🌟|| Asfalto e Terra Não Se Misturam || 🌟
Cássio McKinney
No dia seguinte, acordei me sentindo renovado. Arrumei minha cama e me espreguicei. Levantei sonolento e logo notei Simon deitado na minha cama. Eu ri e beijei o topo de sua cabeça.
— Também não se acostumou com a nova casa, não é amigão? — Ele grunhiu, como se concordasse. Dou uma curta risada nasal e sigo para o banheiro, tomando meu banho e fazendo minha higiene matinal. Visto uma calça de moletom preta e uma regata branca fina. O dia estava ótimo para uma corrida. Calço um par de All Star e visto o Simon com uma camisa de moletom azul escura com capuz. Pego meus óculos escuros espelhado e meus fones de ouvido, um mais simples do que o Red Fone já que eu iria correr. Coloco uma Playlist de música eletrônica para tocar e desço para a cozinha, tomando meu café da manhã que já estava servido.
— Hm... Cloe, onde está minha mãe? — Pergunto, terminando de tomar meu suco.
— Ah, ela já foi trabalhar. E mandou um beijo para você. — Disse e sorri.
— Beleza, vou correr um pouco. — Falo, me levantando e colocando meus óculos. Ponho a guia no Simon e então saio de casa, fechando a porta atrás de mim, no mesmo instante, vejo Grego sair de sua casa com um cachorro lindo da raça Husky Siberiano. Pelo visto eu não sou o único aqui a amar cachorros. Mindy e Grego parecem amar também. Ele me viu e passou alguns segundos me analisando da cabeça aos pés. Eu estava meio na dúvida se seria simpático ou nem daria bola. Mas como a boa ética manda, eu sorri.
— Bom dia. — Falo, e logo Simon me puxa, indo até o cachorro de Grego. Acho que eles se entenderam.
— Bom dia, gringo. — Diz, sem muito ânimo. — Vai correr também? — disse, me analisando.
— Sim, e você?
— Uhum. Quer ir junto? Assim eu não ando sozinho. — Diz e eu aceito.
— Claro. Por que não? — Falo e então saímos caminhando. — Você vai para o parque da cidade? — questionei. Ele me olhou de relance.
— Por que eu iria?
— Hm... Achei que fosse melhor correr lá. Pelo menos não tem tanta ladeira. Isso cansa, sabia? — Falo e ele para de andar, me encarando como se pensasse bem em uma resposta.
— Olha, mauricinho, eu sou fiel à minha quebrada, falou? Não vou ficar andando entre aquele bando de mauricinhos do asfalto. — Diz e eu suspiro, sorrindo logo em seguida.
— Por que os odeia tanto? Só porque eles têm dinheiro? — Questiono e ele rir, balançando a cabeça em negativa.
— E por que os mauricinhos nos odeiam? Só porque não temos? — Rebateu.
— Mas você tem, não tem? — Ele ponderou, com um sorrisinho de canto. — Mas é dinheiro sujo. — complemento e ele me encara. — Nós “mauricinhos”, como você gosta de chamar, temos dinheiro fácil sim, vinda das mãos dos nossos pais, mas nenhum deles é bandido ou arranca dinheiro dos outros. — no mesmo instante, Grego agarrou meu pescoço com força, me olhando irritado.
— Ouça bem o que vou te dizer, playba', na minha quebrada só vive quem tem juízo. Vou te dá uma chance porque é novo aqui
Mas não fica se achando não. Mas uma dessas e mando teus miolos para os ares, entendeu?! — Meu cachorro começou a latir ao notar que ele me segurava.
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O Dono Do Morro (ROMANCE GAY)
Romance"- Eu não posso amá-lo, eu sei que vou sofrer! Ele é perigoso, é um assassino, droga! Ele é o Dono do Morro!" "- Não sei o que infernos está acontecendo comigo, ele é só um estrangeiro, filhinho de papai. Porra, eu não sou gay, mas como ele consegu...