🌟 || Finalmente a descoberta || 🌟
Cássio McKinney
Observo Grego dormindo tranquilamente, como se nada mais no mundo importasse. E eu não imaginei que ele poderia ser mais sexy do que já é somente estando dormindo. Era tão lindo e admirável, que fiquei parecendo um bobo, acariciando seu rosto e sorrindo, observando sua expressão relaxada e despreocupada. Notei que ele precisava disso, de um tempo de tudo e desse... trabalho. Esse é realmente o único porém entre nós. Essa coisa dele agir contra a lei e... matar pessoas. Não sei se me acostumo isso. E também não quero que a Olivia cresça nesse meio, apesar de eu achar que ela já era acostumada a ver esse tipo de cena, já que vivia na rua e na favela, mas mesmo assim, eu quero que ela tenha a melhor educação possível.
Pego um bloco de notas no criado-mudo e deixo um recado para Grego, ao lado da bandeja de café da manhã que eu pedi para prepararem para ele, dizendo que precisei ir embora, mas que logo voltaria para vê-lo novamente.
Saí da cama com cuidado, para não acordá-lo. O cobri com o edredom e vesti minha roupa. Ainda era cedo e eu precisava acordar Olivia para levá-la à escola. Sem contar que eu tinha aula da faculdade para ir. E era dia de prova.
Assim que saio da casa do Grego, observo alguém em frente à minha casa, agachado e mexendo em uma caixa. Estava de capuz, portanto não pude reconhecê-lo.
— Hey! O que está fazendo?! — Gritei, chamando a atenção dele, que me olhou rapidamente e começou a correr. Ah, mas não vai fugir tão fácil assim... Sempre amei esportes e sempre participei das olimpíadas escolares, e sempre fiquei em primeiro lugar em tudo. Esse cara era um principiante.
Abri a porta da minha casa, assobiando para chamar o Simon, que saiu correndo para fora. Comecei a correr atrás dele e Simon seguiu na frente, latindo e quase alcançando-o. Simon logo o alcançou, pulando em cima dele e fazendo-o cair. Subi em cima dele e o agarrei pela camisa, irritado.
— Por que está me ameaçando?!! — Grito, furioso. Puxo o capuz dele, revelando seu rosto. Era um homem ruivo, os olhos castanhos estavam quase que imperceptíveis pelo tom vermelho adquirido, claramente drogado.
— VOCÊ É UM MERDINHA E NÃO MERECE O MEU GREGO! ELE É E SEMPRE VAI SER MEU! NEM QUE EU TENHA QUE TE MATAR! — Ele gritou, feito um louco e me empurrou, me fazendo cair para trás. Então veio para cima de mim, com um canivete em mãos. Eu me alertei e rolei para o lado antes que ele me atingisse.
— Hey... — Chamo, vendo ele se levantar e tentar manter o equilíbrio. O mesmo me olhou, e eu mostrei o dedo do meio. — Vai se foder, seu otário de merda. — xingo, e lhe desfiro um belo soco no rosto, fazendo o canivete cair longe e ele se desequilibrar por alguns segundos. — briga que nem homem, seu idiota! — atiço, desferindo outro soco nele e depois outro. — Grego não te ama e nunca vai te amar! Ele está comigo agora e quem não vai tolerar alguém perto dele, esse alguém sou eu! Nos deixe em paz ou vai se arrepender! — desfiro outro soco nele e uma joelhada na barriga, lhe tirando o ar. Ele caiu no chão, gemendo e sangrando.
— Desgraçado... NUNCA! NUNCA ELE VAI SER SEU! OUVIU BEM?! NUNCA!!! — Gritou e se levantou, pulando em cima de mim e conseguindo me atingir com um soco. Eu o empurrei, invertendo as posições e ficando por cima, lhe enchendo de socos, um atrás do outro, descarregando todas as minhas frustrações. Até eu sentir meus braços sendo puxados e me afastando daquele desgraçado. Olhei para o lado, vendo Raffa e Murphy me olhando espantados, e uma multidão em volta nos assistindo.
— Cara... achei que tu não era de nada... — Murphy comentou, me olhando assustado. Puxo meus braços, fazendo ele me soltar e ajeito minha camisa amarrotada.
— Só porque sou gentil e até “fresco” para vocês, não quer dizer que eu não saiba mandar alguém para o hospital. E este é o idiota que estava me ameaçando! — Exclamo, vendo eles se espantarem mais ainda.
— VIU?! Eu falei que era ele! — Raffa gritou, animado e segurando o ruivo que ainda estava desacordado. — Agora vai descansar, Cássio. Daqui para frente, o Grego cuida dele. — disse e eu o encarei.
— Vai matá-lo? — Questiono, não muito confortável ao imaginar Grego tirando a vida de alguém.
— Você o deixou deformado ao ponto de eu nem reconhecê-lo e está preocupado se alguém vai matá-lo? — Murphy me olhou confuso.
— Mas eu não o matei. Ele está vivo. — Falo e Murphy suspira, pousando a mão em meu ombro, me olhando de modo amigável.
— Cássio... se você realmente ama o Grego, precisa entender que isso é o negócio dele. Ele ama esse morro e não vai deixar de fazer o que faz por causa de ninguém. Eu tenho certeza que ele ama você, mas não o obrigue a escolher entre o morro ou você. Pode não entender agora, mas todos nós crescemos aqui e é nesse mundo que vivemos, que é normal para nós, okay? Tenta compreender o lado dele. Cada um nasce com uma tradição de família. Grego teve a dele. — Disse e saiu com o Raffa, levando aquele ruivo. Eu suspirei, agora confuso, sem saber se eu estava com a razão ou não. Eu sei que ele nasceu com essa vida, mas matar e roubar não é certo, por mais que tenha sido criado neste mundo. Isso nunca será correto em hipótese alguma.
E eu realmente não sei se um dia vou me acostumar com isso.
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O Dono Do Morro (ROMANCE GAY)
Romance"- Eu não posso amá-lo, eu sei que vou sofrer! Ele é perigoso, é um assassino, droga! Ele é o Dono do Morro!" "- Não sei o que infernos está acontecendo comigo, ele é só um estrangeiro, filhinho de papai. Porra, eu não sou gay, mas como ele consegu...