devidamente banhado. Fiz um novo curativo e o vesti com uma camisa minha, que ficou enorme para ele. — Agora descanse. — Falo, o deitando em minha cama e o cobrindo com o edredom.

— Deita comigo? Não quero ficar sozinho. — Pediu, manhoso.

— Percebi que você é mil vezes mais mimado quando está doente ou machucado. — Resmungo, mas deito junto dele, o abraçando com cuidado para não machucá-lo.

Good night. — Murmurou ele e eu sorri, o beijando no pescoço, e eu pude notar o quanto ele se arrepiou com aquilo.

— Boa noite, meu gringo. — Sussurro em seu ouvido, me acomodando mais junto dele e adormecendo alguns minutos depois.

Cássio McKinney

— Você é um irresponsável, isso sim! — Papai gritou, assim que descobriu onde eu estava.

Dad... Eu estou bem. — Falo, mas ele estava furioso comigo.

— Bem?!! Você sofreu um tiro no estômago e ainda me diz que está bem?!!

— Eu sei cuidar de mim, okay?!

— Sabe? — Debochou, se aproximado de mim. — Eu que banco você! Queria ver se você não tivesse todo o luxo que eu te dou, se aguentaria pelo menos uma noite neste lugar!

— Eu não preciso da droga do seu dinheiro! Posso cuidar de mim sozinho! — Grito, irritado.

— Ah, sim? E como vai sustentar a Olivia? Que eu saiba ela é responsabilidade sua, agora.

— Vou dá meu jeito. Se aceitar o seu dinheiro significa fazer tudo o que você quer, então eu não quero mais nada que venha de você! Eu não vou sair daqui e não vou voltar para os Estados Unidos. Pelo menos... não sozinho. — Falo e ele suspira.

— Pois bem. Eu não vou mais tirar um centavo da minha conta para você! Vamos ver até quando vai durar essa sua rebeldia! — Ele saiu, batendo a porta. Tinham me obrigado a voltar para o hospital, mas desta vez, eu não deixei Grego ir. E ele estava ali, comigo.

— Cássio... — Grego começou, mas eu interrompi.

— Grego, eu sei o que vai dizer, e eu prefiro não ouvir. Eu vou arrumar um emprego e cuidar da Olivia. Não preciso dele. — Resmungo, sorrindo para ele.

— Você sabe o que faz. Mas eu não concordo. Tudo bem você querer ser independente, mas... isso devia acontecer aos poucos, para você ir se acostumando. Bom, mas você sabe que quando precisar, pode me pedir ajuda.

— Não quero sua ajuda, eu só quero você. Eu dispenso seu dinheiro. Vou provar mais uma vez o quanto estão errados! Disseram que eu não ia conseguir a guarda da Olivia, e eu consegui, disseram que eu não ia me adaptar ao morro, e eu me adaptei. Vocês são muito céticos em relação a mim. Eu sou muito mais do que aparento ser. Um pouco de apoio não iria ser ruim, sabia? —Grego sorriu, deixando um beijo no topo da minha cabeça.

— Desculpe, baby. Eu vou procurar te apoiar mais nas suas decisões. Apesar de serem extremamente impensadas. — Fiz bico, mostrando a língua para ele e o mesmo me roubou um beijo. Eu ri, e o beijei de volta. E lá ficamos, namorando um pouco. Eu estava me recuperando, mas não estava morto.

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Estamos chegando no fim 😭😢😢

O Dono Do Morro (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora