💋 - - - - - CAPÍTULO TRINTA E SEIS - - - - - 💋

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🌟 || Família? Sim, família || 🌟
(Capítulo Final)

Cássio McKinney

— Grego! Eu não aguento mais esperar! — Falo, ansioso, enquanto ele me guiava para algum lugar, que eu não faço ideia para aonde, já que ele me vendou há mais de duas horas.

— Acalme-se, já estamos chegando. — Diz e eu bufo. Ele me fez andar mais alguns segundos e me fez parar. — Pronto. Chegamos. Preparado?

— Desde do momento em que saímos. — Falo e ele rir.

— Tudo bem. Então vamos lá. — Ele começou a retirar a venda e assim que abri meus olhos, me deparei no meio de um aeroporto. O que não me deixou entender nada. E fiquei mais surpreso ainda ao ver Olivia nos braços de Grego. Eu não fazia ideia que ela também havia vindo junto.

— O que significa isso? — Questiono, confuso.

— Hm... Olivia, você gostaria de ir nos Estados Unidos? Até mesmo conhecer a Disney? — Grego questionou, olhando para Olivia, que sorriu, animada.

— SIM! — Gritou, jogando os braços para cima. Eu não estava entendendo mais nada.

— Pois sabe que eu também? Devíamos morar lá, não? — Sugeriu. Eu o encarei, totalmente sem reação.

— Grego... o que...?

— Devíamos sim! — Olivia gritou novamente, abraçando Grego. E ele logo me olhou.

— Hey, do que estão falando? — Questiono, confuso.

— Amor, eu decidi que você não tem mais que se prender aqui por minha causa. Você quer dá uma vida melhor para Olivia e agora eu também quero fazer parte disso. Então... a minha surpresa era essa: NÓS VAMOS PARA OS ESTADOS UNIDOS!! — Gritou, comemorando, junto com Olivia. Eu estava em completo choque.

— Como assim? Aliás... você precisa ter o Green Card. Não é tão simples, e...

— Casa comigo? — Ele disse de repente, me deixando agora, literalmente, petrificado. Ele estava ali, na minha frente, ajoelhado, com uma belíssima aliança brilhando na caixinha em suas mãos. Ele havia pensado em tudo.

— Papai, responde! — Olivia exclamou, me arrancando do transe.

— É... e-eu... não sei nem o que dizer...

— Basta dizer sim. — Grego fala, sorrindo. Automaticamente, eu sorri de volta.

— Aceito. Eu quero me casar com você, Grego. — Falo e ele sorrir, se levantando rapidamente e me beijando. Dou um tapa no braço dele, o afastando. — Grego! A Olivia está aqui, sabia?!

— Ah, ela não se importa, né Oli? — Disse e ela concordou, sorridente. — E então? Vamos?

— O quê? Como? Agora? E as malas? Meu passaporte e documentos?

— Fala disso? — Perguntou, tirando do bolso da calça meus documentos e logo em seguida apontou para o carrinho ao meu lado que nem me dei conta de está ali, sustentando todas as nossas malas.

— E o Simon?

— Ele também vai conosco. Bem ali, olha. — Apontou para a caixa própria para cachorros, onde Simon estava dentro.

God... Do you is crazy! — Murmuro, rindo.

— Por sua causa. Vamos? Nosso voo logo vai sair.

— Amor... E... o morro? Você não é o dono?

— Hm, continuo sendo. Mas agora irei comandar à distância. E eu tenho dois grandes amigos que irão cuidar do morro para mim.

— Murphy e Raffa? — Questiono e ele assente.

— Agora deixa de perguntas e vamos logo! — Ele me entregou Olivia nos braços e pegou a caixa com o Simon e o carrinho com as malas. Eu ainda não estava acreditando que ele realmente abandonou tudo para ir viver comigo nos Estados Unidos, mas eu amei a surpresa. Porém, eu não conseguia demonstrar toda a minha felicidade por eu simplesmente ainda estar em choque.

Murphy Key

Tudo parecia estar finalmente entrando nos eixos. Raffa e eu finalmente estávamos felizes, juntos. E agora tínhamos a confiança total do Grego, já que ele deixou o morro em nossas mãos. E eu vou dar meu sangue para deixar tudo do jeito que ele deixou.

— Filho... — Minha mãe me chamou e eu fui correndo até o quarto. Ela sorria, meiga. Sentei ao seu lado na cama, pegando sua mão.

— Sim? Está se sentindo bem? Precisa de algo? — Questiono e ela sorrir.

— Apenas que me diga a verdade. — Disse e eu gelei no mesmo instante.

— Do que está falando?

— Eu sei que você está namorando aquele garoto... Raffa, certo? — A olhei totalmente congelado, com medo.

— Mãe...

— Por que escondeu de mim, filho?

— A senhora... está doente... Eu não quero te preocupar com nada. — Ela riu, baixinho.

— Amor, isso é importante para mim. É a sua felicidade. E... independente de quem seja, eu fico feliz se você também estiver. Assim eu poderei morrer em paz. — Meu coração apertou.

— Mãe, não fala isso. Você não vai morrer. — Ela sorriu, beijando o dorso da minha mão.

— Filho... eu conheço meu próprio corpo. E... sinto que não vou durar muito tempo. Mas eu não quero que independente do que aconteça, não quero saber de você triste e deprimido. Todo mundo morre um dia. É natural. Amor, cuide de quem te ama, e eu agradeço o tempo que você dedicou para cuidar de mim. Não sabe o quanto eu sou grata por te ter como filho. É o meu orgulho. Eu sempre vou te amar. Não importa o que faça. — Suas palavras acabaram me deixando emocionado. Mas antes que eu dissesse qualquer coisa, ela fechou os olhos.

— Mãe? — Ela não respondeu, e meu peito doeu instantaneamente. — Mãe... não... — tento segurar as lágrimas, que naquele momento se tornaram inevitáveis. Ela havia partido. Havia partido e eu nem tive a chance de dizer o quanto eu a amava, não tive a chance de me despedir.

Naquele fim de tarde, caiu uma tempestade forte, mesmo o tempo entrando no verão. Era um sinal de que até o céu chorou junto conosco. Raffa me apoiou bastante, me consolou e não me deixou ficar tão abatido. A presença dele foi fundamental. Minha mãe sabia que estava morrendo e por isso começou a dizer todas aquelas coisas. Logo no dia seguinte, foi o enterro, onde todo o morro entrou em luto e se fizeram presentes no enterro. Eu finalmente assumi meu relacionamento com o Raffa depois disso, e anunciamos o veredito do Grego, ao nos colocar como “donos” do morro. Mas ele também ia trabalhar mesmo de longe.

Um mês depois, Raffa e eu mandamos construir nossa casa no morro. Iríamos morar juntos. Nada mais nos impedia de sermos felizes, porém, a falta da minha mãe ainda era recente, e por muitas noites eu chorei, sofri, mas eu tinha ele comigo, e ele sempre me lembrava o fato de que ela agora era oficialmente um anjo, e que lá de cima, ela estaria me observando, e desejando que eu seguisse em frente e fosse feliz. E saber que ela não foi contra meu relacionamento com o Raffa, me tirou um peso enorme das costas. E agora, eu quero construir minha família, junto da pessoa que eu amo.

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Ainda teremos o Epílogo! 😢😢❤

O Dono Do Morro (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora