🌟 || Não me importa o que os outros vão pensar || 🌟
Cássio McKinney
Parecia que haviam posto uma bomba dentro da minha cabeça, e ela explodiu no momento em que abri meus olhos, de tanta dor que eu sentia.
— Com licença, senhor. — Uma senhora apareceu, e ela me era muito familiar. Só então reconheço o quarto na qual estou, o que me faz entrar em um desespero interno. — Aqui está um chá e remédios para dor de cabeça. Deseja seu café da manhã na cama? — Questionou, prestativa. Eu realmente estava confuso, não me lembrava de nada do que havia acontecido ontem e confesso está com raiva de mim mesmo por ter acabado novamente vindo parar nesse lugar.
— Não. Não quero nada. Apenas me diga, onde está o seu patrão?
— O senhor Del Rey precisou sair para resolver algumas coisas, mas me pediu para lhe atender no que fosse preciso. E também pediu para avisar que ficasse aqui e esperasse por ele. — Eu ri, descrente do que tinha ouvido. Era inacreditável que depois do que eu ouvi ele ainda tenta voltar com nossa "relação".
— Eu não vou esperar por ninguém! Muito menos por aquele idiota! — Me levanto da cama, sentindo uma leve tontura de início, mas ignoro, seguindo para a saída e indo em direção à minha casa. Não queria ver aquele idiota nem tão cedo.
— Cássio! — Olivia pulou em meus braços assim que cheguei em casa. Eu ri, a segurando e beijando seu rosto. Pela carinha de sono dela, a mesma havia acabado de acordar.
— Oi, pequena! Dormiu bem? — Questiono e ela assente.
— O Simon ficou comigo a noite toda. — Disse, toda séria, como se fosse uma adulta. Eu ri, a beijando novamente.
— Filho, precisamos conversar. — Mamãe apareceu na sala, com o olhar sério.
— Até imagino sobre o que seja. Hey, Oli, o que acha de ir brincar com o Simon no meu quarto, hm? — Falo e ela pula de animação. A coloco no chão e ela sai correndo em direção ao quarto.
— Está mesmo com essa ideia de adotar uma criança? O que deu em você?!
— Por que é tão absurdo para vocês eu querer ajudar uma menina?
— Porque você é um irresponsável, Cássio! Não conhece nada da vida, só se importa com você mesmo e além disso tem tudo de mão beijada. Não tem condições de cuidar de uma criança! — Respiro fundo, buscando calma.
— Vou provar que está errada. Posso aparentar o que for para você, mas não tem noção do que eu sou capaz. Eu vou mostrar que eu posso sim cuidar da Olivia, e vou dá tudo do bom e do melhor para ela!
— Com o dinheiro que não é seu.
— Eu vou me formar na faculdade e arrumar um emprego decente. Até lá não vejo problema algum meu pai me ajudar.
— Pois eu vejo! Seu pai é tão inconsequente quanto você. Espere só até ele saber dessa loucura!
— Com certeza ele vai me apoiar muito mais do que você! — Falo e subo para meu quarto, onde encontro Olivia brincando na cama com o Simon. A cena era realmente linda e eu poderia me acostumar com isso. Tenho Simon como um filho, e sei que ele não daria tanta despesa quanto uma criança daria, mas... de certo modo, eu sei em parte o que é ser um pai. Pois quando Simon adoecia, eu me preocupava, me deixava aflito. Afinal, ele é tudo para mim. Quando brincávamos juntos ou íamos passear, eu me sentia bem, pois ele também estava bem. Bem e feliz. Isso era o que importava para mim. Quando eu estava estudando ou simplesmente querendo ficar no meu canto, ele do nada pulava em cima de mim, me arrancando risadas e conseguindo os carinhos e a atenção que ele tanto queria. Simon é quase igual a uma criança e gosto de comparar as atitudes de um animal com a do ser humano, afinal, ambos tem sentimentos. Ambos precisam de amor e atenção. Então... não é difícil, muito menos assustador, para mim, adotar uma criança.
— Olivia? — Finalmente a chamo e ela me olha. Aquele sorriso e aquele olhar de gratidão, era o que me fazia me manter firme em minha decisão. E eu realmente não pensava em voltar atrás. — Podemos conversar? — Pergunto e ela assente. Me aproximo da cama, sentando de frente para ela.
— Fiz alguma coisa, Cássio? — Perguntou, com aquela voz doce e que me arrancou um sorriso.
— De nenhuma maneira, meu anjo. Eu... queria saber se você gostou daqui. De passar esse tempo aqui.
— Sim! Muito! O senhor foi muito bom comigo. E essa casa é muito bonita! Eu comi até sanduíche! — Disse com extrema empolgação. Eu ri, achando fofo e ao mesmo tempo me deixando triste em saber que antes ela não tinha nada disso.
— Bom... se você quiser, pode ficar aqui para sempre. Não seria legal? — Ela me olhou, com os olhinhos brilhando de felicidade.
— Mesmo? O senhor não ficaria chateado?
— Bom, eu vou ficar chateado se continuar me chamando de senhor. — Falo, fingindo está sério e ela rir.
— Desculpa...
— Tudo bem. Hm... na verdade, eu queria te fazer uma pergunta.
— O quê?
— Eu queria saber se... você gostaria que eu te adotasse? — Pergunto e ela me olha em silêncio por um tempo, quase que em choque.
— O sen... quer dizer... você quer ser o meu papai? — Eu sorri automaticamente ao ouví-la.
— Sim. Na verdade, eu adoraria. — Sem que eu esperasse, ela pulou em cima de mim, me abraçando fortemente e... chorando. Sorri, emocionado, a apertando no abraço. Ali não precisava se respostas. Seria bom para ela e para mim. Ninguém acreditava que eu poderia cuidar dela, mas eu acredito nisso, e não preciso provar para ninguém. Só preciso provar para mim mesmo e dá a melhor educação para ela, sem pensar no que os outros irão falar. Porque criticar a atitude do próximo sempre será muito fácil, mas você ir lá e passar pela mesma situação é praticamente impossível, porque eu tenho certeza que você não iria o star de receber as mesmas críticas que um dia você enviou. Então, ao meu ver, devíamos olhar para nós mesmos antes de espionar e criticar o que o outro está fazendo.
— Eu vou te proteger, pequena. E ninguém vai mudar isso. — Murmuro, continuando abraçado com ela.
— Obrigada... papai.
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O Dono Do Morro (ROMANCE GAY)
Romance"- Eu não posso amá-lo, eu sei que vou sofrer! Ele é perigoso, é um assassino, droga! Ele é o Dono do Morro!" "- Não sei o que infernos está acontecendo comigo, ele é só um estrangeiro, filhinho de papai. Porra, eu não sou gay, mas como ele consegu...