🌟 || Sentimentos balançados || 🌟
Cássio McKinney
— Hey, calma amigão! — Falo, assim que sou recebido pelo Simon, que pulou em cima de mim, lambendo meu rosto e latindo alto em animação. Foi só uma noite, mas também senti bastante saudade do meu companheiro. Me levantei do chão e fui encher as tigelas dele, com água e ração. E também fui comer alguma coisa na cozinha, apesar de já ter tomado café na casa do Grego.
Grego...
Eu realmente não quero ter esperanças nesse relacionamento. Sei que para ele não deve ser nada importante e mesmo se for, ele jamais assumiria. Não sou bobo, sei que não posso confundir as coisas, mas... às vezes é tão inevitável.
Até parece coisa de novela.
— Onde passou a noite, rapazinho? — Sou abordado pela minha mãe, enquanto eu terminava de tomar o suco de laranja. E agora?
— Hm... eu falei que ia sair.
— E só chegou às sete da manhã. Você literalmente extrapolou o limite de horário.
— Mommy, eu sou maior de idade. Por favor, não me trate como criança. — Falo, um tanto quanto cansado.
— Ah, tudo bem “senhor adulto”! Me perdoe por questionar a sua noite de trabalho duro, porque você certamente é muito responsável! — Ironizou, claramente debochada e irritada. Suspirei, nem tendo mais vontade de terminar meu suco.
— Mommy, please. Menos. Bem menos. — Peço, um tanto quanto cansado.
— Seu pai ligou. — Disse, mudando completamente o assunto e chamando totalmente a minha atenção.
— E para quê?
— Queria saber como você estava. — Disse, ainda com a expressão séria.
— E o que você disse?
— Pouca coisa, já que o cujo dito não estava em casa quando ele ligou, sabe? — Ironizou novamente e eu bufei.
— Ele quer me levar de volta? — Questiono, um tanto quanto esperançoso. Eu realmente queria que meu pai me levasse de volta para os Estados Unidos, assim eu não sofreria tanto quando cortasse os laços de amizade e... paixão recém feitas aqui. Não queria que tudo isso tomasse uma proporção maior, e acabasse sendo muito pior futuramente.
— Ele não me falou nada à respeito disso. Apenas disse que estava mandando seu dinheiro da faculdade e que eu me certificasse de que você iria fazer sua matrícula em uma das melhores instituições da cidade. — Disse, tudo com total descaso, revirando os olhos.
— Hm... depois irei ver sobre isso... — Murmuro, pois eu só iria fazer minha matrícula em uma faculdade aqui, se fosse para terminá-la, e não parar novamente como fiz antes de vir para cá.
— Tudo bem. Ouça, eu vou fazer compras no supermercado. Se eu demorar muito, tem comida na geladeira, basta esquentá-la no micro-ondas. — Diz, e eu faço uma careta enquanto a via sair pela porta. Odiava comida congelada, descobri isso depois que vim parar aqui há alguns dias. Por que ela faz tanta comida sendo que só somos dois nesta casa? Basta fazer o necessário.
O fato é que eu estava bastante enjoado. Talvez eu tenha comido demais na casa do Grego e acabei por ficar manhoso demais essa manhã. É sempre assim... Meu estômago é bem fresco pela manhã.
Resolvi que iria dormir o restante do dia, pois eu definitivamente estava me sentindo mal, e não entendo o porquê. Meu corpo apenas gritava “cama” e eu tratei de ouvir e obedecer. Deitei na cama, me cobrindo até o pescoço. Por algum motivo, eu estava com frio, mesmo com o sol torrando lá fora.
Simon deitou ao meu lado, me fazendo companhia e eu sorri fraco, fechando meus olhos logo em seguida.
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.— Você está bem? — Grego entrou em meu quarto, e por algum milagre que desconheço, minha mãe deixou que ficássemos sozinhos. Eu o encarei, com apenas a parte dos olhos descoberta. Ele sentou na beirada da cama, esperando uma resposta.
— Estou com sono... — Murmuro, manhoso. Ele me olhou atravessado, como se alguma coisa em mim não estivesse correta.
— Eu vi do meu quarto que você não saiu da cama hoje. Está doente? — Dei de ombros, não sabendo o responder. Mas até minha mãe desconfiou que eu estivesse mesmo com alguma virose. Diz ela que é bem comum por aqui. Já que o tempo muda gradativamente de temperatura. E eu sou Ben fraco para essas coisas.
Grego levou sua mão para minha testa, checando minha temperatura. E sua expressão não foi das mais agradáveis.
— Está queimando em febre. É tão frágil à mudanças de temperatura assim? — Questionou, e eu novamente dei de ombros.
— Deita aqui, comigo? — Peço, manhoso. Ele suspirou, então deitou comigo, me trazendo para seu peito e me apertando em seus braços. E ali ficamos, abraçados, enquanto ele contava as piadas mais idiotas do mundo e que facilmente me fazia rir, mesmo isso me causando dores no corpo. E minutos depois eu dormi novamente, pela milésima vez naquele mesmo dia.
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.É, eu sei, capítulo pequeno e na qual não me agradou muito. Mas enfim. Dei o meu melhor, e prometo trazer um pouco mais de ação nos próximos capítulos.
Até logo, caro leitor(a)!!! ❤😘
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O Dono Do Morro (ROMANCE GAY)
Romance"- Eu não posso amá-lo, eu sei que vou sofrer! Ele é perigoso, é um assassino, droga! Ele é o Dono do Morro!" "- Não sei o que infernos está acontecendo comigo, ele é só um estrangeiro, filhinho de papai. Porra, eu não sou gay, mas como ele consegu...