🌟 || Bad day || 🌟
Lúcio Ankeny
— Ele é um idiota, estúpido! — Raffa murmurou, chorando com a cabeça enfiada no travesseiro da minha cama.
— São todos iguais! Eu sabia que não devia ter confiado naquele desgraçado! — Cássio resmungou, acho que para ele mesmo, enquanto jogava algum joguinho antiestresse e com os fones de ouvido no último volume. Eu realmente não tinha vocação para ser conselheiro amoroso e... bem, eu tinha dois amigos no meu quarto com seus corações arruinados por conta de dois homens babacas. Eu até diria que iria atrás desses dois idiotas e faria eles engolirem o pão que o diabo amassou, mas são dois assassinos e... bem, acho que eu sairia perdendo.
— Meninos... não fiquem assim... — Amanda, que estava do meu lado, tentou animar os garotos. Bem, o único psicólogo aqui que é bom com as palavras é o Cássio, e ele também está na merda, então... só sobra a Amanda e eu. Ou seja, dois burros que não sabem consolar os amigos. Porque o meu conselho seria: “vamos na balada pegar geral e mandar um foda-se para esses bando de otários. Vamos sofrer por amor enquanto um negão maravilhoso te come!”. Mas eu recebi uma travesseirada quando sugeri isso, então fiquei na minha.
— E agora? O que vamos fazer? — Questiono. Raffa estava aqui desde ontem, dizendo que não queria ver ninguém da comunidade, muito menos o Murphy. E Cássio chegou hoje, irritado, praguejando e xingando a si próprio. Nem me explicou direito o que aconteceu. O que eu também entendi é que ele não queria ficar na comunidade e por isso veio para cá. Apesar de estar triste e irritado, até o momento Cássio não deixou nenhuma lágrima cair. Ele sempre foi assim, orgulhoso e racional. Odiava demonstrar fraqueza. E para falar a verdade, era a primeira vez que eu via ele sofrendo por alguém. E olha que eu o conheço há décadas!
— Okay, já chega desse 'chororô! — Amanda se pronunciou, se levantando da cadeira e indo are os meninos, puxando o travesseiro do Raffa e o celular com os fones do Cássio. Ambos olharam feio para ela. — Não vou permitir que continuem assim. Que saco! Vamos todos para o baile e vamos nos divertir muito! — Disse e Cássio se levantou.
— Beleza, eu topo. — Disse, seco, tomando o celular de volta e o guardando no bolso da calça.
— É... acho que eu também. — Disse o Raffa, enxugando as lágrimas.
— Ei! Mas foi isso que eu sugeri há pouco tempo! — Reclamo, olhando para eles indignado.
— Você sugeriu para transarem com o primeiro que aparecer. — Amanda disse, com um sorriso de canto. Eu dei de ombros.
— Isso é melhor ainda, não? — Os três bufaram e saíram do quarto. Eu fui atrás, enquanto discutíamos em que balada iríamos.
— Vamos para o baile funk da comunidade? — Amanda sugeriu.
— Eles não vão aceitar. — Falo, convicto.
— Eu vou sim. — Cássio disse, ainda de cara fechada, mexendo em seu celular.
— Eu também. Além disso, tenho que voltar para o morro, querendo ou não. — Disse Raffa, com desgosto.
— Aff, por que ninguém concorda com o que eu falo?! — Reclamo, bufando.
— Porque você não tem a manha para falar, meu anjo. — Disse Amanda, risonha. Mostrei a língua para ela, que devolveu com o mesmo gesto.
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O Dono Do Morro (ROMANCE GAY)
Romance"- Eu não posso amá-lo, eu sei que vou sofrer! Ele é perigoso, é um assassino, droga! Ele é o Dono do Morro!" "- Não sei o que infernos está acontecendo comigo, ele é só um estrangeiro, filhinho de papai. Porra, eu não sou gay, mas como ele consegu...