💋 - - - - - CAPÍTULO DOZE - - - - - 💋

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🌟 || Entendidos e Desentendidos || 🌟

Raffa Duncan

Suspiro baixo e lentamente, exalando a fumaça do cigarro para fora da minha boca enquanto vigiava a entrada do morro. Já havia anoitecido e tudo que eu mais queria agora era explodir a cabeça de alguém, para só assim esquecer os problemas que me assolam.

Ultimamente, o morro andava tranquilo demais. E isso estava chegando a ser tedioso. Desde quando Grego tomou o trono da quebrada, os que antes eram nossos inimigos, agora o respeitam. Eu gosto dessa tranquilidade, gosto mesmo, mas quando você passa por um dia de extrema irritação tudo que você deseja é despejar isso em algo ou alguém, mesmo que indiretamente.

- Vou fazer uma ronda, 'belê? - Bobby avisou, pousando sua M4 no ombro e seguindo pelo morro, me deixando sozinho na entrada, mas tudo bem, eu sei me cuidar sozinho.

- Raffa...? - Olho para o lado, vendo Murphy me olhar de modo evasivo. Apenas volto minha atenção para qualquer outro ponto existente ali que não fosse para ele. Murphy me ignorou o dia todo. Não atendeu minhas ligações, não respondeu minhas mensagens. E depois de muitas tentativas, eu resolvi mandar um "Foda-se!" se ele não quer mais falar comigo, então beleza. Eu sou ótimo em ignorar as pessoas. - Raffa... me desculpa por não ter falado com você, mas...

- Mas você achou que me ignorar um dia inteiro sem nem ao menos me dá um motivo acabaria ficando tudo bem depois? Claro que não. Rala daqui, Murphy. Eu quero ficar sozinho! - Exclamo, tragando meu cigarro e novamente jogando a fumaça no ar.

- Quer saber mesmo o motivo por eu ter te ignorado? Pois bem! Acontece que você bebeu demais, se declarou para mim e ainda invadiu meu quarto no meio da noite para me roubar um beijo. Satisfeito?! - Ele gritou, dessa vez chamando a minha atenção. O seu olhar de desespero não o deixava mentir. Estava perdido. E eu custei a acreditar que havia mesmo feito tudo aquilo que ele falava. Mas por que ele iria mentir? Sendo que ele não fazia ideia do quanto eu o amava...

- Murphy... - Tento falar algo, mas sou interrompido quando ele me empurra contra uma parede e cola nossos lábios em um beijo tímido, porém, intenso.

- Eu não sei o que diabos está acontecendo comigo, mas seja a merda que for, a culpa é toda sua, Raffa! - Ele rosnou, ao mesmo tempo em que puxava com brutalidade meu casaco para baixo, o descendo pelos meus braços, retirando minha camisa e abrindo minha calça. Ele devia ter enlouquecido. Essa era a única razão para estar arrancando minhas roupas logo ali, na entrada do morro. Onde qualquer um poderia aparecer, incluindo o Grego.

E isso seria algo inexplicável.

- Murphy... temos que... vigiar... - Tento usar o pouco juízo que me resta, mas Murphy estava disposto a me enlouquecer. Sua boca agora atacava meu pescoço. A timidez havia cessado, dando lugar para o tesão e um desejo incontrolável. Suas mãos passeavam com necessidade pelo meu corpo, apertando minhas partes sensíveis, e demorou especialmente em minha bunda, adentrando minha cueca e esmagando minha carne, deixando um dedo deslizar para minha entrada, na qual ele penetrou sem prévio aviso, me arrancando um gemido dengoso.

- Porra, que delícia você é! - Murphy rosnou, erguendo meu corpo, fazendo minhas pernas enlaçarem sua cintura, me deixando sentir seu volume ainda coberto pela sua calça que eu estava louco para me livrar, e libertar aquilo que sempre almejei.

Passo as mãos em meus cabelos, em puro nervosismo, querendo logo sentir seu comprimento me invadindo até o momento que não poderei mais andar. E sei que ele é facilmente capaz de me deixar paraplégico por alguns dias, e eu estava louco para sentir isso.

- Anda, me mostra do que é capaz, sua putinha! - Ele exclamou, me fazendo arfar com sua voz grave e autoritária. Eu me ajoelhei na terra molhada pelas recém chuvas, e sem delongas, engoli seu pau como se minha vida dependesse daquilo, e talvez dependesse.

Engasguei algumas vezes, mas nada que me fizesse parar. E fiz isso por minutos, até que ele me puxou pelos cabelos, me fazendo levantar e me virando de frente para a parede, abaixando minha calça junto com a cueca. Senti seus dedos analisando minha entrada, preparando para ele.

- Murphy... anda logo. - Peço em súplica, mantendo minhas mãos apoiadas na parede enquanto o sentia me invadir, centímetro por centímetro. Eu gemi, manhoso, rebolando inconscientemente em seu pau.

Ele rosnou, socando mais rápido e forte. Eu já havia me envolvido com outros homens, mas nada se comparou com Murphy, que parecia saber exatamente como me levar às estrelas.

Vimos que uma senhora estava saindo do morro, e passou do tom branco para o vermelho de tão envergonhada que ficou ao nos ver. Mas Murphy pareceu não ligar e continuou me penetrando sem dó. E se ele não estivesse me segurando pela cintura eu realmente já estaria no chão pelas pernas bambas.

Automaticamente eu ri, lembrando da expressão da senhora.

- Você é louco... - Murmuro, sentindo duas estocadas profundas e com força.

- Você me deixa assim. - Então senti ele gozar dentro de mim, e quase que na mesma hora, eu atingi meu orgasmo, sujando a parede.

Passamos alguns minutos descansando e nos recompondo. Olho para o Murphy que já se colocava de pé, vestindo sua roupa.

- Aonde vai? - Pergunto e ele suspira, fechando a camisa.

- Embora. Não é o meu turno. - Diz, seco.

- E vai me deixar aqui? Depois de ter transado comigo? - Questiono, agora me levantando.

- Foi só sexo, Raffa. Não é como se depois disso nós fôssemos casar. - Eu não acredito que ele disse isso.

- O quê? Quer dizer que isso não valeu nada para você? - Ele dá de ombros.

- Olha, Raffa... Eu não quero que a gente fique com climão. Você queria isso, não queria?

Eu vou matá-lo!

- Se eu queria? Murphy, eu amo você. Não quero só uma noite.

- Então eu sinto muito. Mas acontece que eu não sou gay, Raffa. - Então ele saiu, passando por mim e me deixando ali, sozinho e furioso. Não acredito que me deixei levar por algumas palavras que certamente não valeram nada. DESGRAÇADO!

Soco a parede, irritado comigo mesmo por ter me entregado tão fácil assim. Mas tudo bem. Eu já devia ter esperado isso dele. Mas isso não vai ficar assim. Não mesmo.

O Dono Do Morro (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora